Esta semana, duas situações ou lugares me fizeram lembrar do meu primo e amigo Mazildo.
Primeiro foi o lugar e o dia, estava no shopping mangabeira e era sexta-feira. Sempre neste lugar e neste dia enviava fotos do ambiente. Meu primo era tímido, tinha uma doença que nunca descobriu a causa. Meu primo vivia em casa. Quando pequenos a gente se divertia andando nos matos caçando, mas nem matava nada a gente gostava de ver o mundo silvestre. A gente foi crescendo e suas limitações físicas praticamente o impediram de anda. Seu deslocamento se limitava ao espaço interno da casa. Meu amigo, saia de casa para cortar o cabelo ou votar. Sua vida era acordar, tomar o café, limpar as gaiolas e ouvir rádio e ver televisão e por último usar o celular. Estava engordando demais e se cansava dentro de casa mesmo. Nunca reclamava. No dia mesmo que faleceu nos trocamos mensagens.
A segunda vez foi no sábado, estava no parque Arruda Câmara, lá encontrei seu Eduardo que cuida dos animais no parque. Estavamos conversando e eu prestava atenção no som das jandaias foi quando ouvi o periquito da caatinga, grasnou umas três vezes, daí, o bicho veio e pousou ao nosso lado. Aí lembrei e comentei que meu primo tinha um periquito que ele cuidava tão bem. Acordava o loro a noite, tirava o bicho do guarda roupa e dava comida para o bichinho.
E hoje na praia vendo as Maracanã voarem me lembrei novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário