terça-feira, 11 de junho de 2019

Araripe

Enquanto o sol nasce, seguimos cortando estrada e voltando para casa. Após uma longa e cansativa  viagem nada é melhor que voltar para casa.
Na estrada, as paisagem que se apresentam e os lugares onde chegamos são as melhores recompensas que podemos ganhar. Admiramos a diversidade de formas, as composições e formações naturais que nos fazem esquecer a correria cotidiana.
Na paisagem vasta e profunda da caatinga, vemos os serrotes com grandes rochas graníticas, os riachos e vales cobertos de vegetação de ramos intricados que já dá sinal da secura na terra por apresentar suas folhas amarelas. Logo a vegetação estará nua, sem uma folha só com ramos e troncos.
No Cariri paraibano já voam os avoetes que apontam o fim da estação chuvosa. As ervas amarelam seus corpos frágeis e aos poucos uma nova paisagem ressurge no sertão.
Cortamos a Paraíba do litoral ao Cariri e de lá seguimos pelo sertão do Pernambuco até a Chapada do Araripe.
No Sertão do Pernambuco que termina no pé da chapa o sol brilhou como nunca e o calor só passou quando subimos a sotavento a mais de 1000 m de altitude até pareceu que havia um grande ar.
Uma tarde de muita identificação e uma noite de profundo descanso para na manhã seguinte está pronto para conhecer as veredas cearensis.
Ah, que maravilha de lugar repleto de grandes palmeiras de macaúba, babaçu e Buriti. Palmeiras de folhas pinadas e folhas flabeliformes com epiderme cerosa nítida.
Ver a água escorrendo com algas alaranjadas e uma capa-rosa espetacular.
Espécies inúmeras.
Anotado, fotografado, refletido e absorvido.
Assim que foi e tinha que ser.

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