segunda-feira, 23 de maio de 2011

Carta ao amigo



Tenho medo do tempo que passou,
do tempo que passar, do tempo por passar,
a vida é breve, se sei disso por que do temor,
por que sinto uma dor peito intensa dor.
Mano sei que a vida vai passar, que está
passando, e estou perdendo a coragem,
nem sei mais o que é vadiagem,
aliás nunca soube, nem tive tempo para isso,
não me arrependo, senão não 
teria conhecido pessoas tão 
valiosas para mim,
por medo de perde-las me sinto assim,
Caro amigo,
caríssimo amigo,
acho que preciso ir a igreja,
preciso de alguém pra conversar,
mas alguém que saiba me escutar,
em que eu confie,
É nas horas que nos sentimos
fracos caro amigo,
que somos tristes
e se não temos
em quem conversar!!!!
Meu caro amigo,
eis ai onde mora o perigo,
podemos enlouquecer,
as vezes perde-se o sentido viver,
somos assim humanos,
oras bárbaros, tiranos,
oras fracos.
Caro amigo,
nem tudo que parece forte é,
nem tudo que parece sólido é forte,
muitas vezes somos entregues a nossa sorte,
outras vezes quando chega a morte,
apodrecemos.
Meu amigo
tenho que ser forte,
não quero passar a vida
sendo um mero produtor de merda,
preciso produzir ideias,
porque merda, gente mediocre é,
gente que não tem fé.
Caro amigo,
a vida é um perigo,
iminente,
é preciso ser valente,
mas ando meio triste,
situação assim pior não existe,
ouço Neruda,
leio bandeira,
e reflito,
quero produzir ideia,
não ser mero produtor de cocô,
e isso muito me angustia,
a vida, meu caro amigo
precisa de muita amizade,
de pessoas de confiança que te compreda,
precisa de gente humana,
então segue-se o caminho
que a a vida traça,
e desfia o fio do destino
tecido pelas moiras.
Caro amigo
é lua minguante,
sinto minha alegria
minguar, mas
bem logo uma
lua nova surgirá.
Minha alegria é que é outono,
é que posso ouvir Bach, Mozart,
posso tentar entender filosofia,
ou sei lar uma poesia,
ao menos tenho voce pra escutar,
ou sei lá,
assim é a vida passageira,
ligeira, tirana,
mas fazer o que
tudo que nos é dado, nos é tirado,
ao menos boas memórias
pra cova se leva,
ou o simples ato de existir,
por si se sacia.

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