À tarde cai,
Toda tarde a tarde cai,
Todo dia tem uma tarde,
Em sua totalidade a tarde pode está chovendo, nublada ou ensolarada.
À tarde sempre tem a sua história,
Os lugares contam as histórias da tarde,
Nos hospitais, nas UTIs, nas calçadas,
No sertão...
Aqui neste quarto...
As sensações, as percepções são minhas,
Todavia as tardes são universais.
Por isso ocupo meu tempo com palavras,
Com textos, com aulas ou com memória.
Recentemente esta parede está me dando companhia,
Uma linda pintura representa minha casa em 2010,
Nela papai está sentado na cadeira de balanço,
Peito a vista, perna cruzada, de havaiana azul,
Tendo no colo a cabeça de tuninha uma cachorra vermelha,
Céu azul,
As vincas floridas com flores alvas,
A algaroba faz sombra,
Só que na representação é a manhã que cai.
A tarde se vai,
Na calçada da fama
Pode se observar o céu azul,
O quintal de palmatoreas,
Pé de caju,
Pé de pinheira,
Pé de catolé.
Chega lá pra ver.
Vou voltar ao trabalho aqui.
Os bem-ti-vis cantam ali nas castanholas
E Vinícius recém chegado aqui dorme um sono de paz e plenitude.
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