quarta-feira, 25 de maio de 2022

Crescimento matinal

 A manhã vai crescendo.

Primeiro foi a harmoniosa sinfonia da chuva.

Segundo o silêncio,

Terceiro e último a sinfonia dos pássaros.

São duas espécies que estão musicando.

Uma é a patativa e duas é o sanhaçu.

Cantam seus cantos de diferentes ritmos e frequência,

Porém complementares.

Pena que não tenho a arte de um praticante de ioga que consegue ouvir o pulsar das artérias,

Pela janela aberta entra a brisa silenciosa,

E mosquitos que só percebi pela visão.

Sou quase todo mente.

Absorvido em meus pensamentos.

Que muito mais me perturbam que me acalmam.

Ou serão minhas memórias...

A mente da gente é um verdadeiro caos.

O mundo externo nos permite conhecer,

Todavia nossa mente, assim como nosso espírito é por demais desconhecido,

Ou difícil de se organizar, classificar... conhecer.

Olho através da janela transparente de vidro,

Vejo as colunas do prédio,

A coluna formada pelo tronco das árvores.

Que interessante, natureza viva e inanimada.

Busco encontrar algo nessa observação.

Nada que vejo me agrada ou da inicio a um pensamento.

Geometria talvez.

O som me impressiona, mas não.

Ouço o gotejar, os pingos se precipitando sobre o chão, talvez sobre um sólido.

Nada... nada.

A brisa acelera a queda dos pingos.

A hora perturba minhas ideias.

Sigo adiante,

Enquanto a manhã cresce.

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