terça-feira, 29 de setembro de 2009

Senilidade

E o homem já não é mais homem,
pois seu corpo, sua matéria se desfaz,
todas as esperanças de crianca não tem mais,
sentado numa cadeira de balanço,
com a bengala,
ele olha pro horizonte,
percorre a sua linda da vida,
e ver todo o tempo passar,
se ver na infância,
se ver na adolescência,
e perde a paciência,
com os gritos das crianças,
seu corpo esclerosa,
marcas do trempo no rosto, na tez seca,
sua caz perdeu melanina,
branco como a neve,
e o homem já não é mais homem.

Não tem com quem conversar,
suas memórias estão cada dia mais apagadas,
fechadas, enclasuradas em si,

seu tempo é outro, sua lógica de vida não condiz,
os jovens não o respeitam mais,

e sentado ele ver no horizonte,
o sol aos poucos desaparecer no horizonte,
nem sente seus olhos cerrarem.

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