Com o avanço das tecnologias as barreiras da comunicação foram quebradas.
As redes sociais, uma ferramenta de alto impacto na sociedade de fácil acesso, está cada vez mais democrática, constituem um grande exemplo.
O uso destas ferramentas cresceu vertiginosamente e vêm alterando completamente o comportamento das pessoas.
Uma vez que essas ferramentas permitem o acesso fácil aos dados pessoais, de forma livre, leva os indivíduos, cada vez mais, a vasculharem entre os diversos perfis disponíveis.
Nos empenhamos cada vez em saber sobre o outro, e mais ainda, gastamos mais tempo que nunca nas redes sociais.
Através das redes sociais, podemos nos expor numa grande e ampla vitrine, podemos nos pintar como grandes celebridades. Cremos que o que fazemos é muito importante e que os outros devem conhecer. Os expectadores devem conhecer nossos gostos, nossas personalidade e nossas muitas qualidades.
Cada vez que se posta dados pessoais nas redes sociais. Há uma expectativa para saber qual nossa popularidade. Quantos irão gostar? Quantos serão os acessos? Quantos amigos tenho? Quantos amigos são famosos? Este sentimento de popularidade ou impopularidade que nos alimenta!
Nunca fomos tão populares! Será? E ao mesmo tempo nunca tivemos tão ansiosos.
Antes das redes sociais, quando entrei na faculdade, bem no início dos anos 2000, nos reuníamos mais, passávamos mais tempo conversando pessoalmente, compartilhávamos mais tempo juntos.
Hoje, vivemos presos a celulares, computadores e qualquer que sejam os canais de acesso as redes sociais.
As expetativas e projeções criadas, corresponde com o esperado o que nos torna cada vez mais angustiados.
Há de se entender que o uso das redes sociais é um caminho sem volta, mas é necessário refletir que as redes sociais são de domínio público.
Nunca nos imaginamos abrindo a casa para um estranho, mas é o que acontece quando disponibilizamos nossos dados nas redes sociais.
Estamos abrindo a porta da casa para os desejáveis e indesejáveis.
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