Sexta-feira da Paixão sempre foi para mim um dia de respeito, de respeito e de reflexão. Tive toda uma formação religiosa católica. Então todos os anos neste dia em minha casa jejuávamos, compartilhávamos com os vizinhos comida. Só comíamos após o meio dia, neste dia não comíamos carne vermelha. Mamãe preparava para o almoço peixe, feijão, arroz e queijo, enquanto na janta fazia tapioca, pão, queijo e leite. Era um dia que ficávamos reunidos, assistíamos a missa pela tevê, víamos o filme a paixão de Cristo. Parando para refletir essa prática ao longo do tempo. Hoje percebi que essa seria uma forma de lembrar da paixão, da minha família e dum costume das pessoas do vilarejo que cresci, bem como dos meus parentes mais distantes. Tenho lembranças de quando jejuei pela primeira vez, a sensação de sentir fome e não poder comer, mesmo que por uma crença é algo muito sufocante, mas que nos leva a refletir sobre o corpo, o sofrimento. Embora seja muito criticado essa crença, embora muitas coisas se fale, ainda acho que essa viver isso, falar sobre isso é uma forma de se conhecer, se afirmar como ser. Este dia é para mim muito importante, pois posso parar e refletir sobre a minha trajetória de vida.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
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Gogh

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