Mostrando postagens com marcador lugar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lugar. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Cerração em setembro - 2025

 No dia cinco de setembro de 2025,

Estava em Serrinha dos pintos e algo surpreendentemente aconteceu.

Eu nunca tinha visto.

Era uma sexta-feira.

Acordei e vi a maior cerração.

Sai para caminhar e tudo estava fechando de cerração.

A gente não conseguia ver a uma distância de 100 metros.

Foi surpreendente, e o mais surpreendente é que durou a manhã inteira.

Com respingo de chuva e cerração.

Foi um dia, mágico, incrível.

O dia todo foi fresco e nublado.

Passamos até o dia inteiro em casa.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

O angico

 Caminhando vi o espaço passar,

Vi pedras no chão,

Vi a vegetação sedenta,

Vi a imensidão do lugar...


Vi um angico gigante,

Nu, sem uma folha a avistar,

Totalmente armado com seus cones espinescentes,

Tamanho era sua majestade,


Parei para contemplar.

O sadio é belo por ser pleno.


Só ramos e tronco,

Eterno o angico 

Que um dia foi semente,

Um dia foi frágil...


Não tem passado, presente ou futuro.

Ele é!

E isso é tudo.

Desabrochar da manhã

 Na caatinga cinza,

A manhã a despertar,

Nos arbustos aves a cantar,

Na caatinga cinza,


O vento a assoviar

Entre tantos garranchos,

E as aves a imitar,


Galo de campina,

Sabiá,

Tico-tico,

Roxinó...


Parei para contemplar,

Na beirada do lajedo,

Vive uma aroeira,

Que cresceu tanto,

Tanto que de longe é avistada.


E foi ali o lugar

Que escolheu o carcará

Ver a manhã desabrochar...


No vai e vem da estrada,

No querer ir e voltar,

As pessoas nem percebem o lugar.


Caminhando achei tão velo,

O falcão a contemplar.

A manhã desabrochar.


Fotografia

 Uma fotografia o que contém?

Memórias. Memórias. Memórias.

Memórias objetivas.

Memórias subjetivas.

Uma imagem do que é real.

Uma imagem do que é temporal.

Uma imagem com memória particular.

Memória do momento.

O que é se cristaliza.

Enquanto incessante muda.

Ser assim,

Ser ai.

A 10 anos num texto escrevi...

Uma frase...

Uma fotografia com memória subjetiva...

Com memória de experiência,

Com memória de um momento...

Captado por um olhar,

Desperto por uma percepção,

Processada em uma mente,

Objeto de uma consciência...

Pura abstração,

Pura virtualização.

domingo, 16 de setembro de 2012

Sertão

O sertão arde em calor neste verão.
Este ano de 2012 quase não choveu. 
O mato quase não enramou,
E está pior porque é época de eleição.

Quantos heróis resistentes não há no sertão?
Quantas lágrimas de dor já não foram derramadas
Ao verem seus animais, únicos recursos, famintos sem ter o que comer.

O sertanejo depende da fé para continuar no sertão,
A fé é o suporte às dificuldades.
Sertanejo sou,
Apesar das dificuldades, nem tudo é dor.

Embora seja sequidão cá. 
Quando chove a chuva,
Que a terra é molhada,
Quando fica encharcada
Das varas secas gemas arrebentam
Verdes, verdes peludas,
Tingindo o cinza de verde nítido,

No chão molhado,
Além do roçado,
Sementes explodem em vida...
Tingindo a terra com a babuge verde,

A babugem cobre os campos, vales e serrotes. 

Catingueiras nuas se cobrem de folhas aromáticas.

Tanajuras voam ao céu perdidas, 

Cantam as aves mais alegres,
Os sapos  magros vão para a água fornicar,
 saem da hibernação a forragear e os riachos voltam a correr.
A vida parece surgir do nada...

Quem foi criança e cresceu no sertão certamente tem na memória essas imagens vivas na alma.
Quem que lá viveu que não teve um cão como melhor amigo e teve vizinhos passivos e animais para cuidar. Quem nunca saiu para pescar, caçar ou tomar banho nos riachos e açudes.

Quem não lembra dos cheiros de doces aromas
Das espécies nativas,
Flores pequenas das mimosas, mufumbos, catingueiras, dos muçambés, bamburrais, das cajaranas maduras, dos currais.

O sertão apesar de maltratar tem muita coisa a louvar.
A vida pode ser sofrida, mas é sossegada...
Ah, o sertão... o sertão dos sabias, dos concrizes, golinhas, azulões...

O calor do sertão, a cinza do sertão maltratam, mas a vida do sertão, a morte no sertão.
Só quem nasce lá qualquer custo carrega consigo na alma estas memórias.

E o sertanejo que foge de lá todas as vezes que ouve os sons do sertão chora internamente
porque sua alma lá foi gerada.
Nunca esquece... nunca mais aqui ou no Japão.

Comportado

 Sassá vai ganhar uma festa de aniversário de cinco anos. Merece! merece! merece! O tema é dinossauros. Então ontem ele já começou a fazer o...

Gogh

Gogh