Nas cinzas do sertão,
O flamboyant florido,
Torna o dia encarnado,
Dia todo de aurora,
Dia todo crepuscular,
Encarnadas flores,
Feito o fogo da salsa,
A conversar com Abraão,
Um dia, uma semana de aurora,
Boã, boã,
Da casa de Tereza,
Da casa de Tica,
Da casa de Chica,
Um sonho plantando,
Um sonho cultivado,
Enfeitando a igrejinha de são Francisco,
Enchendo os olhos
Dos amantes das cores,
Dos amantes da vida
Vida verde vegetal.
Boã boã...
Esse mês do ano derradeiro,
Logo se entrega a janeiro,
O calor cáustico,
A vontade de comer doce, o enfado da vida.
Aquele que não se entrega as vontades
Do paladar,
Enche a alma de esperança,
Enche o peito de amor,
Troca um pouco de água por uma flor...
Jardins... Ah jardins em hortas e panelas,
Jardins de cores,
De visitas de beija-flores.
Que felicidade em tua longa aurora diurna.
Em suas casas amarelas, em suas casas confortáveis,
As senhorinhas transmitem sua sabedoria,
Ganhadas de suas avós no cultivo da paciência,
No cultivo de suas flores...
Os pereiros do morcego alvos e perfumados,
Me fizeram parar
E assim parei para contemplar os últimos dias de 2024
Boã, boã
De Tereza, Tica e Chica... No Porção, no Pinhão, no morcego e nas vertentes.
Nessas bandas do oeste potiguar, Martins, Pilões e Serrinha.
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