No quarto escuro dos fundos da casa havia uma janela. Que não dava para ver nada, pois bem a frente desta havia um muro. Na janela havia uma grade para evitar a entrada de ladrões. Daquela janela que dava para ver o mar, o sol nascer, pescadores passarem com os sextos de carregar peixe dias cheios, dias vazios. Já não pode mais ver o mar. Bem naquele quarto havia uma senhora que morava ali desde a infância. A janela era elegante feita de madeira de lei e vidros trazidos da França. E todas as manhãs assim que o sol nascia no mar a senhora abria a janela e então a brisa do mar ocupava aquele átrio. O cheiro do mar trazido pela brisa da manhã fazia aquele lugar pulsar e expulsar o bafo do átrio de toda a noite. Então a senhora sentava numa cadeira de balanço com uma xícara de cheiroso café e ficava mirando as ondas chegarem do alto mar. Mas certo dia a senhora não acordou, a janela não abriu, não se sabe o que aconteceu. Só sabe-se que no fim daquele dia, uma caixa grande saiu daquela casa e seguida de muitas pessoas. Desde então o quarto nunca mais foi aberto as manhãs. Construiu-se um grande muro e pôs-se uma grade na janela. O quarto então permaneceu escuro, durante as manhãs o sol enviava sua luz iluminar aquele lugar, o vento não mais ali entrou, nem o mar pode mais mirar o a senhora que ali morava.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
terça-feira, 17 de maio de 2011
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