A chuva resolveu chegar,
Os nimbustratos anunciaram,
O céu se ocultou,
A brisa fria soprou quando a chuva caiu.
A água foi se se espalhando e aos poucos escorrendo,
Descendo, descendo...
Na salha olhando através da janela a chuva é tão maravilhosa
Que faz a gente pensar.
Como é bom pensar ouvindo a chuva e tomando um chá.
São oportunidades impares.
São maravilhosas.
Lembro sempre de quando menino lá em Serrinha do Canto quando à tarde antes da chuva chegar ela anunciava pegue os pintinhos e coloque na casa velha. Era minha grande preocupação. Os pintinhos inocentes. A chuva só podia chover quando a gente tivesse guardado a galinha de pinto.
Depois caiam grandes pingos, pingos médios e a chuva pegava.
A gente pulava e ia tomar banho. Banho de chuva... Depois que enchiam as latas a gente podia tomar banho de bica. Se começasse a relampejar e trovejar... Mamãe nos protegia gritando para entrar. Então a gente entrava se enxugava e ia ver e ouvir a chuva chovendo.
No fogão de lenha uma penela de xerém cozinhava.
Papai sentado descansava as pernas sobre outro tamborete. Já tinha muito medo de chuva.
E quando a valeta arrebentava lá ia ele concertar para que o terreiro de mamãe não ficasse só lama.
E quando a chuva parava a gente se aquetava e ia comer o xerém com leite ou com torresmo.
E a noite caia e a gente era as pessoas mais felizes e protegidas do mundo.
E mamãe nos embalava e depois rezava.
E aprendi a ver a beleza da chuva na fé de mamãe e papai e na certeza que chuva é sinônimo de fartura.
Os nimbustratos anunciaram,
O céu se ocultou,
A brisa fria soprou quando a chuva caiu.
A água foi se se espalhando e aos poucos escorrendo,
Descendo, descendo...
Na salha olhando através da janela a chuva é tão maravilhosa
Que faz a gente pensar.
Como é bom pensar ouvindo a chuva e tomando um chá.
São oportunidades impares.
São maravilhosas.
Lembro sempre de quando menino lá em Serrinha do Canto quando à tarde antes da chuva chegar ela anunciava pegue os pintinhos e coloque na casa velha. Era minha grande preocupação. Os pintinhos inocentes. A chuva só podia chover quando a gente tivesse guardado a galinha de pinto.
Depois caiam grandes pingos, pingos médios e a chuva pegava.
A gente pulava e ia tomar banho. Banho de chuva... Depois que enchiam as latas a gente podia tomar banho de bica. Se começasse a relampejar e trovejar... Mamãe nos protegia gritando para entrar. Então a gente entrava se enxugava e ia ver e ouvir a chuva chovendo.
No fogão de lenha uma penela de xerém cozinhava.
Papai sentado descansava as pernas sobre outro tamborete. Já tinha muito medo de chuva.
E quando a valeta arrebentava lá ia ele concertar para que o terreiro de mamãe não ficasse só lama.
E quando a chuva parava a gente se aquetava e ia comer o xerém com leite ou com torresmo.
E a noite caia e a gente era as pessoas mais felizes e protegidas do mundo.
E mamãe nos embalava e depois rezava.
E aprendi a ver a beleza da chuva na fé de mamãe e papai e na certeza que chuva é sinônimo de fartura.
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