sexta-feira, 6 de agosto de 2021

4. Tempo

 O tempo não para já cantava Cazuza.

O tempo é matéria permanente de minhas reflexões.

O tempo tem me ensinado intermitentemente.

Cada vez mais tenha a certeza da unicidade das coisas,

Da peculiaridade das coisas,

Tudo é muito impar.

Quando aprenderemos sobre isso?

Só com a dor...

A paciência pode nos facilitar muita coisa.

Atenção aos momentos que são particularidades, singularidades do tempo.

O tempo que cremos ser nosso,

Mas não é de ninguém.

As vezes nem percebemos, mas somos mumrá em nossos sarcófagos corpóreos...

Vivendo na mediocridade que aprendemos a ser.

Esperando que um mal se acabe.

Esperando que uma dor cure...

Esperamos mais pelo amanhã.

Valorizamos mais o amanhã que o hoje, o agora...

Esperamos o perfeito, porém amanhã pode ser tarde demais.

Tempo...

Espero ser feliz nos meus momentos...

Assim como fui a cada momento que aproveitei com quem amei e amo.

Espero ter tempo de ler o que amo, tanta coisa... De Platão a Borges.

Ouvir e apreciar músicas Mozart.

Aprender mais sobre cores com Gogh.

Ensinar a melhor maneira de ver e viver o tempo ao meu filho,

Mas cada um tem sua percepção.

Espero está ao lado dele como papai este ao meu.

O tempo me ensinou muita coisa.

Que tudo é passageiro,

Tem tempo de nascer,

Tempo de crescer,

E tempo de morrer... Vi isso em algum salmo.

É isso.

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Gogh

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