Agora é tempo...
Quase meia noite é
Desperto deitado,
Ouço o som
Que vem lá de fora,
Fora é espaço,
A chuva que chora...
A chuva chorando,
Num átino,
Vejo o que não mais existe
Memórias o são essas coisas,
Sei que estou triste
Sinto é tristeza...
Tristeza é reflexo de memória?
A tristeza tem a mesma matéria da memória?
Então penso e escrevo meu pensamento,
Materializando assim tanto a memória
Quanto a tristeza que existe,
Se é que existe...
Só sei porque me disseram,
Você está triste,
Então esse sentimento
Ganhou uma palavra na língua portuguesa.
Se fosse inglesa seria Sad
Ou ainda BLUE...
Esse sentimento existe na natureza?
Duvido que exista fora de mim
Fora de ti!?
Então o que existe fora de mim
Precisa ter substância?
Qual é a substância da memória?
E a substância da tristeza?
A tristeza pode ser controlada
Via medicamentosa
Regulando bem os hormônios,
Endorfina...
A contemporaneidade e a ciência
Juntas numa só mataram a melancolia,
Enterrando as trevas,
Superando os ciclos de Danti.
Parou de chover,
Tudo é silêncio
Mas ouço um som
Um som não é só memória,
A prosa me fez esquecer a tristeza
Ou acabei de ficar triste
Não contente...
Ouço um ruído
Parece som de mangangá
Zuummmm
Zummmmm zeeeeeeee.
Aquela abelha gorda
Sobre a flor papilionácea
Flor violeta da mucuna
Do olho de boi,
Até na sobra da ignorância
Me encantava a natureza das plantas,
Em suas flores, frutos e sementes.
Espere perdi o foco
Ganhei o sono,
Uns versos
Melhor não adiar
Em casa com criança
Sono é artigo de luxo...
Parou de chover.
Chega me calei.
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