Fim da noite, estava escovando os dentes já tinha apagado a luz do quarto, só estava acesa a luz da escrivaninha. Quando ouvi o som do vôo de um grande escaravelho. Voava em espiral naquele cenário semi-escuro e amplo do quarto. Indaguei-me de onde veio aquele inseto enorme se a janela e a porta estavam serradas. Acendi a luz, então ele pousou desengonçado sobre minha escrivaninha. Peguei dois papéis e consegui colocá-lo sobre estes. Marcelinho que já estava deitado levantou, pedi pra ele abrir a janela pra libertar aquele ser, mas ele gritou que queria tirar uma foto. Bem mas o inseto mais pareceu uma modelo pousando para playboy com tantos fleshes disparados pelo Marcelo, aproveitei para tirar umas também. Fiquei surpreso pois percebi que o escaravelho ficou ali estático, talvez fingia está morto ou parecia ipnotisado ou me encarava fixamente. Estático, enquanto era fotografado. Aquele inseto que foge as leis da física teima e consegue voar. Aquela carapaça negra, brilhante, por vezes furtava a cor, difratando a luz. Suas patas fortes. Belíssimo. Falei será presságio? Não! Os indianos acreditam que podemos reencarnar em formas de vida inferiores. Seria alguém que já conheci? Bem o Marcelinho fez um book daquele ser que ganhou destaque. Antes de dormir li um pouco e fui dormir com a ideia da presença do inseto em meu quarto. Que veio ele me dizer? Muitas vezes teimamos em crer nas ideias que ouvimos na infância, o obscuro.
Noite do Escaravelho.
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