Manhã cedinho ao me arrumar para sair para o trabalho. Por acaso ao entrar no quarto de hospedes algo me fez lembrar dos dois últimos anos. Como era grande o nosso apartamento. Eu, a mamãe do Vinícius e o Vinícius. Éramos eu e ela. O Vinícius dormia em sua inconsciência total. Eu me divertia criando universos indo de lá pra cá nos quartos. Cantando, voando, usando malas de carrinho, usando carrinho, mirando pela janela o mundo pandêmico lá fora. As coisas eram tão mais simples e pareciam tão complicadas. Era atenção exclusiva. No silêncio tínhamos apenas os risos de Vinicius. A gente sempre falava com a vovó. A gente ia se virando. Muito felizes com cada momento. Foram surgindo novos movimentos, novos balbucios... vieram as palavras, as ações. Meu Deus... Nunca vivemos a vidão tão intensamente no presente. Tanta coisa vivida. Agora exaustos. Temos um novo membro na cada com vontades, com fala e com ação... Como é grande o nosso amor por esse presente de Deus... Nosso companheiro de viagem, de campo, de mata, de bica, de shops. De vida.
Fiquei emocionado.
Foi bom e é bom.
Te amo Quinquinho.
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