A manhã crescia no sertão. O vento soprava frio tingindo a vegetação de cinza.
Ouvi o canto do acauã.
O cheiro da cinza da mata queimada,
O chão queimado...
Na beira da mata varando o céu os galhos abertos ao céu...
Do alto de um galho cantava a acauã. Seu canto continuo e intermitente ia e era respondido da mata...
Parei e fiquei contemplando e me vieram memórias do Boqueirão, do meu pai. E enquanto vivia aquele momento rítmico.
Acauã acauã acauã.
O céu tão azul
A mata tão cinzenta.
Eu mergulhado em meu ser,
No mundo,
No tudo e no nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário