Uma cigarra cantou lá fora!
Ela despertou em mim memória!
Uma memória gostosa.
As memórias são eternas,
Melhor dizendo atemporais.
Por isso algo de fora desperta algo dentro da gente.
Uma percepção!
Uma conexão!
Deveras muito vivida!
Agora pouco encontrada!
O Sol das onze horas. O calor o Calor...
O almoço pronto.
O grito de mamãe por Chico!
Quando há calor queremos relaxar!
Um banho é muito bom!
Deveras cigarras cantam no calor.
Mas voltando, a cigarra,
Voltando a memória,
Voltando ao ser.
Ouvi o suir... suir ou zuir... zuir...
E estava eu novamente em serrinha!
Seu para sentir o cheiro do caldo do feijão se misturando com a farinha.
Deu para ver o branco do toucinho...
O gosto gostoso do Feijão de corda!
Coisa que papai mais amava.
Ah, cigarra!
Obrigado por existir.
E me fazer vivo.
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