Quando caia a chuva
A terra seca toda água bebia,
Alegre papai sorria,
E se tinha relâmpago e trovão,
Mudava logo a expressão,
Se sentava numa cadeira
E dali não saia mais não,
Mamãe gritava véi frouxo,
Mas ele nem aí estava,
Apenas ouvia a chuva chover,
E a gente molhado do banho de chuva,
Se secava e ria do medo de papai do trovão
E quando a chuva passava,
Em seus lábios se percebia,
A reza da ave Maria,
Gesto de gratidão,
Papai como a asa branca,
Se ia,
Mas nunca deixou o sertão,
Mas sempre se apavorava com trovão.
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