terça-feira, 7 de outubro de 2025

A areira

 No cinza da catinga fechada,

Espinhos, garranchos a vista barrar.

Imperiosa a aroeira imersa ali está,


Seu tronco forte a sustentar,

Seus numerosos ramos ao céu apontar,


O termo e luminoso setembro,

Suas folhas lhes fez deixar,


Nua, de ramos cinzas inflorescências faz brotar,

Flores diminutas, a convidar, os bichos dela se alimentar...


Meliponias, aqui e aculá,

Na galha de lá um arapuá a morar.


Do alto vem bichos o mundo contemplar,


Venho sabiá, papa-arroz, sanhaçu...

Difícil não encontrar nessa magestosa árvore,


O calado carcará...


Agora, que amai contemplar,

Guardei no coração,


Essa imagem linda de contemplar...


Nestes versinhos...

As aroeiras vou eternizar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mudando

 Com um misto de angústia penso. Saudades daquilo que passou de bom. Aquilo que me fez, meus avós e meus pais e nossa relação com o mundo. V...

Gogh

Gogh