O peixe no sertão é uma fonte de proteína,
Aos pequenos pescadores uma fonte econômica.
Com sua vida simples de diaplanta batata na vazante.
A noite sai cedo para pescar.
Sua pescaria usa rede de linha ou uma varinha de anzol.
Sua alma se satisfaz com um boro de tabaco
E uma xícara lavrada de café.
Passa segunda-feira... Sexta-feira
E no sábado feira lava a cara e as alpercatas,
Então sai para a cidade de bicicleta barra circular ou num jegue ocre-cinzento ou preto.
Vai só matutando como venderá suas patinhas com peixe tratado, seco e salgado.
Sua mente dialoga com a freguesa.
Caro!? Tá nada. A pesca tá difícil.
É muita gente no ramo minha dona.
Então perto do terreiro dá um grito envergonhado.
Oi o peixe!
E a resposta que recebe é tá de quanto.
Cada um querendo barganhar.
Então sai uma palha, duas e todas as palhas.
Aí como o vício sustenta alguns homens.
Fuma um boró e toma uma cana.
Cana boa que queima na entrada
Depois fica adocicada.
Com o dinheiro curto compra o que precisa para alimentar a alma.
Café, tabaco, sal, querosene, torcinho, arroz açúcar, rapadura e farinha.
Pega de volta o sol a pino.
E a semana começa outra vez.
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