No passado, tinhamos um pequeno sítio.
Ainda temos a propriedade, mas as árvores morreram. Praticamente todos os cajueiros.
Na sombra deles cresciam pinheiras, goiabeiras e araçás.
No inverno as nambus costumavam fazer ninhos.
Ninhos no chão com ovos roxos.
A coisa mais linda.
Sob os panicum trichoides deitavam ovos sobre os ninhos.
Então cantavam todos os fins de tardes.
Nunca vi uma nambu. Sempre que a via era em vôo.
Nambuzinha do meu sertão,
Que saudades tenho no coração,
Da infância, do sítio, de poder te ouvir cantar.
Espero poder voltar e te ouvir cantar
Pelo resto de meus dias.
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