Vejo no alto da serra as árvores rebanando,
Indo e vindo.
Esta paisagem que parece morta,
Mas que é viva,
Viva tanto em minha mente
Quanto na realidade.
A casa de vovó,
Vovó sentado na frente de casa,
Vovô na cozinha com mamãe,
O fogo de lenha aceso,
Aquela realidade que não entendia,
Essa realidade dura e sem enfeite, sem planta,
Me amedrontava,
Desse mundo por mim desconhecido.
Esse mundo que é o que é,
Foi e continua em transformação...
O Cheiro doce das flores mimosas,
O rosa dos paudarcos,
A baixa de cana,
A poeira vermelha...
Esse mundo real que continua ai.
O tempo que tudo imbrica e esconde...
Desconhecido, Desconhecendo.
E a vida que tudo transforma.
Realidades que se pintam,
E tomam forma
E que desaparecem.
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