Aos poucos a luz se difunde em sombra.
E o calor é amenizado com o cair da noite.
Os seixos pétreos alvos, alvos e encarnados
Deixam os carrascos rajados.
As catingueiras nuas nos permite ver um crepúsculo mais amplo.
A noite cai estrelada.
Previsível e bela.
A janta é arroz de leite.
O cheiro de banana incensa a casa.
O chiado das folhas dos coqueiros indicam uma brisa fresca.
Os anos se passam e aprendemos a reconhecer os padrões do lugar.
Vivemos neste lugar, somos este lugar.
Nossa existência está impressa aqui.
Conhecemos as aves, os bichos, as plantas e seus odores e propriedades.
Fomos e voltámos e amamos tudo isto.
Da poeira de dezembro a primeira e última chuva.
Tudo faz sentido na vida,
Mas é preciso viver para entender
Que são as coisas simples as melhores da vida.
É noite a janta está pronta.
Vamos jantar.
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