terça-feira, 7 de abril de 2020

18. Reminiscências

A tarde que cai dourada e cálida.
Aos poucos a luz se difunde em sombra.
E o calor é amenizado com o cair da noite.
Os seixos pétreos alvos, alvos e encarnados
Deixam os carrascos rajados.
As catingueiras nuas nos permite ver um crepúsculo mais amplo.
A noite cai estrelada.
Previsível e bela.
A janta é arroz de leite.
O cheiro de banana incensa a casa.
O chiado das folhas dos coqueiros indicam uma brisa fresca.
Os anos se passam e aprendemos a reconhecer os padrões do lugar.
Vivemos neste lugar, somos este lugar.
Nossa existência está impressa aqui.
Conhecemos as aves, os bichos, as plantas e seus odores e propriedades.
Fomos e voltámos e amamos tudo isto.
Da poeira de dezembro a primeira e última chuva.
Tudo faz sentido na vida,
Mas é preciso viver para entender
Que são as coisas simples as melhores da vida.
É noite a janta está pronta.
Vamos jantar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Despertar da fumaça

 Acordei cedo como de costume. Deitei na rede e comecei minhas orações. Então, ouvi o som de um caminhão passando  na rua. O som de um carro...

Gogh

Gogh