meu rosto pálido de olheiras,
minha pele seca.
Doí a garganta seca,
a cabeça pesa,
o sono que desejo dormir,
aguarda por algo.
Certas noites acordo preocupado,
certos dias me deixam tão insatisfeito
que tenho que driblar a realidade,
e me enveredar pela literatura para
suportar a vida.
Dói a garganta,
e o que fazer para confortar
o desconforto?
Doi minha coluna,
arqueada,
se me movo estalam os ossos.
se fecho os olhos sinto o incomodo
da cabeça que parece oca.
Entre uma frase e outra o desespero humano.
A noite silenciosa e vazia tem a lua como companheira.
ouço Bach,
sinto muito cansaço de tudo,
sinto saudades de casa paterna,
onde podia fugir da vida,
para o mato,
para o campo,
cheirar uma flor,
uma folha macerada.
A vida parecia perfeita,
e os sonhos grandes.
enfim
vou dormir,
quem me compreende mais que eu?
Talvez ninguém,
talvez aprenda com o outro a me conhecer,
quero como uma esponja me encher de vida.
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