pousava seu corpo
sobre uma folha,
está lá estática,
de asas fechadas,
contemplei-a
por um brevíssimo
momento.
Ela estava parada
não espressava nada
simplesmente era,
mesmo tão frágil
existia.
Mesmo tendo a vida
tão efêmera
era, aliás algumas
flores são
mais efêmeras,
nem por isso deixam de ser.
A borboleta era,
mesmo tendo a vida efêmera,
estava ali parada,
não voava pelo seu,
não buscava mel,
flores estava ali,
parecia contemplar
a folha, a brisa
sei lá.
Acho que por
um instante ela
prendeu minha alma,
roubou minha calma,
sei lá deve ser um
ser mágico.
Depois eu sumi
e não mais a vi.
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