A unidade da essência versus a pluralidade da existência.
Energia pura, signo.
Energia fundida.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
A unidade da essência versus a pluralidade da existência.
Energia pura, signo.
Energia fundida.
O silêncio agora é tudo.
O corpo descansa,
A alma está em paz,
Tudo que teve significado
Agora se desfez.
Não adianta tentar entender sob a lente de nossa razão.
Aconteceu! Deus assim quis.
Assim foi sua partida,
Assim será nossa partida.
Somos sempre levados a observar sob a ótica da razão,
Sob a luz de nossos pensamentos e ideias,
Porém há uma barreira intransponível que alguns creem existir uma janela, uma porta,
Que ao que tudo indica só tem um sentido.
Vendo o que ficou...
E o que não ficou.
A questão é o que é a vida?
Essa construção interminável que se encerra no último suspiro.
Não sabemos.
Fica sempre em aberto, mas um dia saberemos.
Um dia até lá, vamos nos virando.
Quantas esperanças alimentadas ao longo da vida.
A vontade de ser de ter a ideia da felicidade.
Quantas páscoas estivemos juntos,
Jejuamos, sejamos e oramos.
A fé foi nossa maior guia sempre.
Alguma vez mudamos nossa forma de agir.
Nossa forma de ser.
Parece que nascemos assim.
Nascemos ou nos tornamos assim?
Pensar para avaliar se está tudo bem ou se necessita mudar.
Pensar para organizar o ser a ideia de ser.
Amarrar as ideias soltas,
Várias e várias vezes,
Novamente, repetidamente...
Tenho feito isso observando a natureza.
A Jurema tem época de florada,
Independente da chuva,
A Jurema tem folhas até na seca,
Porque assim se fez
Ou lugar assim a gerou?
Entende.
Ver e aprender com o visto.
A fé é um combustível
Mas nós somos a usina.
Por vezes, amanheço indisposto. A razão não me impulsiona a agir. Até parece que o mundo é um pesar.
Embora não queira, até meus pensamentos são lentos e cansativos.
Nem todas as manhãs são maravilhosas quanto manhãs pós chuva no semiárido em que acordamos dispostos.
Dizem que pode ser o açúcar no sangue, acho essa hipótese plausível.
Colocar a culpa no açúcar.
O tema entendimento tem me interessado bastante ultimamente.
Talvez não seja possível filtrar ou peneirar deste texto algo palatável.
Espere!
Coloque ai no youtube "Divertimento pour cordes K 136" de Mozart.
Ouça um pouco!
Sentes algo?
Não.
Apois, eu sinto algo bom.
Sabe ouvindo eu visualizo uma memória que adoro cultivar.
A paisagem é de Serrinha do Canto,
Entre os anos 80 e 2000, os meses são entre julho e setembro,
O ano foi ótimo. Choveu muito teve muito inverno.
A roça de milho já secou e papai dobrou cada um dos pés
E a fava faz pavio se enovelando nos pés de palha seca,
E o vento sopra a vontade,
Livre, solto...
Canta a siriri...
Da terra nasce um mato verde de cabeças brancas.
Volto ao agora, momento presente.
E a realidade dos fatos atormenta meu coração.
Calma Rubens!
Calma... Vinícius está dormindo no colo da mamãe.
Fez três meses.
E você ai tentando organizar as ideias.
Tentando ler Neruda e Pessoa,
E flertando com Kant e Hegel...
Já não basta a complexidade do mundo.
É isso...
Entendo você!
Quer por ordem neste caos para poder se sentir melhor.
Mas o mundo é tão multifacetado né.
Uma coisa de cada vez.
Relaxe...
Tudo vai está melhor mais tarde.
Só relaxe.
Uma siriri cantou,
Foi o que ouvi,
Cantou lá nas três ruas,
Lá nos pés de castanholas.
Siriri tem muito por aqui,
Tem muito no nordeste,
Lá para as bandas onde nasci,
Tinha muitas
Que ficavam pousadas nos fios de eletricidade.
Depois que a rede chegou,
Abandonaram os ramos dos cajueiros,
Agora só ficam na rede,
Na beira da estrada.
Contemplei muito a siriri enquanto a tarde caia,
Enquanto a vida passava,
Enquanto pensava como um dia sairia dali.
Era um sonho,
Hoje um sonho realizado,
E olhe!
Aqui estou pensando no lá.
Não estou vendo o siriri,
Mas ouvindo ele vocalizar.
Os tempos são outros,
Assim como as responsabilidades e os problemas.
A vida só muda de faces.
Já fui a tantos lugares,
Já morei também em outros lugares,
Vivi tantas coisas
E olhe a conclusão que chego é que são apenas
Acidentes...
Situações acidentais.
Situações acidentais que ocorrem enquanto os dias se passam,
Os meses e os anos...
Quando nos damos conta disso,
Às vezes já é tarde.
Um siriri, minha memória e o agora,
Amarrando um momento,
Que tão logo deixa de ser.
A vida muda de faces.
Não saber qual é a próxima face nos assusta.
Não dá para esperar feito semente pelo melhor momento para nascer.
A vida é contínua...
E continua até o fim.
Eu Rubens sou testemunha disso.
O vento suave assoviando pela janela,
Passou a manhã inteira me lembrando,
Lembrando de momentos plenos da vida,
Sabe quando a gente está feliz por esta vivendo,
Pelo momento...
Sabe quando a gente percebe isso
No vento soprando.
Soprando assanhando a mata.
Soprando ecoando no fogo da cozinha,
Soprando e assoviando a janela,
Soprando e limpando o milho ou o feijão.
Soprando na algaroba,
Soprando na serra,
Soprando na aurora.
O vento nos fazendo sentir a vida.
Coisas de seu tempo,
Quando as chuvas partem da depressão,
Deixam o sertão,
Enquanto o vento tudo ameniza,
E cela uma mudança de estação.
Amanheceu chovendo.
Que fenômeno maravilhoso,
A chuva chovendo,
Que fenômeno curioso,
A água tudo rompendo,
A água caindo e preenchendo,
E então vai se escorrendo,
As vezes nos encharcamos,
As vezes, nos sentimos chovidos.
São coisas da vida,
Coisas boas como ouvir a chuva chover.
A chuva amanhecer,
A vida acontecer.
Tenho pensado na vida o tempo todo e não sei se é bom ou ruim. Para melhor dizer, não é a vida toda, mas desde o momento que tomei consciência de minha existência. Desde então, soube que a vida tinha um fim. Esta ideia tomou o meu ser. A finitude. Então passei a observar o mundo. A noite, o dia, a aurora, o crepúsculo. E pensava as coisas e estas aconteciam, mas nunca da maneira como imaginava. Então me perco na celeuma de pensamentos... Até que as coisas aconteçam como tem que ser.
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