sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lua

Quanto tempo não percebia a noite que por sinal hoje está tão linda enluarada e estrelada, limpa só alguns cirros perdidos um ou outro avião. De certo faz muito tempo que não contemplo a noite, a lua, as estrelas e até mesmo o escuro da noite, as luzes elétricas e o cheiro doce das flores noturnas. Será que me perdi tentando me encontrar? Agora sai para tomar um ar, porque achei que precisava olhar para o céu, para a noite para ver quanto é grandioso o universo. Então fui até o terraço onde inspirei e expirei intensamente, olhei para o céu, vi a lua maravilhosa quase cheia, as estrelas, dentre elas o cruzeiro do sul. Fiquei ali fitando as estrelas dentre elas mirei uma estrela no poente, com uma luz azul, que por sinal acho que logo mais irá se por, então ela foi se escondendo atrás das folhas de coqueiro, mas não conseguiu se esconder por completo. Olhei para os fios e vi formigas a caminhar ou a trabalhar, olhei para quintal do vizinho que tem dois cães um me percebeu e começou a latir, mas logo parou. E então fiquei vagando meu olhar pelo céu, ouvindo o barulho dos carros que correm numa rodovia atrás de casa. Quanto tempo não fazia isso. Senti-me muito só, senti medo da morte. Medo de ser um solitário. Não aprendi com as estrelas a ser solitário, também não meu próprio brilho ainda será que um dia brilharei?
Bem na verdade fazia tempo que não me sentia só. Quanta coisa ando sentindo. Sinto medo de me acontecer algo, pois quando sinto esse medo as vezes coisa boa não é. Acho que foi por isso que fui tomar um ar lá fora, fui conversas com as estrelas. Somos todos eternos solitários já disse um amigo certa vez. Somos todos solitário. Nem sei como nos comunicamos, pois estamos sempre falando nossas linguagem subjetiva. Talvez a lua, a noite e as estrelas nos entendam.

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