Mostrando postagens com marcador amizade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amizade. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Um pouco

 Fernanda, a aroeira continua a crescer, desde então nunca mais a podaram.

Desde que aquele que lhes deu o nome se foi.

Já não penso mais em Fernanda,

Mas ela está ali.

Então tem dias que ela vez e me mostra que tudo vai continuar bem.

Que tudo é fruto de nossas mentes.

O que podemos temer do amanhã?

Tudo vai continuar e nós, bem talvez deixemos um pouco de nós no coração das pessoas que respeitamos.

O simples

A bananeira animada,
Cantava sem parar,
O vento vendo a animava,
Naquela sexta-feira,
Naquele fim de tarde, nada esperava.
O vento veio e a animou,
A fez cantar.
Pensei em minha existência.

Pensei na sucessão,
Pensei no que espero.

Entendi que não se pode esperar nada,
E sim se animar com quem nos anima.
Com o simples que nunca há de faltar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Encontro

 Fui a feira de orgânicos na UFPB ver os amigos, conversar e comprar. Vi seu Biu, seu José, Seu Edson e seu Zizo.

Ir a feira, como não gostar desse Bafafá.

Ouvir a bandinha tocar, 

A cliente a questionar o preço das coisas,

O cheiro da tapioca sendo assada no caco.

Gente indo e voltando.

Mercadoria sendo entesourada....

Eis que encontro Lis, a poetisa, na volta para minha sala.

Quanta alegria, com saboroso gosto de poesia.

Lisbeth Lima de Oliveira,

Lima de Solânea, e Oliveira de Cajazeira.

Conversamos sobre tantas coisas,

Que nos perdemos no tempo.

Das coisas que pesquei.


Lisbeth, nobre amiga,

Que muito tem a me ensinar,

Antes ouvir a falar,


Quem fala doa,

Quem ouve recebe,

E foi aquela troca,


Aprendi a aprender,

Falando e me agradando

do Carinho de me escutar.


A certas horas vi que era todos ouvidos,

Foi a feira a escutar,

Ver, ouvir e cheirar,

Ao café saborear...


A goma que se aquecida,

Vira tapioca, estava o ambiente a perfumar...

De flores na mão senti a mercadoria pesar.


Lis ouvia...


Em suas orelhas dois ouvidos,

Um interno e outro externo,

Uma espiral coclear,

Uma concha espiralada,


Mostrava que ouvia e ensinava no ouvir.


Lima, lima, lima...

Oliveira, oliva...


O roxo do jacarandá enche sua vista de alegria.

A memória do cheiro do cabelo de sua vó...


Memórias são despertas,

Eternizadas.


Mais nada


Mediação

 A alma de gato marrom vez por outra aparece. Não vejo, mas escuto.

A patativa de papinho amarelo só canta a dançar. E agora tá cantando no meio da mata.

O sanhaçu de coqueiro verde anima as praças pessoenses.

Agora!

Isso é tudo.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Viajante do tempo

 

Sou um viajante do tempo.

Tudo teve início no meu nascimento.

O choro me despertou,

Inconsciente que estava continuei,

 

O que me guiava era a vontade de viver,

Desenvolvi apegos e gostos...

Descobri o eu.

 

Consciente me tornei,

Igual a todos que me cervavam,

As emoções e sentimentos

Me ensinaram a amar,

A sorri e chorar...

 

A minha vida parecia eterna,

Tudo era tão intenso.

 

Todavia a razão,

Foi matando a emoção,

 

A consciência dominando a inconsciência...

E comecei a perguntar quem sou!

 

Pensei, em cima de pensamento,

Alimentei sentimento...

 

O tempo afraca minhas forças,

Envelhece o meu corpo,

Me domina...

 

E me pergunto quem sou eu...

Tudo em vão.

 

No olhar da criança imaginação,

No olhar do adulto ilusão,

No olhar do idoso, sabedoria.

 

Sou forjado pelo tempo...

Quem fez quem me fez passou,

Quem me fez passou...

 

O lugar é o mesmo, atemporal.

O espírito eterno...

Vive trocando de corpo e fazendo crer na individualidade.

 

Tudo é nada,

E nada é tudo...

Sou só produto do acaso,

 

Do tempo...

Dios tuto natura.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Amizade

 Esta semana, duas situações ou lugares me fizeram lembrar do meu primo e amigo Mazildo.

Primeiro foi o lugar e o dia, estava no shopping mangabeira e era sexta-feira. Sempre neste lugar e neste dia enviava fotos do ambiente. Meu primo era tímido, tinha uma doença que nunca descobriu a causa. Meu primo vivia em casa. Quando pequenos a gente se divertia andando nos matos caçando,  mas nem matava nada a gente gostava de ver o mundo silvestre. A gente foi crescendo e suas limitações físicas praticamente o impediram de anda.  Seu deslocamento se limitava ao espaço interno da casa.  Meu amigo, saia de casa para cortar o cabelo ou votar. Sua vida era acordar, tomar o café, limpar as gaiolas e ouvir rádio e ver televisão e por último usar o celular. Estava engordando demais e se cansava dentro de casa mesmo. Nunca reclamava. No dia mesmo que faleceu nos trocamos mensagens.

A segunda vez foi no sábado, estava no parque Arruda Câmara, lá encontrei seu Eduardo que cuida dos animais no parque. Estávamos conversando e eu prestava atenção no som das jandaias foi quando ouvi o periquito da caatinga, grasnou umas três vezes, daí, o bicho veio e pousou ao nosso lado. Aí lembrei e comentei que meu primo tinha um periquito que ele cuidava tão bem. Acordava o loro a noite, tirava o bicho do guarda roupa e dava comida para o bichinho.

E hoje na praia vendo as Maracanã voarem me lembrei novamente.

Mudando

 Com um misto de angústia penso. Saudades daquilo que passou de bom. Aquilo que me fez, meus avós e meus pais e nossa relação com o mundo. V...

Gogh

Gogh