sábado, 30 de abril de 2011

Noite

A noite caiu.
A natureza está quieta.
Grilos cantam nos jardins.
No céu escuro despertam estrelas.
Morcegos cortam o céu cantando.
É noite e o dia já foi consumado,
passa das dezoito horas.
Um cão latiu agora na casa da frente.
Nada vejo além das estrelas,
ouço apenas os insetos e os morcegos.
Tudo está escuro.
Já é noite.
A noite acolhe o mundo,
deixa-o em paz.
Amanhã é domingo,
sendo assim a noite se estende
um pouco a mais.

Tarde de outono

O sol já se escondeu atrás dos edifícios,
já emana uma luz vermelha, crepuscular,
é fim de tarde, os pássaros cantam.
A figueira ali na frente está tão quieta,
também o vento não veio incomodá-la.

O céu está azul, círrus dispersos no céu,
e o dia passa devagar, passa sem parar.

Sussego

É fim de tarde, estou em Ribeirão, e por incrível que pareça não faz calor. O sol já está quase se pondo. Almoçamos muito tarde, hoje que é sábado, acordamos tarde. Depois que Ana foi a academia, fizemos o almoço, feijoada, comemos e ficamos digerindo. Deitados na sala, agora que o sol se põe. Estamos nos preparando para ir ao cinema. Esse foi um ótimo dia.

Sábados

Quando era pequeno os sábados eram sempre muito bons. Primeiro eu não precisava ir à escola, isso me dava mais tempo livre pra não ter que fazer nada. Acordava cedo. Ia buscar água e podia ficar o dia todo em casa ou sair para a casa de algum amigo. As vezes aproveitava a tarde pra por água e não que acordar cedo no domingo, as vezes aparecia algo bom para fazer, como ir jogar bola no Porção, uma comunidade vizinha a nossa onde tinha um campo. Mas o bom era quando chegava a noite e saíamos a paquera. Ah era uma sensação maravilhosa. Bem como era muito tímido eu costumava ir para a cidade com meus amigos só para ver as menininhas, ver meus amigos conversando com elas, também conversava, mas era tão devagar. Não ligava o que gostava era compartilhar com meus amigos as mesmas situações. Não bebíamos, nem grana tínhamos, no máximo para comprar balinhas. Mas era muito divertido o preparo. A tarde os assuntos já vinham a tona. Então ficava naquela ansiedade. Fulano tá namorando ciclano, que nada trocava uns beijos. Era sempre os outros. Quando chegava a noite passava na casa de meu amigo primo esperava que ele se arrumasse, se perfumasse e seguíamos, as vezes a pé, outras de bicicleta e iamos fazendo cordão de moleques em busca da rua. Quando chegávamos na cidade, encontrava as pessoas na praça, depois ia nos clubes, conhecidos como mengão, abreviação de flamengo, time carioca, e ficávamos que nem pássaros pulando no poleiro. Saiamos do mengão de Edsom para o de Lauro, e vice versa. De maneira que víamos e cumprimentávamos as mesmas pessoas a noite toda. Na praça e cedo acabava a magia, voltávamos para casa na vontade de voltar a fazer tudo de novo, quem sabem qualquer dia desses uma menina não se engraçaria conosco, mas era tímido, me achava sem graça. E assim o sábado acabava. Depois mudei de itinerário ia para Martins, depois esta cidade perdeu a graça. E os sábados perderam a graça. Hoje os sábados servem para dedicar a minhas coisas mais a vontade, a Ana que está comigo, ou quando encontro meus sobrinhos, irmãos e pais. Papai nos sábados lá em Serrinha usa o sábado para fazer seus passeios. Acorda tira comer para os bichos e vai para Martins, vai nos profundos, uns amigos de longa data que tem um pequeno açougue, depois vai ao mercado compra umas coisas e desse passa em casa, deixa as coisas e vai para a casa dos irmãos e sobrinhos na Serrinha. Mamãe fica em casa, faz as coisas e termina cedo e dorme a tarde toda. Rosângela cuida das meninas; Li as vezes trabalha ou fica em casa com Susi e Felipe. Bergue trabalha, Meire fica em casa. Assim são os nossos sábados.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Laranja

Qual a essência de uma laranja?

O que imagino quando penso numa laranja?

O que diferencia uma laranja de outra fruta?

Laranja é um fruto (a) que Pertence a família Rutaceae, ao gênero Citrus e a espécie Citrus auriantum L.. Lineu foi o primeiro botânico a descrever esse fruto.
Mas o que isso significa para quem não é botânico?

Se perguntar para um nutricionista ele vai dizer que é um alimento rico em vitamina C.
Se perguntar para uma pessoa que estuda gramática vai dizer que é um substantivo, um nome.
Se perguntar a um matemático vai dizer que a laranja tem uma forma mais ou menos esférica.

Se falar isso para meus irmãos, meus pais ou a qualquer pessoa eles terão sempre uma resposta subjetiva ou objetiva.

O fato é que todo mundo simplesmente acha que simplesmente é só uma laranja.

Mas o que é uma laranja?

Por que a laranja tem essa forma esférica, esse sabor ácido, esse cheiro peculiar?
As laranjas podem ser grandes ou pequenas, doces ou azedas. Podem simplesmente mudar de estado de acordo com seu estado verde ou maduras.

Mas o que une e separa a laranja de outras frutas?

Um fruto é uma estrutura presente em todas as plantas com flores, originadas a partir do desenvolvimento do ovário presente nas nestas flores.
Todas laranjas são frutos, portanto o que une a laranja a todos os frutos é a sua origem, ou melhor, assim como todo fruto, a laranja se origina do desenvolvimento do ovário.
Existem plantas que apresentam frutos que são muito semelhante a laranja, os limões por exemplo.
Os caracteres citados acima tais como tamanho, o cheiro, o sabor a forma nos permitem diferenciar a laranja dos outros frutos. Uso dos sentidos para tentar explicar o que é que uma laranja. De maneira que para tentar explicar o que é uma laranja, preciso usar uma gama de caracteres que me permitem descreve-la e é através destas características poderei imaginar o que é uma laranja, precisarei ainda compreender das formas descritas para poder imaginar o que é uma laranja, de certa forma conhecer um fruto semelhante a laranja me permite compreender com maior facilidade o que é uma laranja, no entanto será mais difícil compreender o que é uma laranja se partir apenas das formas. Seria o mesmo que você que ainda está lendo imaginar o que é uma cajarana.
Partimos do que conhecemos para compreender o desconhecido.
Enfim qual é a essência da laranja?
De certo é muito subjetivo, cada um tem uma ideia do que é uma laranja.
Então pegue uma laranja, sinta seu peso, perceba sua forma, descasque-a ou corte-a em cruz e olhe com atenção tudo que a constitui, olhe a casca, o sumo que sai dela, olhe os gomos, os alvéolos, as sementes. Depois ponha na boca e sinta o suco, doce ou azedo, mastigue sinta a consistência. Então me diga o que é uma laranja.



Manhã de sexta

Que manhã mais preguiçosa esta de sexta-feira.
Altocúmulus, são aquelas nuvens que parecem carneirinhos, no céu.
O céu está muito azul. Faz um friozionho gostoso.
O sol brilha frouxamente.
O mundo está tão colorido.
Tudo está tão gostoso nesta manhã.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O crepúsculo


No fim da tarde de hoje quando tudo parecia desordenado, quando me achava atrasado, quando o caos começava a povoar minha mente, fui então agraciado com um belo crepúsculo.
Sim tive o prazer de poder mirar para o poente e deslumbrar de nuvens tingidas de vermelho, as nuvens pareciam chamas.
É uma dos momentos que que me deixa maravilhado. Foi impossível não registrar.
E aos poucos fiquei tão encantado que fui me acalmando e o caos sumiu, só restou respirar
e ir caminhando para casa.
Sim logo cheguei na Felizberto Brolezze a mais linda rua do Jadin Independência, quiçá de Barão Geraldo.
Fiquei feliz por toda a noite.

O tempo

Quando penso, enquanto penso e quando paro de pensar o tempo foi, é e continua sendo.
O tempo não pára, está sempre a seguindo seu curso, é como rio segue seu leito até o mar.
E como um caracol, o tempo parece está próximo quando está distante. Se tentar desenrolar esse perceberemos quanto é distante. E podemos ouvir o eco do tempo, as evidencias encrostradas na matéria podem ditar os fatos dentro deste tempo. O tempo passado é vivo em nossa mente, através das memórias, tão próximo e tão distante.
Se paramos para refletir sobre o tempo teremos sempre que termos um ponto onde amarramos o tempo e possamos construir uma trajetória que cremos ser nosso tempo.
A sombra do tempo futuro nos assusta. Tememos pois imaginamos saber o que é, mas não sabemos o que virá a ser. Nos encontramos imersos no tempo. Neste intervalo somos tudo e nada. Através das evidências podemos supor o que se passou, mas o que virá é incerto.
O tempo não existe fora de fora do pensamento humano. O tempo é uma criação humana. Está impregnado ao nosso existir. É uma forma que encontramos para explicar nossas origens, para não ficarmos perdidos no espaço. Não podemos tocar no tempo, nem sentir o tempo o máximo que fazer é imaginar algo como sendo a sombra do tempo. Uma música, algo como atravessar o espaço infinito.
E é assim que percebo o tempo através dos sentidos, das memórias do meu discernimento como humano.

TTTTTTTTTTTTTTTTTTeeeeeeemmmmmpppppppppppoooooooooooooooooooooooooooooo...

Flores de jamim

Quando amanheceu,
colhi flores de jasmim,
num belo jardim,
flores alvas feito goma,
perfumadas elas são assim,
singelas, belas,
perfumadas por essência,
são estrelas noturnas perfumadas,
não dar para não passar
e não perceber,
mesmo na noite mais escura,
agente para pra beber
do perfume de jasmim,
eles me deixam assim,
tranquilo, perfumado,
por isso pedi licença ao pé
e pedi umas flores só pra mim,
as lindas flores de jasmim,
mas pedi de manhã,
quando ninguém viu,
não roubei eu pedi
ao pé de jasmim,
flores só para mim.

Momento

É manhã.
O céu está coberto de nuvens.
Faz frio.
Neste átrio, além de mim, não há ninguém.
Luzes acesas.
As máquinas soam sem parar, ar condicionados e frezeres.
Ouve-se o eco, pois estão espalhados por todos os lugares.
Consomem eletricidade.
Sou e não sou, neste momento componho
essa paisagem e produzo o som do dedilhar
no teclado do computador.
Além de mim, neste átrio, tudo aqui está estático.
Só a lâmpada emana luz.
Através da janela vejo o verde do jardim,
mas não a abro, está frio lá fora.
e se abrir uma brisa vai esfriar esse lugar.
Olho para minhas coisas,
minha caneca com terere,
minha caneca com jasmim branco,
meu calendário e diversas coisinhas.
Todas no lugar que organizo.
E o som ecoa, longe feito queda de cachoeira,
sou estático, no entanto
meu pensamento está concentrado em descrever,
o agora.
O cursor pisca sem parar.
Vejo diversas formas e cores iluminadas pela luz que me dizem
muita coisa ou não me dizem nada.
Ouço uma rádio de muito longe de Bogotá,
HJCK, toca uma música
que condiz com este momento
em que sou só,
como quase sempre me encontro,
só habitando meu mundo subjetivo,
aliás que universo enorme.
tan, tan, tan, .... é som de piano.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Leitura

Em Serrinha do Canto não tinha muita coisa para fazer nas horas vagas. Não gostava de ficar parado, sem fazer nada simplesmente olhando para o mundo, me dava tédio, pois não conseguia entender que a natureza se auto explica, só bastava prestar atenção nas coisas. Não tinha meu olhar treinado, não tinha a sabedoria de uma iguana que passa horas imóvel. Não eu não era assim então passava horas no ócio, ou mexendo em coisas de comer na cozinha ou esperando mamãe acordar. As vezes tinha nada para fazer eu ficava vegetando. Lá era tão quente e claro que me dava sono, mas nunca consegui dormir a tarde. Certo dia descobrir num velho livro as palavras, frases, descobri que podia matar o tempo lendo e foi ai que descobri o maior passa tempo de minha vida. Gostava de ler de tudo que vinha a minhas mãos e quanto mais lia mais vontade tinha de ler, mas tive um grande problema a falta de ter o que ler. Não tinha acesso a uma biblioteca. A solução er tomar qualquer livro que os amigos tivessem emprestado. O primeiro romance que li foi o cortiço, e depois como quem debulha milho de pois dos primeiros caroços voce toma gosto e assim aconteceu, lia muito uma coleção de crônicas para gostar de ler, lia romances, poesias qualquer coisa me interessava de maneira que não distinguia os gêneros e ia lendo desde livros de física até poesia. Algumas muitas coisas não compreendia, mas lia pelo prazer de dizer já li esse livro, mesmo que não entendesse nada, não sei se eu lia, mas pelo menos como quem anda nas ruas sem prestar atenção nas coisas, ah isso eu fazia nas palavras e nas frases. Alguns livros eram tão bons que mesmo sem uma análise ou atenção nas frases deixavam um certo conhecimento não me preocupava muito com isso, pois queria saber de quantidade e não de qualidade, não me arrependo de ter feito desse jeito, foi a forma que aprendi de fugir do ócio de abraçar uma luta, ler um livro. Alguns me davam muito prazer outros não. Gostava muito dos livros que tinham figuras, pois primeiro fazia uma leitura da figura, com o tempo perdi essa habilidade, e estou tentando recuperá-la. Estou tentando resgatar tantas coisas. Estou tentando ser mais eu e a leitura que vai me ajudar.

Ler

Meu sobrinho tem seis anos e está aprendendo a ler, no fim de semana que passado fiquei junto dele então fomos ao shoping onde comprei um meclanche feliz o qual ganhou um personagem do filme Rio, o Pedro, então quando voltávamos para casa eu vibrava quando lhe mostrava uma placa que ele prontamente lia. Fiquei muito feliz com isso. Então por tanto esforço dei para ele um livro de Dinossauros que ele tanto gosta. Disse até que quer ser paleontólogo. Já minha sobrinha Giovanna ganhou um livro de filosofia. Quando dei para ela já tivemos uma prévia ela leu prontamente. Adorei vê-los aplicados. Porque aprender é simplesmente maravilhoso. Nos torna felizes e mais capazes de aprender nas adiversidades.

Transparência

Transparência tem peso?

O que é transparência? Segundo o dicionário Priberam esse nome tem os seguintes significados.

transparência
(transpar[ecer] + -ência)
s. f.
1. Qualidade do que é transparente. = diafaneidade
2. Superfície ou tecido transparente.
3. Película ou folha de material transparente onde se escreve ou imprime o que se detina a ser reproduzido com um retroprojetor!. = acetato

Mas a questão é se transparência tem peso?
Fisicamente existem corpos que são transparentes os quais permitem ver o que se passa em seu interior. Quando penso no transparente penso num corpo fora do eu, algo além do subjetivo. O qual deixa transparecer qualidades que seria impossível de ser percebido se não existisse a transparência.
A transparência é para mim algo que exige muito da visão. Pois é a luz que vai dizer se algo é transparente ou não. Muitas coisas são transparentes os cristais, os vidros, os plásticos, o ar e a água são transparentes, mas até onde algo é transparente?
Certas propriedades da matéria como sua constituição e sua organização é que permite que algo seja transparentes ou não.
Dependendo da substância que constitui a matéria esse corpo pode ser transparente ou não, ser dotado de peso ou não.
Peso é uma força gravitacional um corpo exerce sobre outro corpo. Portanto quando corpos sólido cristais, vidros; líquido água e gasoso o ar, sim a transparência tem peso, pois existem ai corpos exercendo força sobre outros corpos.

Transparência me arremete também a valores que as pessoas atribuem a se e a outras pessoas. Uma pessoa transparente é alguém que fala com clareza, que não esconde o que sente o que pensa. E aqui também há um peso da transparência, pois através da maneira com que se expressa pode ou não sensibilizar o outro.

Para todos os fins, eu acho que a transparência tem peso, mas penso ainda que é algo subjetivo. Cada um tem que encontrar o próprio sentido para esse nome.

Despertando do sono

Nu o Phyllanthus acidos do nosso jardim no DBV-BIO-Unicamp está. Pois vieram umas mariposas e puseram muitos ovos que em pouco tempo nasceram larvas que comeram todas as folhas dele, então ele ficou assim nu, só em galhos bem na época de maior calor, maior luminosidade, maior calor. É neste período que as plantas sofrem com as adversidades do ambiente. Faz uns três dias que o clima vem esfriando, acho que a planta percebe isso. Bem o fato é hoje percebi algo estranho em seus galhos nus, do Phyllanthus, algo vermelho, enquanto mirava para o azul do céu e percebi algo diferente que me roubou a atenção. Por um momento mirei para ver o que era aquilo e o que percebi é que eram folhas jovens. Sim em todos os galhos estavam surgindo brotos, com suas folhinhas vermelhas que vão mudando o estado da árvore, mais parece um gigante despertando bem devagar e logo nos dias que sucederão estará linda vestida novamente. Puxa por essa não podia esperar, pelo que percebi, as plantas ajudaram a planta a perder as folhas e assim gastar menos energia. Tudo na natureza é sábio e belo.

Sol


Olhei para o sol e de que lembrei?
De nada, pois parece está sempre
presente em minha vida, parece não
ter muita importância, parece me seguir,
que pretensão a minha, achar
que o sol é meu, achar que o mundo
é meu e esquecer que nada é meu,
que a vida é efêmera.
Lembranças tenho muitas,
da lua, das estrelas e do sol
diretamente não tenho.
Não posso olhar para o sol,
mas posso sentir sua luz,
sentir o que ela produz
e o quanto é importante em minha vida,
sem ela não haveria comida,
não haveria vida no sentido lato,
Mas o que lembranças tenho do sol?
Talvez não perceba, mas sua
presença faz parte de minha essência.
Assim amo o sol e tudo que
dele advém,
isso me lembra um colega
cujo o apelido era GATO
que dizia que o sol nasceu
para muitos, mas que a sombra
era para poucos, por isso
as vezes me irrito com o sol,
mas sem ele tudo são trevas,
tudo é obscuro como o que
há por trás do muro,
que há por trás da mente?
O sol ilumina tudo, posso não ter
lembranças dele,
mas talvez por se achar um
sol. Sabe lá.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rochas

Não sei quase nada sobre rochas,
quase nada sobre sua composição,
sobre sua forma de cristalização.
O pouco que sei é que elas
encantam por suas cores
e suas formas. Sei que
há uma certa mística,
que se atribuí um certo
poder. Não sei se é verdade,
mas também não ignora.
Não que seja como penso que não
se deve ignorar nada na vida,
mas porque sei que as rochas me
atraem por sua beleza,
sua história e por sua presença
em quase todos os lugares.
Fazem parte das ruas,
das casas, e de muitos objetos.
Quando viajo e vou a algum
lugar onde gosto pra valer,
faço uma varredura no lugar
e escolho a rocha para guardar
todas as minhas memórias daquele lugar,
e ela ganha um lugar na minha escrivaninha,
onde posso viajar na imaginação
só ao olhar para ela,
poderia ser assim com qualquer
coisa, mas escolho as rochas
talvez por sua dureza, pelo seu tamanho,
ou por seu mito, sei lá.
Sei que essas memórias são tão subjetivas,
que para qualquer pessoa significa que são apenas
pedras, mas para mim são verdadeiros tesouros.
Já tive aula de geologia,
onde aprendi o pouco que sei.
Aprendi sobre sua importância
econômica, ecológica etc.

Tenho muitas memórias das rochas,
memórias da infância.
Lembro de quase todas as grandes rochas
incrustadas no sítio de meu pai,
acho que sou até capaz de contar as
maiores.
Bem no fim da terra de papai
tem uma grande rocha que
durante o inverno acumula muita água,
localmente é conhecido como tanque,
e foi nela que durante muitos invernos,
lavamos as nossas roupas,
usamos da água ali acumulada
para dar de beber ao gado,
para cozinhar, para tomar banho.
Bem sobre aquela grande rocha
nasceram cardeiros, e um pé
de umburana, que cresce
muito lentamente,
como sofre aquela árvore,
sofre com a sede, com o calor,
mas como ela é resistente,
lembro dela da época de infância,
e continua do mesmo tamanho,
na mesma forma,
já apagou os nomes que fizeram em sua
casca e continua viva
sobre a roca,
vá explicar.
Talvez a rocha lhes der força.
Não sei.

Hoje minha amiga Tâmara
mostrou sua linda coleção
de rochas, vi uma mica, um berilo, uma ametista, uma apatita, uma cianita, um quartzo roza, um topázio.
E aprendi muita coisa sobre rochas.
Tudo aconteceu pela manhã.

Mente

Como uma garrafa que se enche de líquido,
também nós podemos encher nossa mentes de conhecimentos.
É o líquido que toma a forma da garrafa e não o contrário,
Nossa mente é sempre a mesma, e somos nós quem devemos
enche-las do que quisermos. Somos nós que selecionamos
de que devemos ocupá-la, e essa será nossa essência.
Ao contrário da garrafa que quando aberta se esvazia,
a mente jamais é esvaziada, tudo que entra passa a fazer parte
da mente.
Se pomos água na garrafa e taparmos não percebermos sua essência,
entretanto se pusermos uma ideia dentro da mente
essa jamais poderá ser fechada.
Tem muitas coisas em comum entre a mente e a garrafa,
entre as ideias e os líquido, no caso a água, no entanto
somos nós quem somos responsável por
encher nossa garrafa ou nossa mente.
Está sob nosso controle buscar nossa essência,
embora o meio pode influenciar, de maneira
alguma, não pode interferir em nossas
escolhas.
A água toma a forma da garrafa,
a água ocupa o interior da garrafa,
e passa a fazer parte da garrafa
enquanto nela presente.
Não sei o que acontece em nossa mente,
sei que quando preenchemos nossa mente
com uma certa ideia, quando nos apropriamos
desta, ela passa a fazer parte de nós, que nem
na garrafa, mesmo que seja por aquele instante,
até que outra ideia substitua a antiga
e como na garrafa seja preenchida novamente,
mas diferente da garrafa, a mente
abriga diversas ideias ao mesmo tempo.
O importante é que só depende do que queres para sua mente.

Viver é aprender

Na manhã sinto o dia,
sinto profunda alegria,
ao ver o sol, as árvores,
a rua, ao sentir o vento,
ao tomar um tereré,
ao ler as notícias,
ao ver os amigos, e
ao trabalhar.
Almoço.
À tarde, o sol arde,
trabalho, ouço,
penso, faço,
vejo, percebo,
organizo, trabalho,
crio, escrevo,
comunico-me,
e no fim da tarde

quando chega a noite
volto a ficar só comigo mesmo.
Durmo e descanso
cheio de novos saberes.

Aroush

Ontem quando fui almoçar com um amigo do Paquistão, fiquei sabendo que a filha chama-se Aroush. Nome que quer dizer lindo, anjo. Veio de imediato a minha mente que conhecia essa esse nome. Sim isso mesmo largo do Arouche uma no centro se São Paulo, veio a minha mente largo dos anjos, mas nosso Arouche é sobrenome do marechal José Arouche de Toledo Rendon.
Foi muito bom conhecer essa palavra tão diferente e com um significado tão belo. Meu colega é uma pessoa supereducada e por vezes tímido, não sei se é porque não fala o português fluente ou se essa talvez seja sua essência. Só sei que é uma pessoa muito prestativa, idônea com seus princípios.
É maravilhoso poder conhecer alguém que é de outro continente, fala outra língua, tem outros costumes, outra religião, outra forma de ver o mundo de aprender as coisas, a cada dia posso aprender muito mais e ensinar o que sei, pois estamos vivendo as mesmas experiências, compartilhamos os mesmos objetivos concluir o doutorado, está sendo uma experiência dulcíssima.
Aprendemos quanto são importantes são as relações, quão efêmera é a vida que o bom pode está em toda parte em qualquer um. Conhecer o nome Aroush me traz paz, pois agora sei que há outra palavra para ANJO. E há um anjo filha de meu amigo Zuqui que tem esse nome.

Vento

Um vento fresco entre pela janela,
e desperta-me para o fim da tarde
que chega azul, clara e quente,
mas esse vento traz uma doce
sensação de alívio, de esperança,
faz-me olhar para o céu,
para as plantas lá fora
que balança com o vento.
E então percebo a tarde partindo,
indo, indo, caindo como o
sol no poente.

Mundo belo

Quando saio na rua um novo universo surge em minha frente, para onde eu olhe, tudo que eu veja ou simplesmente reveja é diferente do que vi ontem. Se olho para o céu, para as plantas, para rua, para as casas tudo parece igual, mas se olho com atenção e tento perceber um mundo desvenda diante dos meus olhos, pois vejo se há ou não nuvens no céu, se há são tão diferentes, são tantas as formas, vários os tipos de nuvens, se não posso ver o céu azul. Se olho para as plantas posso ver como estão se estão florindo, se estão perdendo as flores, se estão viçosas, se estão crescendo, enfim percebo como elas estão. Quando olho para a rua posso ver se está limpa ou suja, esburacada ou não, a ordem dos números das casas, quais plantas são cultivadas, eu posso perceber muitas coisas dos donos das casas, posso aprender o nome das ruas, se as casas são coloridas ou não, se as casas são novas ou velhas. Eu percebo tantas coisas. Gosto de saber o nome das ruas, os tipos de plantas, as formas das casas, tento perceber tudo, mas já percebi que é impossível perceber tudo, eu poderia passar o resto da vida num lugar percebendo as coisas. E fico assim bestificado vendo o que fala o mundo. Por gostar de ver a rua e na aurora, no ocaso. E assim vou pintando o meu mundo na minha mente e vou tentando descobrir cada dia um mundo diferente. As vezes floridos, as vezes apressado. Atualmente venho mergulhando cada vez mais no meu mundo e descobrindo novos mundos, estou começando a perceber e a crer que tudo é possível que posso viver no mundo e senti-lo e desenhá-lo como desejo. Por isso saio de casa atento as sutilezas, a beleza das flores, das plantas, das pequenas belezas e assim estou descobrindo um mundo mais belo.

Mundo belo

Quando saio na rua um novo universo surge em minha frente, para onde eu olhe, tudo que eu veja ou simplesmente reveja é diferente do que vi ontem. Se olho para o céu, para as plantas, para rua, para as casas tudo parece igual, mas se olho com atenção e tento perceber um mundo desvenda diante dos meus olhos, pois vejo se há ou não nuvens no céu, se há são tão diferentes, são tantas as formas, vários os tipos de nuvens, se não posso ver o céu azul. Se olho para as plantas posso ver como estão se estão florindo, se estão perdendo as flores, se estão viçosas, se estão crescendo, enfim percebo como elas estão. Quando olho para a rua posso ver se está limpa ou suja, esburacada ou não, a ordem dos números das casas, quais plantas são cultivadas, eu posso perceber muitas coisas dos donos das casas, posso aprender o nome das ruas, se as casas são coloridas ou não, se as casas são novas ou velhas. Eu percebo tantas coisas. Gosto de saber o nome das ruas, os tipos de plantas, as formas das casas, tento perceber tudo, mas já percebi que é impossível perceber tudo, eu poderia passar o resto da vida num lugar percebendo as coisas. E fico assim bestificado vendo o que fala o mundo. Por gostar de ver a rua e na aurora, no ocaso. E assim vou pintando o meu mundo na minha mente e vou tentando descobrir cada dia um mundo diferente. As vezes floridos, as vezes apressado. Atualmente venho mergulhando cada vez mais no meu mundo e descobrindo novos mundos, estou começando a perceber e a crer que tudo é possível que posso viver no mundo e senti-lo e desenhá-lo como desejo. Por isso saio de casa atento as sutilezas, a beleza das flores, das plantas, das pequenas belezas e assim estou descobrindo um mundo mais belo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Folhas pelo chão

Folhas secas espalhadas pelo chão,
quando sopra a brisa da manhã,
as folhas desprendem dos ramos
e são espalhadas pelo vento pelos
cantos, sob as árvores, pelas estradas,
pelos jardins.
E o chão fica todo bordado,
todo colorido de marrom,
o chão chia quando se pisa,
é tão gostoso perceber
que o tempo passa,
que ele decretou a chegado
do outono e que as árvores
tem que ficarem nuas para o inverno,
as ervas já estão secando,
logo mais chegará o inverno,
os dias estão cada vez mais limpos,
azuis, claros e quentes,
sorte que a brisa sopra,
sorte que estamos vivo,
logo mais vai passar,
tudo passa, tudo passa,
e as folhas coram o chão.

Perceber

Quando olho algo vejo,
mas nem sempre vejo o que olho,
algumas vezes simplesmente olho
e nada percebo. Vejo mas não identifico.
olho para as formas sei que as conheço,
mas ignoro pensar sobre o que sei
e muitas vezes nem sei.
As vezes olho para uma flor
e nada vejo, cheiro-a e tudo que vejo
são imagens, lembranças, não vejo
a a flor, ela simplesmente faz olhar
para dentro de mim,
não ignoro sua forma,
mas não vejo não sei
desmembrar cada parte,
não sei que nome se dá.
Vejo que tem pétalas, mas nem conheço essa palavra,
e vejo que tem sépala, mas também não sei o que é,
vejo que tem anteras, filetes, estigma, filete e ovário,
mas eu nada vejo, pois não sei descrever,
só vejo uma plena organização, singela e muito bela,
olho para a flor,
e tudo que percebo é sua cor,
seu cheiro, mas ignoro sua forma,
assim como escuto muitas coisas, mas não entendo,
ouço um amigo falar uldo, mas não entendo nada,
sinceramente eu acho que os animais falam e se entendem,
eu simplesmente ignoro o que desconheço,
e as vezes perco o desejo de conhecer e passo a todo o tempo
ignorando o que vejo, que ouço o que sinto
eu passo pela vida, preocupado com algo
que acho ser essencial para mim.
Fui ao riacho ver o que tinha lá,
mas nada encontrei,
fui novamente com uma turma
e aprendi a ver tantas coisas
vi rochas, vi musgos, vi plantas,
vi animais eu vi um mundo tão diferente,
onde só ouvia o soar da água
descobri que havia um universo,
mas que por desconhecer, por não perceber
simplesmente ignorei,
as vezes achei que voltando lá
encontraria o mesmo mundo,
ele o mundo estava lá, mas não consegui perceber,
não prestei atenção nas coisas,
as coisas simplesmente são e não paramos para
perceber nas coisas.
Quando vejo uma flor, olho e sei a que família
pertence, a que gênero, a que espécie,
mas muitas vezes ignoro o indivíduo,
as vezes vejo o sol nascer,
vejo o mundo e acho que não tenho
tempo, pois minhas ideias andam tão embaralhadas,
então parei para olhar o mundo e percebi que
há beleza em tudo,
que os sentimentos humanos são complicados
e que muitas vezes não se compreende,
mas basta sentir, pois está na nossa essência,
vemos o que conhecemos, somos o que pensamos ser.

William Lloyd Webber Serenade for Strings

Há músicas que são tão belas
e tão tristes que parecem
arrancar no nosso coração
tocá-nos tão intensamente,
que parece cortar o coração
e faz verter nossa alegria,
e nos deixa a pensar
quão efêmera é a vida,
que bela música
que me faz vir totalmente
a mim e me traz lembranças
do que não imagino ter vivido,
é como ouvir folhas arrastadas
pelo vento no fim do outono,
é como está no ocaso
e sentir o frio que chega
com a noite,
é como ver a estrela
a brilhar, mais parece lacrimejar,
é como ouvir uma poesia,
ou simplesmente sentar a praia
e ouvir as ondas quebrarem,
sentir a maresia,
e viajar no som
dessa canção,
e perceber quão frouxo
é o coração e viver
e amar a vida e ter sabor pelo viver.

Schubert

Ouço, mas pareço não ouvir,
não entendo o que passa nessa
música, não entendo o que fala
o vento. Só percebo que o vento é.
E quando o vento passa,
e arrasta as folhas,
e move as folhas das árvores,
e faz um chiado,
o que diz o vento?
O que fala a natureza?
Indica que vai chover,
que é chegada a hora,
que a natureza se move,
que a natureza é viva,
e ouço o vento soar,
alisar as folhas das árvores,
e percebo o vento
anteceder a chuva, muitas vezes,
outras vezes simples mente
só faz a natureza soar.
Com o tempo aprendi
a entender o que dizia
o vento do tempo,
com o tempo aprendi
a distinguir muitas coisas
e a ignorar o vento,
eu passei a não ouvir o vento,
mas esse meu engano,
muitas vezes me fez errar,
então paro e ouço
o que diz o tempo do vento,
porque sou e o vento é,
ou não é, está ou não está,
eu quando estou pleno
em mim, sou,
não é sempre que sou,
as vezes sou como o vento,
as vezes me perco no tempo,
e não entendo o que canta a natureza,
ou não entendo nada.
Um dia ouvi uma música
e ela não me dizia nada,
nas quando não me dizia nada,
me ajudou a está em mim,
e ser pleno por um instante,
nem quis saber quem era,
só sei que não era o vento,
nem percebia no tempo,
ouvia aquele singelo
som tão belo.
E o que me dizia?
Parei pra ouvir
um pouco e entender
Schubert,
para ouvir o vento,
a natureza ainda encantada,
e naquele instante sorri.

Ocaso

É fim de tarde por acaso,
não é noite, nem é dia,
estamos no meio do ocaso,
o sol com luz já não alumia,

pois se põe sem atraso,
a natureza aos poucos esfria,
se recata e silencia,
aos poucos a noite
cai e o dia se vai,
o ocaso sem atraso,
ofusca a luz ao som
do sino da capela
de São Francisco
da rua Luiz Vicentim,
cruza a noite,
enfrenta o ocaso
e vence e abriga
o céu estrelas a piscar
e a noite vence o dia
e o ocaso por acaso,
vem e se vai.

Vem




Desponta o sol da manhã,
calma aurora parte, e o sol
se estabelece, as flores
desabrocham, as aves cantam,
as cores se revelam,
o vento as vezes aparece,
as vezes não, mas é outono,
a natureza toda se prepara
para o inverno, o tempo
muitas vezes treinou as
plantas a se cuidarem,
pois se não fizerem podem morrer
e o sol brilha,
para as plantas,
para as aves,
para o mundo,
todos os dias,
e a aurora vem
na mesma hora,
para saldar o sol,
saldar a vida,
que dar sentido a tudo,
a mim, a ti,
a natureza.

Flores

Uma flor sabe quanto é efêmera,
talvez por isso seja tão bela e delicada,
sabe quando a vida é rara,
nem por isso desiste de ser flor,
contempla o sol, o céu azul,
sente o vento, as abelhas,
a varrerem seu meu, seus poléns,
e simplesmente é pois sabe
que sem ela não há fruto, nem semente,
sabe que parte dela se transformará
fruto e semente e é
através dela que a vida é eternizada.
Uma flor mesmo sabe que mesmo que seja efêmera
é importante, se assim
tivéssemos consciência,
fôssemos mais completos
como as flores são completas.

sábado, 23 de abril de 2011

Dia com Felipe

O sol nasceu e trouxe um dia lindo, claro e azul. E brilhou todo o dia revelando o verde e as formas das plantas que estão sofridas com a falta de chuva e as mudanças do clima. Estão perdendo as folhas, estão cinzentas cobertas de poeira e fuligem, estão se preparando para o inverno. Então o dia claro foi um dia quente em que os prédios absorvem calor e vão liberando noite a dentro. A tarde quando o dia se entrega a noite o céu fica tingido cor de mercúrio, e a cor azul vai se diluindo no espaço e quando menos se percebe é noite estrelada. Hoje com toda essa beleza foi um dia que fiquei meu sobrinho, Ana e Lidi ao shooping, levei ele pra comer um lanche e ganhar um brinquedo, sei que é muito fútil, mas adoro o riso de uma criança que pena não possa fazer isso para todas as crianças. Em seguida dei um livro de dinossauros para ele que o deixou extremamente feliz, e quando voltávamos para ele veio lendo tudo que via. Ele é uma graça tem sete anos, adora dinossauros, ben dez, max stell. Está descobrindo o mundo das palavras. É muito agradável ver uma criança aprendendo. Faz a vida ser mais bela. Então quando era cedo, antes de irmos a feira ensinei o nome de algumas plantas para ele. Ensinei o nome de carros ou melhor não ensinei nada só o fiz ver as coisas com mais atenção. E foi neste dia claro, azul, colorido que passou o meu dia.

Força

Há muita coisa para serem superadas na vida. Uma delas é assumir a vida na real condição e não ficar se sofrendo por aquilo que lhes falta. Muitas pessoas aprenderam a contornar os obstáculos e a partir destes, tiraram lições. Há pessoas que tem grande resistência e as que pouco suportam. Não sei em que categoria me enquadraria, talvez esteja no meio termo. Já vivi situações que desisti e outras que segui em frente, mas tentei nunca parar para me arrepender. Todavia sempre procurei está entre os de grande resistência, mas antes de entrar de cabeça e abraçar essa ideia, sempre parei para refletir se poderia prejudicar ou outro ou não, acho muito importante não vir a atrapalhar na vida do outro de forma negativa. Nem sempre venci, acho que a vida é um ensinamento e a cada momento devemos está aberto para o conhecer. Temos que sermos curiosos e ao mesmo tempo cautelosos, diante das dificuldades da vida temos que seguir em frente e assim construirmos nossa personalidade nossa história. As vezes podemos dobrar a situação, mas só pelo momento temos que ter paciência e quando chegar o momento assumirmos uma posição emergente e assim realizar nossas projeções.
Não busquemos justificar nossos erros, mas sim assumamos e busquemos melhorar sempre, no entanto precisamos ser cautelosos para não provocar mágoa no outro.
Então vamos vivendo essa dialética que é a vida.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta-feira Santa

Sexta-feira da Paixão sempre foi para mim um dia de respeito, de respeito e de reflexão. Tive toda uma formação religiosa católica. Então todos os anos neste dia em minha casa jejuávamos, compartilhávamos com os vizinhos comida. Só comíamos após o meio dia, neste dia não comíamos carne vermelha. Mamãe preparava para o almoço peixe, feijão, arroz e queijo, enquanto na janta fazia tapioca, pão, queijo e leite. Era um dia que ficávamos reunidos, assistíamos a missa pela tevê, víamos o filme a paixão de Cristo. Parando para refletir essa prática ao longo do tempo. Hoje percebi que essa seria uma forma de lembrar da paixão, da minha família e dum costume das pessoas do vilarejo que cresci, bem como dos meus parentes mais distantes. Tenho lembranças de quando jejuei pela primeira vez, a sensação de sentir fome e não poder comer, mesmo que por uma crença é algo muito sufocante, mas que nos leva a refletir sobre o corpo, o sofrimento. Embora seja muito criticado essa crença, embora muitas coisas se fale, ainda acho que essa viver isso, falar sobre isso é uma forma de se conhecer, se afirmar como ser. Este dia é para mim muito importante, pois posso parar e refletir sobre a minha trajetória de vida.

Liberdade

Ah, como é bom sentir a vida,
poder acordar sem nada para
pensar e simplesmente viver,
e está na presença de pessoas
queridas, só curtindo o momento,
fazendo o que gosta,
quanta poesia,
quanta alegria,
alumia minha vida,
essa vontade de viver,
essa liberdade de ser.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sol

O sol no céu azul,
nenhuma nuvem, nada,
uma ilha ou um barco?
o sol no oceano azul,
o sol só
brilha forte,
e seu brilho a todos chegam
a todos aquecem,
a todos revelam as formas
que as trevas ocultavam,
as cores, faz germinar
as sementes, desabrochar as flores,
a água mudar de estado,
e distribui sua energia
de graça ao mundo,
ao espaço e viaja sozinho,
o sol, com seu alo dourado,
acorda o mundo todos os dias,
e dorme em meio a natureza,
sol, sol...
sem ti que seriamos?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Máscaras

Nascemos e somos crianças, logo que crescemos nos tornamos somos adultos, e por fim as forças e o vigor se vão então envelhecemos envelhecemos e somos idosos. Essa é a trajetória humana, seguindo sempre os trilhos da linha do tempo. Mas afinal em que somos capazes de nos transformar? Ou somos simples fruto do destino. Será que nosso destino já está traçado? Se o destino existe somos capazes de modifica-lo?

Já na infância, período em que temos maior capacidade de aprender, o mundo é totalmente novo e tudo que percebemos queremos tocar, saborear, olhar, cheirar. Nós realmente usamos todos os sentidos queremos ver o mundo de todas as formas. Temos fome por conhecer queremos descobrir esse mundo de qualquer forma. Então somos atraido pelo colorido, pelo cheiroso entre muitas fontes. No entanto, da mesma forma que nos interessamos por tudo somos estimulado por outra e mais outras coisas. E finalmente acabamos aprendendo toda a parte sensorial e aprendemos a partir de atos que fazemos a perceber as reações do mundo. Se temos fome, aprendemos que se chorar-mos alguém nos alimenta, se tivermos sede aprendemos a mesma coisa. E aos poucos vamos criando um vocabulário o qual conseguimos o necessário para viver, mas vamos crescendo, lindos e cada vez mais esperto, e aprendemos a andar, a falar dentre tantas cosias que aprendemos. Finalmente percebemos que não somos tão especiais, que não podemos ter a atenção dos pais e de todos que nos rodeiam a todo tempo.

Então com um maior vocabulário aprendemos nesse período que somos capazes de viajar no mundo da fantasia. Aprendemos que tem os fortes e os fracos, os bonitos e os feios, os bons e os maus. Então estamos entrando no mundo das abstrações a coisa começa a ficar muito mais complexa. É nessa época que somos apresentados a uma caixa preta que tem vários botões que logo aprendemos que se apertar um botão ela liga como se fosse uma janela, descobrimos vendo os outros usando um tablete preto que se apertamos ali a máquina liga também. Sim Descobrimos a tevê e que coisa maravilhosa tem muitas cores, formas. E aprendemos que eles soltam sons, iguais aos que nossos pais fazem e eles se movimentam. E aprendemos sobre todo aquele mundo e vemos que nossos pais muitas vezes "tem medo de coisas grandes, os monstros e nos ensinam a ter medo, aprendemos que tem pessoas capazes de vencer esses monstros os super-heróis, sim aqueles homens fortes, bonitos, inteligentes que são capazes de tudo. Descobrimos que existem coisas e seres bons e maus.
Nos interiorizamos e queremos ser super-heróis os mais fortes, mais bonitos, mais inteligentes, não nos ensinam que os super-heróis não existem, mas tudo bem iremos descobrir de uma forma ou de outra.
Porque para nós tudo que aprendemos é real, nosso primeiro conhecimento é empirista, adquirido pela prática, e só com o tempo vamos desvendando outras outros conhecimentos ou melhor novas crença com a ampliação de nossa linguagem, então nosso mundo é totalmente nosso, criado por nossa imaginação com base nas nossas próprias avaliações.
Então durante a infância se tivermos alguém que seja capaz de alimentar e ampliar nossas formas de construir o nosso mundo. Introduzindo a essas crianças através dos histórias, podemos levar ao mundo dos livros, mundo dos contos. E a introdução neste mundo pode ser muito importante para o futuro destas pequenas pessoas. Pois se ensinamos que existe um mundo maravilhoso nos livros, certamente a curiosidade dessas crianças vai levá-los a querer decifrar esse mundo e a partir dele essas crianças terão suporte para entender melhor o mundo quando tornarem-se adultos.

Entretanto nem todo mundo consegue brincar com seus filhos, dar-lhes atenção e apresentam seus filhos a caixa preta com movimentos a televisão. Sim esse objeto maravilhoso pensam as mães que agora podem ver seus filhos quietos, e podem ter mais tempo para si, para organizar a casa. Salve a televisão o acalma. Não sabem eles o quanto vai custar caro para elas esse hábito que seu filho desenvolve. Primeiro seus filhos são bombardeados com propagandas, dizendo as verdades do mundo. Vão desejar querer tudo que seu super-herói usa, sandálias com super-poderes, roupas, pulseiras, alienigenas, monstros, super-heróis de plástico. Seu filho vai passar a projetar a felicidade dele no consumo, e só será feliz se puder ter. Além do mais ele vai perceber que as crianças na rua, na escola em todos lugares e vai começar a acreditar que aquilo é essencial para ser igual a todas as outras crianças terão de usar tal objeto, pois é um objeto de inclusão. Não acho que as crianças não devem não ter acesso a tevê, não é isso, acho que deve aprender a ter limites, ter deveres e ter horários. As crianças sabem muitas coisas, mas não tem noção das consequências de seus atos.
São dos adultos quem devem impor limites as suas crianças, responsáveis por sua responsáveis pela educação e por seu bem estar, mas para isso é necessário ser uma pessoa presente na vida da criança e não substituir essa presença por presentes e liberdade para essas crianças fazerem o que querem em troca da ausência. Devemos deixar que a escola cumpra essa função?

Imagine que o adulto não tem tempo para uma leitura, não se dedica está com sua criança e sempre deixar que essa criança faça tudo que vem a mente. Sem uma referência o que pode ser construído da mente de uma criança sem um referencial, sem a presença de alguém que lhe ensine que é certo e o errado, que lhes ensine condutas que lhes permita viver em sociedade. O que pode acontecer?
Então eu lhe digo que as crianças aprendem a sofrer, desde pequeno por não terem essas referências, essa presença, constrói em sua mente afetos aquilo que acredita que lhes faz feliz. E quando não tem elas sofrem por não poderem ter o objetos.

Digo isso porque sofria quando não podia ter certa coisa. No entanto depois passava mudava o pensamentos e tudo acabava, sofria, mas não chegava a morrer. Muitas vezes não estimulamos a capacidade de criação do universo das crianças ou simplesmente damos a eles o que pedem, ou não damos a ele a capacidade de imaginar ter, imaginar ter a coisa, ou simplesmente a partir de objetos podemos pensar estamos com a coisa real, essa seria uma oportunidade de ensinar o valor das coisas.

Lembro que muitas vezes entendia que meus pais não podiam me dar certos brinquedos, que era porque tinha muitos filhos e o dinheiro não sobrava, eles queriam me dar, mas não tinha recursos então e eu simplesmente criava, fazia meus brinquedos, podia parecer feio, mas na minha imaginação aquele objeto lúdico era perfeito e ia imitando os adultos, coisa que mais ensina e que as crianças adoram.

E foi assim que aprendi a fazer, muitas coisas como todas crianças fazem, imitando o que os adultos que se aprendi a fazer muitas coisas. De maneira que vamos assumindo quem somos a partir do que temos. E é dessa forma que nos tornamos e assumimos nosso ser como adultos.

No contexto atual que vivemos em que o capitalismo é hegemonia em que temos tudo ou quase tudo que quisermos ter, basta que para isso tenhamos dinheiro. E vivemos num país rico, porém com má distribuição de renda. Podemos dividir a sociedade em classes com posses e as classes sem posses.

Onde as crianças das famílias com posses, ou seja, capacidade de bancar boas escolas para os filhos, cursos de línguas e viagens, bem como dar-lhes tudo que a criança deseja, além de serem capazes de bancar no necessário para que o filho de torne alguém com o mesmo padrão de vida e são sempre mais beneficiadas.

Enquanto as crianças pobres não têm boas escolas, mas tem tevê em casa, e são pessoas e tem desejos, e tem discernimento do certo e do errado, mas não tem como entender como alguns podem e elas não. Essas crianças muitas delas têm que muito cedo se deparar com a realidade, tem que crescerem antes do tempo. Muitas dessas crianças por falta de esclarecimento tornam-se pais e mães muito cedo. Muitas tem que trabalhar para manterem suas escolas.
Existem crianças que querem, mas não podem ter fantasias, pois até mesmo essas são criticadas pelos adultos da própria família, pelos vizinhos e só vêem todos dizendo o que não pode, nunca dizendo o que elas podem.

Como pode sonhar quem mora na favela? É preciso muita arte, garra, fé e esperança, para não ser água suja e escorrer pelo ralo.

Infelizmente, muitas dessas crianças encontram os caminhos mais fáceis para alcançarem seus objetivos e viverem pelo menos um minuto como reis, viverem a realidade de sua imaginação e muitas crianças entram para o tráfico, para a prostituição.

Mas não são todos que seguem os mesmos caminhos uma das principais causas para a existência destas situações são as ausências de referências, que seriam pessoas que saíram da periferia e conseguiram se introduzir no outro mundo das classes, que é possível, que tudo, é possível quando se acredita.

Mesmo que crescem em meio a violência mas que é possível.

Já está muito longo o texto, pode dar uma paradinha para ir ao banheiro ou tomar um copo d'agua.


Então sei que estou sendo ingênuo com minha visão otimista.

Realmente como ser otimista se moramos na periferia onde as ruas são irregulares, com fezes de cães por toda parte, paredes coberta de musgos, portões enferrujados, portas improvisadas, ruas esburacadas, lixo nas ruas, fedentina, som alto. Acho que muitas vezes esses ambientes são pior que uma selva, onde os animais ficam tentando mostrar que pode mais e compram carrões, sons maneiros, tênis, roupas... e iludem as meninas e engravidam elas e nada acontece. A polícia ali não entra, o estado só está vai ali para cobrar. E as pessoas não colaboram. É essa a visão que me passaram.
Mas não falam que desde que chegamos aqui viemos de longe, passamos fome, que desconhecíamos toda a cultura urbana, viemos em busca de dignidade, e nada encontramos senão dor. Somos contratados por uma ninharia e temos filho como quem tem batata e não educamos porque temos que dar nosso trabalho para as classes de posses para que eles e os filhos deles possam ter tudo. Não quero passar aqui que devemos entrar em conflito não.

Queria que percebesse a disparidade que há entre os humanos que nascem e crescem nestes lugares por não terem condições de dar melhores vidas a seus filhos, ou melhor por desconhecerem o que é uma boa vida.

Por trabalharem para e pagarem tudo direito a um estado e receberem como moeda de troca ruas sujas, escolas pichadas e total desamparo a saúde.

Que podemos esperar dessas crianças?

Diante da realidade que é pregada para elas? E vivendo na mesma cidade, tendo as mesmas idades, mas não podendo ter o que outra criança da mesma idade pode possuir.

As crianças ricas demoram a crescer, enquanto as pobres, reafirmo, tornam-se adulto antes do tempo.

E assim crescemos todos, nos tornamos adulto, acaba-se a fantasia. É quando viramos empregados da classe bastarda ou melhor quando se consegue um emprego.

Quando nos tornamos adultos, nos pregam que todos tem direitos e deveres, mas enquanto poucos tem direitos, muitos só tem deveres.

A ideia de que somos todos iguais perante a lei, só funciona para aquelas crianças e adultos que tiveram todas as oportunidades.

Sim é verdade que todos os mesmo direitos a universidade pública que são as melhores, mas nunca fala o quanto é injusto competir com todos aqueles que tiveram suporte.

E finalmente quando chegamos a conseguir esses direitos, adquirimos bens, carregamos toda uma carga ideológica que mostra que se nós conseguimos foi por nossos méritos. Chegamos a acreditar nessa ideia.

Então se nos tornamos adultos de sucesso. Todos podem se tornar. Será?

Se de cada 10 pessoas que tem nível superior em universidade pública, creio que a uma ou duas dessas pessoas vieram de escola pública.

Isso é que é direito e igualdade?

Todos podem, indagam-no, voce é um exemplo me falam. Como assim? Não sabe quantas frustrações eu tive, fiz vários vestibulares, entrei na universidade ignorando o meu potencial, não acreditava em mim, afinal estudava de domingo a domingo e não tirava as melhores notas, isso me frustrava muito. Achava-me muito burro, enquanto vários alunos tinham ido para festa e tiravam as melhores notas, sabiam falar inglês, tinham computador, viajavam experimentavam.
Eu que não precisava trabalhar, que mas que tinha que tinha que dividir o espaço de um quarto com mais cinco pessoas, fazendo as necessidades em um banheiro coletivo onde não tinha o mínimo de higiene. Que não tinha nenhum suporte psicológico, que a família morava tão longe que o dinheiro e a distância não permitiam ver meus pais e finalmente quando podia ir em casa. Tinha que passar pela vergonha de pedir uma passagem ao prefeito que para segurar um pouco do dinheiro para sobreviver. Não espero que as pessoas passem por isso é humilhante, eu conseguir chegar aqui, mas muitas vezes eu chorei, muitas vezes aquele meu sonho perdeu o brilho, porque tinha que me dar bem ter um bom emprego e não ficar sonhando.

Eu imagino quem tem que estudar e trabalhar qual não é o sacrifício. Meus Deus porque isso.
Realmente a seleção natural existe. Apesar de tantas lutas travadas por igualdades e liberdade entre os povos ao longo de tanto tempo e voltamos sempre ao mesmo ponto.

Eu escapei pela fresta do destino. Certa vez falei e me disseram que não que tenho méritos. Quase perdi meus sonhos isso realmente teria sido trágico.

Enfim, para ser o adulto e poder frequentar a universidade dos sonhos eu tive que renunciar minha parte de minha vida.
E se me perguntarem se valeu a pena. O que esperam que eu diga? Que não!

Por que eu poderia com a mesma idade ser um roceiro, um empregado da prefeitura, mas cá estou, todos podem, pregam.

Sim podemos, mas há um fosso enorme e reafirmo uma luta muito injusta.

E tenho que ouvir tanta coisa e vou envelhecendo nessa ilusão de que por está aqui sou uma pessoa de sucesso.

As vezes quando paro para conversar com meus amigos e ver em que eu contribuí para o melhorar o mundo vejo que não fiz nada.
E vou seguindo a vida como quem crer que está fazendo algo, que sou essencial e como um gato vou lambendo os próprios pelos e acreditando no que me contam.

E vou tecendo uma história que perdi quando sai da infância, vou me reconstruindo, vou pintando o meu mundo, tentando entender esse mundo. Tentando recuperar minha infância, reencontrar nos meus heróis que me abandonaram. Tentando destruir a crença que me fizeram acreditar que as pessoas não tem jeito, o mundo não tem jeito que a vida é efêmera e muitas vezes pelo que vejo nem valeu a pena viver.

O que voces acham agora somos capazes de nos transformar? Ou somos simples fruto do destino. Será que nosso destino já está traçado? Se o destino existe somos capazes de modifica-lo?

Boa reflexão

Xepa de ideias

Como estou cansado. Acho que merecia uma boa noite de sono, pois que assim o seja. Logo mais irei dormir o sono dos anjos e sonhar com o paraíso. Sei lá. Tive uma ideia maluca agora. Veio a minha ideia apesar do cansaço, agora mesmo, que gostaria de ser uma escada para facilitar a vida das pessoas, que service de ponte para ligar o abismo que há no peito das pessoas. Talvez soe como demagógico para alguns, mas para outros soe como algo possível, exequível. Não gosto da ideia de separação, mas se eu penso algo e expresso essa ideia por trás dela surge uma dialética e consequentemente terei alguém que concorda ou discorda de minha ideia, no entanto de posse de minha ideia vou tentar defendê-la e por muitas vezes por ter uma visão limitada sobre o pensado, mas que foi apropriada por mim e então envolvo-a com uma crosta ideológica e que muitas vezes não permite que eu me abra pra ver outros fatos e passe a ver o objeto de minha ideia como o perfeito e assim acontece com as pessoas mais fechadas. Ocorre então confusões de ideias, muitas vezes conflitos pessoais e por fim separação. É pode parecer demagógico acreditar na ideia de ser escada, ponte na vida de outras pessoas, pode até me separar das pessoas, sei que esta ideia não é minha, nem tão pouco é recente. Não ela foi e é replicada por muitas pessoas que tem um brilho, não que acredite que tenha esse brilho, mas sim eu almejo e busco ser contigente penso em melhorar cada dia mais como ser humano com atitudes éticas, com o cuidar de si sem prejudicar o outro, cuidar bem de si, mas sem a ideia de egoísmo e sim cuidar de si, para poder aprender a saber cuidar do outro com o mesmo amor que cuidar de si. Eu acredito nessa ideia eu vejo ela no riso das pessoas mais simples e humildes que tem muito a ensinar sobre a vida. Pessoas que apesar das rasteiras que levam, levantam, batem a poeira e dão a volta por cima. Temos muito a aprender, muito mesmo, precisamos ver o mundo de diversas maneiras e quando não conseguirmos, mesmo assim buscarmos sempre. Buscarmos como o poeta que descreve a beleza da vida nas coisas mais simples, como a dona de casa que tem prazer em ver a casa limpa e organizada, mesmo sabendo que vai ver tudo uma bagunça no outro dia, mas que tem a certeza de fazer tudo novamente, mas com mais arte, como o pintor que busca fazer a pintura mais perfeita que expresse suas ideias, que transpareça sua alma, como o escritor que cria uma história tão perfeita que chega-se acreditar na veracidade de suas ideias, como o arquiteto que projeta e organiza o espaço. Bem, tem muitas pessoas que fazem seus trabalhos não pelo que eles lhes possam render, mas pelo simples fato de que aquilo lhes fará feliz, de que aquilo transparecerá o seu ser, sua essência. Confesso que no meio que eu trabalho, poucas pessoas mostra essa essência, eu mesmo, muitas vezes fui iludido com a ideia de ter um bom emprego, conforto e sucesso. Agora neste instante estou sorrindo por dentro porque sei que o que eu quero não é ter sucesso, mas sim quero fazer e dar o melhor de mim, e encontrar minha essência, e se eu fizer tudo que quero e penso com carinho estarei completo e certamente serei uma escada, uma ponte na vida de muita gente e mesmo que isso não aconteça com muita gente, mas que pelo menos uma pessoa seguir minha ideia. Serei pleno pois assim a minha essência não terá sido eliminada pela natureza, mas sim replicada, e se replicada é porque foi boa. Assim espero.

Lembranças

Uma tarde fagueira,
sentado numa cadeira,
mirando o horizonte,
eu vejo, sinto a presença
de minha querida avó,
sentada comigo noutra
cadeira a olhar o mundo,
a pensar na vida,
ou simplesmente
a viver o momento.
Sim viver o momento,
para minha avó de noventa anos,
está em sua presença
era desfrutar a cada dia
como se fosse o último,
e perceber seu cuidado
para com os filhos,
os netos e com os animais,
o carinho que tinha, por
eles, por alimentar pintos, frangos,
ou acariciar a cabeça do gato,
o espantar as galinhas esganadas,
ou simplesmente mirar
um cajú no cajueiro
longe no outro lado da estrada,
para admiração de minha mãe
que não enxergava a distância,
na conversa, no cuidado com o corpo,
no saborear um pão,
um café.
Sim o cuidado com a saúde
era sempre uma preocupação,
mas preguiçosa,
e batia na barriga,
e conversava e falava,
e assim a tarde desfiava lentamente,
quando percebíamos
já era quase noite,
e assim desfrutava
a presença de minha avó,
que se preocupava em escrever
algo num papel,
em ver a missa,
acho que ela tinha muito medo
de morrer,
mas a vida
no indivíduo não é eterna,
a vida nunca se acaba,
pois os filhos geram filhos,
e assim caminha
as pessoas,
e assim contando uma historinha aqui,
outra ali, imortalizo minha avó,
estará sempre presente
em minha mente,
marcas que despertarão
em minha lembrança
a sensação se sua presença,
o carinho que dei e ganhei,
beijos sem estalo,
o afago que fazia,
adorava cheirar seus cabelos
brancos e viver
desfrutar de sua presença
singela,
as tardes em paz
me faz lembrar
a minha querida
avó.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Monte Verde

Hoje tive um dia excelente. Acordei cedo como sempre e fui para a universidade. Cheguei no horário e na entrada encontrei o João técnico do laboratório nos cumprimentamos, em seguida ele me convidou para ir para Monte Verde em Minas fazer uma coleta de material botânico para as aulas da disciplinas BT380 da disciplina de criptógamas. Estavam presentes como equipe os professores Jorge Shephed, André Olmes, Ana Tozzi e Maria do Carmo, as pósdoutorandas Ana Paula Fortuna e Jacira Rabelo, os doutorandos eu Rubens Queiroz e Tânia Moura, o técnico João Galvão e os graduandos Pedro e Tamara Pan. Essa viagem geralmente é realizada todos os semestres em que é aplicada a disciplina de Criptógamas. O Arrumamos todas coisas e esperamos a hora da partida que fui às 8:30 horas. Fomos então todos empolgados para o campo. Passamos na casa do professor Shephed para que ele fosse conosco. Passamos numa venda da esquina mais próxima da casa dele para comprar pilhas, então aproveitei para comprar uma lupa de mão. Logo em seguida pegamos a rodovia Dom Pedro até Atibaia e de lá tomamos a Fermão Dias, passando por Bragança e Extrema no estado de São Paulo, já chegando em Minas paramos para tomar um café e ir ao banheiro num destes restaurantes de estrada, que não é daquelas grandes redes, mas sim um lugar com o ambiente é muito agradável, à moda mineira, bem estilizado, com produtos mineiros doce, queijos, cachaças, louça de barro e comidas mineira. Um lugar lindo que fica em frente a serra do Lupo. Seguindo a viagem passamos na cidade de Camanducaia e seguimos para Monte Verde. Após sair de Camanducaia entramos na estrada de Monte Verde que é cheia de curvas e ladeiras com paisagens belíssimas onde podemos ver nas encostas árvores me Macherium hirto planta que me chama atenção pela beleza, podemos ver longe lindas montanhas que as vezes toca nas nuvens ou as nuvens tocam nelas? Enfim, antes de chegarmos na cidade de Monte Verde paramos próximos aos barrancos para fazemos nossas coletas, lugar que pude observar ser reflorestado para a extração de madeira. As plantas usadas no reflorestamento eram Pinus e Eucaliptus. Então começamos o reconhecimento da área, seguido de observações das plantas, em seu ambiente natural, explicação de como reconhecer os grupos e finalmente coletas, tudo num clima muito amistoso, cheio de graças e piadas de biólogos, os professores tem muitas histórias e extremo senso se humor, e assim foram acontecendo as coisas num bom estado de espírito que reinou durante todo a viagem. Uma das coisas mais agradáveis que acho é o clima frio da área, adoro clima ameno. Enfim no primeiro barranco coletamos briófitas: musgos Polytricia e Polytricadelphus , hepáticas talosas Synphyogyna e folhosas Isotachis e Antoceros (planta pizza); pteridóficas heterosporadas Selaginella, em estágio reprodutivo, e homosporadas Hupersia e Licopodiella. No segundo barrando coletamos musgos Plagiothecium, Hypopterigium, Ptychomitrium e uma Porriaceae, além de um Protogonatum; pteridófitas Gleichenia. Enfim partimos para o último ponto para coletar uma hepática talosa Marchantia, contudo além da que fomos buscar, acabamos vendo e por fim coletando, um musgo Schlotheimia, hepáticas folhosas Frunlaria e Lejeunea, uma hepática talosa diferente a Metzgeria.
Essa viagem pode ser útil, pois além de aprender sobre Criptogamas, briófitas, pteridófitas e gimnospermas, pude registrar as paisgens através de fotografia, bem como ver plantas do grupo das angiospermas principalmente aquelas que trabalho e portanto tenho mais atenção a família Leguminosae as quais puder ver Collaea, Desmodium affinis, D. uncinatum e Macroptilium; vi também outras famílias Melastomataceae Tibouchina, Sapindaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae dentre muitas outras. No fim da viagem conhecemos o restaurante do Paulo das Trutas que para nossa tristeza estava fechado, então tivemos que nos contentar em tomar uma sopa deliciosa sopa no Restaurante Dom Luiz, onde ao invés de almoçar, jantamos. Tudo regado de muitos papos deliciosos, um ambiente aconchegante. Quando saímos do restaurante um residente local muito simpático veio nos cumprimentar, um cão adorável que se deu muito bem com a Tamara. Em Camanducaia presenciamos uma prossisão da semana de Páscoa, por fim nossa viagem acabou muito tarde, chegamos no campos as 9:40. Foi uma experiência maravilhosa.
Adoro fazer essa viagem por todas as coisas que podemos aprender, registrar e vivenciar. Ir a campo é sempre uma atividade muito rica.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Monteiro 129 anos

Não tive a oportunidade de ler a obra de Monteiro Loubato na infância, não tinha tevê em minha casa quando passou o sitio do pica-pau amarelo durante a primeira versão. É uma pena! acho que teria tido uma infância muito mais rica em imaginação. A todos que tiveram a oportunidade e souberam aproveitar saúdo com carinho. Como eu muitas milhares de pessoas da mesma idade que eu não conheceram, muitas pessoas estava embrenhada neste Brasil enorme e tão rico em estórias. Monteiro Loubato voce alimentou milhões de mentes de crianças de imaginações, viagens dentre muitas outras coisas quem nem vou elencar. Seu sonho de divulgar, sua consciência do conhecimento dentre muitas outras qualidades o tornaram imortal. Foste semelhante a um iluminista francês, nosso iluminista brasileiro quem dera tivéssemos mais homens com sua mente, quem dera tivéssemos mais genialidade. Do lugar de onde venho, do tempo em que venho, tuas estórias teriam agregado mais as pessoas, transformado mais. Fico muito feliz de saber da tua existência, de saber a existência de tua obra genial, da importância que foi e que ainda é. Todos adoram o circo do pica-pau na minha parva ignorância é o que tenho conhecimento mais claro, e não é nem de leitura e sim através da televisão. Jovens leiam viagem nas ideias dele, o mundo não é o mesmo, a lógica também não, tudo mudou, mas a capacidade de pensar, de imaginar, a capacidade humana é a mesma. Pare leia um pouco, caso se encante, em algum conto, talvez encontre algo para preencher o que lhes falta, talvez desperte em ti algo que buscava. Boa leitura.

Amor

Meu amor,
minha flor,
como você me faz feliz,
a tua presença é como a luz do sol,
me enche de vida, de vigor,
e passo a ver todo o mundo
com mais cor, com mais brilho,
vejo as formas e apreendo mais que sou capaz.

Meu amor,
minha flor,
Como você diz a vida está por um triz,
tão rápido ela se passa, se vence,
parece que foi ontem que a conheci,
e foi tão bom te conhecer,
e foi tão bom ver o teu riso,
pensei é disso que eu preciso,
preciso desse brilho, desse olhar,
preciso mais ter sede de viver,
confesso que encontrei em você,
tanta coisa, que nem sei expressar,
parece que li sua áurea, sua alma,
uma certa calma essencial para
o aprender, para o conhecer,
e com o tempo fomos dialogando,
e com o tempo passamos
a nos comunicar por gestos,
passamos a ter nossa linguagem própria,
e com o tempo
percebemos
que não era necessário falar,
simplesmente está presente,
e aprendi tanta coisa,
e me conheci de diversos jeitos
que sozinho seria incapaz,
e te mostrei tanta coisa, que já
nem me lembro mais,
descobri que com você
estou em constante aprender,
e assim de mãos dadas
seguimos no mesmo caminho.

Lua cheia

Saia na rua! hoje saia na rua, é segunda e daí,
se estamos em abril e daí,
se estamos no dia 18 e daí,
Eu imploro saia na rua.
Por que? Saia na rua ou nem
precisa se tem uma janela,
então vá até ela
e veja, veja de lá,
ela a mais bela e romântica,
isso mesmo veja a errante,
que viaja pelo espaço,
que renova a cada mês,
que encanta e espanta as marés,
a ela muitos atribuíam
a loucura, outros usavam
sua luz para afagar, bem
deixa pra lá, porque é muito bom
está em sua presença,
mas de quem?
Dela da lua!
Isso mesmo
democrática sua beleza
pode olhar sem parar,
ela está em todo lugar,
na favela, na periferia,
no centro, na zona norte,
na zona sul, sim
olhe para a lua,
contemple-a,
ame-a,
pois a lua bela desse jeito
só uma vez por mês,
quando não chove,
quando não está nublado,
aproveite o calor
e saia pra rua,
leve um violão,
ou simplesmente regue
seu jardim e sinta o aroma
fresco da água,
e o brilho puro
da lua.
Vamos saia e veja a lua.
ela está cheia,
está toda prateada,
serena a lua

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Quando morava em Serrinha do Canto e ainda era pequeno. Eu organizei aquele mundo à maneira como percebia, uma visão infantil, amoral. Por isso acho que devo contar como eu percebia o mundo e essa assim que as pessoas passavam, não culpemos as pessoas que assim se comportavam, estas pessoas que não tinha como se instruir. Tudo lá era muito improvisado as coisas aconteciam muito naturalmente. Não tinham como dar uma outra cara, um enfeite nos fatos as coisas eram muito nua e crua. Bem ai vai espero que leia até o fim porque essas memórias estão em tempo de pular de minha mente com certeza chocarão a vocês.
Então vamos lá. Quando era pequeno entendia o mundo assim as pessoas ou normais ou anormais. Quem eram as pessoas anormais? seria com certas limitações físicas, aquelas que viam o mundo a sua maneira, percebiam um mundo sem cor, sem cheiro, sem som e sem belezas. Aprenderam com o tempo a ver a vida calma de um dalai. Passavam todo o seu tempo sentados. Eram dependentes e eram vistas com um olhar de piedade. De certa forma esse olhar e de tratar passou para essas pessoas um mundo cheio de tristeza, desesperança. O que foi na verdade é uma pena, pois por faltar instrução ou de imaginação essas pessoas foram condenadas a imobilidade a tristeza. Mas por que ninguém mostrou para essas pessoas a beleza das cores, a beleza do movimento do vento suave a balançar os galhos das árvores, porque as pessoas não ensinaram-nas a ler, e a ver o mundo através das palavras? Por que?
Numa casa vizinha a nossa, tinha uma dessas pessoas a qual teve uma infância quase perfeita para os meus padrões, na verdade ela estava viva, por que a infância não foi perfeita? Aconteceu que uma paralisia infantil que a paralisou em uma cadeira. Essa menina era normal no início, mas se tornou muito triste. Bem no começo quando minhas irmãs e as meninas dali ainda eram crianças. Todas iam lá e o mundo era muito colorido e belo para ela. E as coisas melhoraram muito quando seus pais compraram uma televisão sua casa era cheia de gente e ela era a unica pessoa que tinha aquele objeto, todos ali eram muito amigas. Bem o tempo passou e as pessoas foram tornando-se adulto. E o fato é que com o passar do tempo. Houve uma diáspora, e suas amigas inclusive minhas irmãs foram para escola e ela ficou presa a cadeira. Novos mundo surgiram para aquelas meninas e o mundo dela da menina da cadeira de rodas era o mesmo. Ficou só tendo a atenção apenas de sua mãe e seu pai, então ela perdeu o gosto pela televisão, pelas novelas, pelo rádio. Sim pelo rádio pois antes todos ouviam o que ela falava, é ela ouvia o rádio e contava a notícia para sua mãe e sua mãe contava para as pessoas. Com o tempo só adultos iam a casa dela e a vida acabou por ser um peso. Além da menina havia também outros dois meninos na mesma situação. Mas esses eram mais extrovertidos. Sim eram, pois seus pais saiam de casa para ir a igreja nos fins de semana. Imagino que eles ficavam muito felizes quando chegava o sábado ou o domingo para irem para a igreja ouvir os hinos e as pessoas. Realmente eram eles eram especiais, pensava com minha mente de criança, pois só eles tinha uma cadeira com três rodas, não precisavam botar água, nem trabalhar. No entanto o tempo passa e como aves quando criam asas e voam para longe, as pessoas tornaram-se adultos e foram embora e os pais daquelas pessoas envelheceram, então com o passar do tempo eles acabaram ficando pelos cantos, na igreja as crianças brincavam com as cadeira dele, crianças que deve educar são seus pais, mas se eles mesmos não são educados, então as crianças importunavam eles. Então penso que sentiam? afinal tornaram-se adultos. Olhando para eles pode-se perceber uma tristeza no olhar, no se expressar no ser. O que sentiam então pergunto novamente, por que não os ensinaram a olhar com o brilho para vida? Não sei. Vivendo em meu mundo egocêntrico não sei. Eu infelizmente sentia pena. Que coisa mais mesquinha. E essas pessoas continuam a viver, ou melhor sobreviver. Outra pessoa excêntrica era um homem chamado Zé Vieira que taxado de doido ou louco como chamavam-no. Era assim que todos o viam, todos o desprezavam olhavam com olhar de desprezo, davam uma xícara de café em troca dele ir embora. No entanto ele não ligava, vivia como bem lhe convinha. Acho que ele cultuava o fogo, pois adorava tocar fogo nas coisas, será que ele não fazia isso para não se sentir só. As vezes vagava nas estradas durante a noite. Cantava algumas músicas, as vezes fazia atos imorais, e todos ali o repreendiam, afinal como se sentia esse ser. Não bebia e era muito excêntrico. É com muita dor que reescrevo isso nem deveria escrever, mas são fatos eles existem, não adianta esconder o lixo sobre o tapete e mesmo com a televisão, telefone e internet com uma gama de informações, infelizmente ainda é assim que muitas pessoas categorizam as pessoas lá. Muita coisa mudou, mas alguns pensamentos continuam intactos.
As pessoas normais eram aquelas que eram sãs fisicamente as pessoas com direito a ter um futuro a poder realizar um sonho, com habilidades de se manter com o próprio trabalho. Como eram bárbaras essas duas categorias. Pois essas pessoas são assistidas financeiramente pelo governo e tem muitos direitos, inclusive direito a vida. Aqui longe, pessoas com as mesmas impossibilidades trabalham, tem filhos e dentro do seu universo levam uma vida normal. Inclusive na atualidade um dos maiores físicos do planeta Stephen Hawking que é tetaplégico ocupa a cadeira de Isaac Newton na inglaterra. E o que ele tem de diferente? A maneira como foi apresentada o mundo. É com pesar que apresento essa minha ignorante forma de ver o mundo, mas ela existiu, e muitas pessoas ainda replicam esse pensamento. O tempo passou e estamos velhos e essas pessoas continuam vivas, mas com aquele olhar. O que poderia fazer por essas pessoas? Se o fosso que me separa é tão grande, fosso da distância e do tempo. Mas vou pensar com carinho de uma forma de como poder ajudar essas pessoas.

domingo, 17 de abril de 2011

São Paulo

Metrópole São Paulo,
me emocionei quando te vi,
e chegar a ti durou três
dias, foi uma longa viagem,
mas enfim cheguei a ti,
lembro quando cheguei,
que meu irmão e meu primo
me esperavam na
rodoviária Portuguesa Tieté,
lembro que me recebeu
de braços abertos,
cada espaço,
logo ao chegar
conheci o metro,
que legal, que barulho,
então descemos no Jabaqueara,
e pegamos um
ônibus para o São José,
mas meu coração
ainda pertencia a Natal,
mas minha vista
e meu ser deslumbrava
a ti, oh grande cidade,
e fomos embora,
chegamos ao São José,
acho que Natal era mais
bela, mas não era São Paulo,
Depois fui para a o Castro Alves,
e passei aquele Natal e ano novo
em ti, quando retornei para
Natal, levei os seus
espaços em minha mente,
visitei lindos lugares,
O solo sagrado,
A USP,
conheci sua periferia,
sua margem,
mas mesmo assim me encantei por ti,
fui, mas sabia que ia voltar,
não sei como,
mas assim o fiz
e em ti São Paulo deslumbrei
de uma diversidade,
uma riqueza,
confesso que nunca tinha
entrado em contato com tanta
gente, nem com a poluição.
Então quando chegava a noite
como estranhava o sol no céu
as sete horas,
e o frio que caia do nada,
e as feiras tão professadas
por meus primos,
meu pai.
Então vim embora,
mas o modelo de cidade
que tinha em minha mente
era outro,
na minha antiga cidade tinha praia,
tinha sol,
tinha mar,
tinha luz,
tinha restinga, tinha dunas,
e lá todos falavam o meu sotaque,
eu era rei,
lá não tinha cães na rua,
não tinha cloaca,
não tinha rios poluídos,
não tinha emprego,
tinha muita gente amiga,
tinha minha gente,
mas sem demagogia
aqui tem tanta coisa,
vamos ver só as coisas belas,
tem casas simples
mas humildes e belas casas,
as pessoas cultivam
esperança nas flores,
nas cores,
as pessoas são meio aperreadas
por não perder o emprego,
mas tem tanta coisa boa aqui,
que desde o dia que entrei
na Portuguesa Tiete,
sabia que iria voltar sempre.

São Paulo Ida

Lembro o dia que sai de casa para vir para cá, numa manhã de domingo de 18 de dezembro de 2005 era belo dia ensolarado, e São Paulo disputava o campeonato mundial. Elton de Joca foi me deixar em Umarizal para pegar o São Geraldo chegamos lá as 10h e antes de viajar soube que São Paulo foi Campeão mundial. Ali minha viagem começou então viemos rasgando terra nordeste a baixo, papai quem sabe todo o itinerário. Almoçamos em Uirauna, já na Paraíba, no final da tarde estávamos em Petrolina. Jantamos em Juazeiro onde tomei um banho e seguimos descendo, quando foi na madrugada passamos quase uma hora em Feira de Santana esperando os ônibus sairem. Ainda na Bahia almoçamos em Vitória da Conquista e lá pro fim da tarde entramos em Minas Gerais. Onde passamos um dia viajando. O ônibus quebrou em Teófilo Antoni então trocamos de ônibus. Na manhã seguinte chegamos a Belo Horizonte e paramos no ponto de apoio da Gontigo, fazia frio, achei muito bonito aquele verde vidrento, de alguns pinheiros, foi lá que comi o primeiro pão de queijo, achei barato, pois parece que todos os donos de quiosques enfiam a faca é tudo tão caro, tem muita gente que traz galinha na farofa, como umas senhoras de Pau dos Ferros só via elas comendo, mas enfim pedi um leite, pois não tomo café e um pão de queijo, achei o máximo. Quando saímos da parada para pegar a Fermão Dias pude ver o primeiro acidente de trânsito. E quando foi no terceiro dia chegamos a São Paulo. Bem tem pessoas viajaram comigo. Ia uma família de um homem que era motorista em São Paulo. Um menino que vinha visitar a mãe; um rapaz que tinha arrumado um emprego numa padaria e vinha pela primeira vez. Puxa mas parecíamos bois que viajam sem saber para onde. No primeiro dia quase não conseguia dormir, mas no dia seguinte quando queria dormir bastava fechar os olhos. Eu ia escaneado cada paisagem que via. Então depois de 58 horas de ônibus cheguei em São Paulo. Chegamos em casa já a noite, naquela noite dormi muito cansado, mas muito feliz.

Brisa da tarde

Suave a brisa sopra
e mexe com as folhas
das árvores e soa
entoa seu canto,
no meio da tarde,
o calor forte arde,
e a brisa que passa,
soa como cantiga
de ninar, de barrigas
cheias na tarde de
domingo
depois de um lauto
almoço, um doce
e gelado sorvete,
uma cocacola,
as pessoas fagueiras
deitam seus corpos
e não pensam mais
em nada e ao som
da brisa, do chiado
as folhas, do quase
som da luz do sol
dormem e esquecem
de seus problemas,
de suas vidas,
simplesmente
pegam carona
com o som da brisa
e dormem
até voltar a tarde,
até o faustão
começar a berrar
como bode,
ou melhor,
a badalar como
chocalho.

sábado, 16 de abril de 2011

Callicarpa


Hoje conheci uma Callicarpa revesii que é muito atraente por suas flores lilases, é mesmo linda.

Uma planta da família Lamiaceae

Kallys = greg. belo Carpo= greg. fruto


Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh