Desde que desenvolvi o
hábito de leitura o livro se tornou meu melhor amigo e companheiro.
Assim, busquei a todo
momento ter ao meu lado aqueles que considerei e considero minhas melhores
conversas.
Não leio tudo
que tenho nas mãos, mas já o fiz. Acho que isto fazia sentido quando não tinha
opções.
Lembro que lia história,
geografia, biologia, mas nunca fui dado ao raciocínio lógico e com isso evitara
exatas e talvez por isso tenha marginalizado a parte mais fascinante das
ciências. Não sei e talvez nunca saberei.
Sei que não tenho uma
explicação, porém me tornei um fascinado leitor de filosofia. Quanto a
literatura acho que a maior parte dos livros são excessivamente longos, acho
que por isso sou encantado com contistas como Borges. Assim, minhas leituras
são muito centradas em filosofia e literatura.
Desde que surgiram as
redes sociais meu tempo foi extremamente consumido nestas “relações” o que é
uma lástima. Há também o fato de gostar muito de filmes e séries. Estas
atividades me distanciam dos livros e desta maneira minhas leituras são tão
poucas.
A metafísica me consome.
Ao longo dos
anos modifiquei muito a maneira de perceber o mundo.
Lembro que
quando morava com meus pais, dedicava-me a maior parte do meu tempo em leituras.
Na verdade, almejava dominar todo aquele saber e aquelas ideias, porém como não
compreendia plenamente o que lia em decorrência de minha ansiedade, de maneira
a nunca consegui expressar o que lia. O que me fez isolado e cada vez mais
calado.
E então, aconteceu de ir
embora de casa. Sinceramente, estava maravilhado, pois finalmente poderia me
dedicar com a finco as minhas leituras. Acontece que quando tive essa liberdade,
enquanto estava na universidade, senti muita falta de casa, das minhas amizades
e foi aí que descobri a solidão. De maneira que todo o meu tempo foi ocupado pelos
estudos de biologia o que poderia ser uma maravilha, mas passou a ser chato,
pois se tornou obrigação, minha maior responsabilidade. Talvez porque passei a
me importar mais com notas que com a compreensão das coisas. A quem posso
culpar? aos professores ou a minha incapacidade de compreender as coisas ou a
minha falta de perspicácia?
Sentia mau por existir
essa sensação de baixo rendimento de conhecimento.
Ajusta-se ao fato de não
ter outras atividades além de estudar. De vez em quando ia ao cinema e sempre
ia a igreja.
Surgiu a botânica em
minha vida.
Minha vida sempre foi tão
entrópica.
Mas sempre fui lendo não
tanto quanto gostaria.
Veio o mestrado e as leituras
se escassearam, até o dia que decidi ler filosofia.
E então li sempre mais.
Quando fui a morar em São
Paulo descobri Nietzsche.
Depois no doutorado em Campinas
desenvolvi o hábito de comprar livros e foi lá que descobri Borges. Bem eu já o
conhecia, mas não tinha me encantado quanto aconteceu quando comprei um livro
na Fenac do Shoping Dom Pedro.
Bem, descobri inúmeros
autores que li sem muito entendimento.
Engraçado que passado
tanto tempo, se vou reler alguns livros é como se nunca tivesse lido aquele autor.
Isso me assusta, porque
eu adoraria ser um escritor, mas parece que não levo jeito.
Assim é como diz uma
amiga.
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