segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Parar o tempo

Quem dera parar o tempo,
mesmo que fosse um momento.
Quem  me dera dominar o vento,
controlar seu movimento.
Mas nada disso posso,
sou impotente, não sei pintar
como assim fazia Gogh,
controlava o tempo
e parava o vento.
Parou tudo nos seus quadros,
azuis e amarelos,
são todos tão belos.
Acho que numa poesia
posso parar o tempo,
controlar o vento,
porque sei que o que tenho,
nada me pertence,
onde vou tudo é passageiro,
tenho tudo e não posso nada,
o que levo são risos e pensamentos.

Quem me dera parar o tempo,
mesmo que fosse por um momento.

domingo, 11 de setembro de 2011

Algo no mundo

Pensei algo e pus no mundo.
Algo não muito interessante,
algo que saiu errante,
palavras rimadas, cantadas,
nesse mundo de raimundo.
Mundo em que tudo podemos
encontrar, mas nem sempre expressar,
pensei algo e pus no mundo,
palavras vagas,
um movimento, códigos,
foi como plantar uma semente
em um bom lugar,
alguma coisa há de acontecer,
a alguém pode servir,
o mundo é tão vasto
e as pessoas tão normais,
ou anormais...
Pus algo no mundo que ganhou vida,
sabe lá onde poderá parar.

Liberdade

O céu a azul,
Que linda paisagem das ruas, árvores e jardins tão limpos.
Não é difícil amar a vida,
mas ao mesmo tempo não é difícil sofrer,
com nossas incertezas e medos.
Saber que todos morreremos,
quem mais amamos, quando será?
Mas a vida nos mostra tanta coisa bonita,
uma flor com seu perfume e sua cor,
uma criança, tanta coisa.
Saber que a vida sempre continua,
que independente de nós há tanta
coisa interessante, que é curto o nosso tempo,
mas é nosso tempo e podemos fazer
nossas escolhas que são só nossas.

A tarde de domingo

Hoje, domingo, choveu pela manhã e todo o resto do dia foi agradável. Não fiz nada, além de ver filmes. Vi Alexandria, Macacos no espaço e o Ritual.
Agora olhei pela janela que linda que está a tarde, umida.
O sol se esconde atrás de nuvens azuis.
Pardais cantam pelas ruas,
andorinhas voam pelos céus.
As ruas estão tão calmas.
Brisa alguma sopra agora,
nenhuma planta se move.
Aqui não posso ver bétulas,
rosas perfumadas, ou ericas nas ruas,
como tinha em Londres,
mas tenho muitas palmeiras e ao invés de aviões tenho
aves.
É domingo e pelo que vi,
domingo é sempre igual
aonde quer que vá,
a beleza está dentro de nós,
nas expectativas que pomos sobre as coisas.
Sinto o aroma deixado pela chuva
entrando pela janela,
ouço o canto da cambacica e de muitas aves.
Quero caminhar,
sei que tenho muito o que fazer,
mas agora me sinto bem,
me sinto bem no domingo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Descrever o meu mundo

Às vezes, gosto de explicar o mundo, através das palavras, a minha maneira. Como tudo que faço fica meio torto, troncho ou inacabado, assim ficam os meus textos. Então para embelezar um pouco o minhas descrições sobre o meu mundo, coloco a coisas belas como as flores, o canto das aves, um dia de de sol pu de chuva. Às vezes falo sobre a chuva, pois a chuva sempre foi algo bom para mim, antes do homem morar em barracos ou ribanceiras, chuva sempre foi sinônimo de vida; e o mais difícil de descrever é quando falo sobre mim ou sobre os sentimentos humanos. Sei que não escrevo bem,  mas pelo menos tento traduzir o mundo a minha maneira, pois vejo e sei que a beleza da vida está nas coisas simples e pequenas. Não é fácil materializar o mundo em palavras ou melhor traduzir o mundo, mas como sou meio largado, vou alinhavando os meus textos como quem costura sacos de castanha, com uma agulha grande e com barbante, pelo menos as castanhas não caem do saco. Acho que nunca escreverei como um Borges, um Pessoa, um Drummond, um Bandeira ou um Neruda, mas pelo menos ao tentando traduzir o mundo a minha maneira. Desta forma vou bebendo na filosofia, na literatura, nos jornais e muitos outros canais como entender o mundo, que é para depois tentar traduzir o mundo a minha maneira. Não tive a sorte de ter livros em casa quando criança, mas tive a sorte de ter tido pessoas que contavam histórias, pessoas que conversavam, talvez porque não tinham televisão. Mas aquelas pessoas conversavam, contavam seus causos. O mundo naquela época era muito mais colorido e cheio de sabores e texturas. Só que logo a televisão chegou e passei a ver o mundo no preto e no branco, sem cheiro e sem cor e eu não aprendi a conversar, nem a ouvir e fiquei assim vivendo de aforismos, completando ou concordando com o que os outros pensam e falam. E foi ai que aprendi a ler, e assim lendo, um pouco mais a cada dia que descobri Gandhi, Aluízio Azevedo e meu mundo vou se ampliando com a leitura, fui lendo textos de alguns poetas e escritores. Não sabia que a poesia era tão metafísica, e gostava de ler mesmo assim, talvez por preguiça. Não tem sido tarefa fácil tentar traduzir o mundo, mas eu vou mesmo assim dando cores, cheiros e sons aos meus textos, umas ficam bonitos, outras ficam horrorosas as que falam sobre mim por exemplo. Um dos grandes problemas é a minha deficiência com língua materna, pois cometo erros grosseiros de ortografia, sintaxe, concordância dentre outros. Pelo menos, alinhavo com algumas metáforas que é o que me salva ou me condena, sabe-se lá. Não tenho um grande público mesmo, mas nem por isso não devo deixar de limar minhas frases, talvez por não ter um público crítico, vou alinhavando minha pequena obra. Acho que tenho que ter mais carinho com as palavras, pois elas são a substância de minha expressão. Quem é o meu público? Acho que só me leu, vagos amigos. Acho que não me faço interessante, mas já falei, não sei tecer bem com as palavras, não sei monologar e raras são as vezes que engatilho um diálogo com alguém. Na maior parte do tempo fico assim sem jeito, sem graça, como menino envergonhado, e as palavras somem de minha cabeça. Mas eu sou cabeça dura, nunca desisto fácil e vou conversando comigo, mesmo tendo dificuldades ou com as pessoas que me rodeiam, vou buscando pela metafísica tentando descrever o mundo a minha maneira.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Luar

A lua prateada adorna o céu,
a noite chegou e trouxe consigo,
de abrigo um escuro véu
que fez a natureza se recolher,
as aves dormir e as árvores respirar,
algumas flores desabrocham a noite.
Flores de manacá, tecoma e espirradeira,
flores brancas perfumam a noite.
E a luz da lua revela a presença
de mariposas a voar no céu,
Ah, que belo que é uma noite de luar.

Que á no tempo?

Passa o tempo...
A lua e suas fases,
as estações do ano.
As marés dos rios e mares,
dentro de nós
nossos mares
as vezes claros, as  vezes escuros,
as não percebemos que o tempo passa,
talvez seja melhor não perceber.
Dia após dia, noite após noite.
Essa luta incessante,
essa batalha na busca
da felicidade é tão boa.
As vezes angustiante,
ainda bem que há os deuses
para nos vigiar,
o tempo passa...

Setembro

Setembro,
A lua está crescente,
as noites são tão claras e estreladas,
Vi a lua em roma,
Vi a lua no Ribeirão,
lua crescente, parece a mesma lua
que alumiava o meu sertão,
acendia todo o vale...
Setembro os dias são tão largos,
com manhãs tão hamoniosas
ao som das aves, latidos dos cães,
e as ruas perfumadas de flores,
creio que nunca senti tanta coisa,
uma sensação boa que enche meu coração
de esperança.
Setembro, 2011,...
logo o ano vai passar,
alguns dormirão,
outros seguirão a vida.
Setembro, quinta-feira,
na rua faz poeira,
o vento sopra forte,
assobiando nas janelas,
bulinando com as árvores....
tudo isso em setembro.

Calma


A nossa vida é um eterno descobrir. Somos curiosos e adoramos conhecer o novo, o diferente, coisas que melhorem nosso modo de viver. As vezes é necessário fazer uma viagem, encontrar uma grande paixão e vive-la, ter algo que nos faça sentir melhor e nos ensine novos caminhos e novas descobertas.
Todavia essas aprendizagens nos custam caro, custam movimento, energia, autocontrole e muitas vezes paciência e escolhas. Temos que escolher o que é melhor para nós o que não é uma tarefá fácil. Muitas vezes a escolha é um golpe de sorte, uma aposta em que não sabemos se vai dar certo ou errado. Eis que ai se esconde os nossos maiores receios. O medo de fracassar muitas vezes nos torna estáticos. Então nos angustiamos, nos fechamos e vivemos tristes. Nos tornamos assim através da pressão do mundo e da vida. Muitas vezes somos nós quem cobramos mais de nos mesmos. Não tenho uma receita para o sucesso, porque sou assim também inseguro, no entanto tenho sede de aprender, muitas vezes quando acho que não vai dar, fecho os olhos e peço a Deus ou o seja lá no que acredito. Sempre é muito importante a voz dos amigos quando se está distante e dos familiares e por fim a crença na vitória. É preciso calma, a vida é uma luta incessante que só acaba na hora da morte. Portanto é preciso ter a alma serena para viver bem.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sensação

As vezes o peito aperta tão forte que explodimos de tanta emoção, mas que gostoso quando é uma sensação boa.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh