sábado, 16 de abril de 2011

Manhã

Desponta no horizonte a brisa fria da manhã.
Sublime vem doce mente chegando as gramas,
suavemente tocando, e faz meus pelos arrepiar,
e o meu olhar a vagar no horizonte que aos poucos
ganha cor, forma e alma. A brisa traz o cheiro do mundo,
o frio da noite passada. E o sol que desperta
lentamente feito gigante, e toma conta de
tudo que vejo. E revela a beleza da natureza,
revela todas as sutilezas que minha vista não conseguia
enxergar, ajuda-me a distinguir a beleza
das formas, e me ensina como me ensina sobre o
mundo, me ensina que a maior parte
das plantas são verdes, que em dia
sem chuva o céu é azul, que a natureza
parece desorganizada, que muitas coisas
que muitas coisas que cheiram são mais belas,
que tem sabores são belas também,
são mais bela quando vistas,
como as flores, como os frutos,
Ah, quando o sol nasce, feito um
deus, aurora sai ao mundo
avisando a nova chegada de apolo,
e pinta o céu rubro augusta cor,
e sopra a brisa da manhã,
E já me sinto sol, sinto
uma força que brota da terra, Geia,
que se dilui entre as plantas,
entre as flores, entre as formas
viçosas por vida, as plantas,
os pequenos animais,
abelhas, borboletas,
que ao voar cantam,
então me espanta tanta beleza,
me espanta a beleza, me espanta
a natureza, todos os dias,
porque a noite é reservada para
as estrelas e a lua,
e as flores perfumadas,
mas os dias, são todos ao nascer
novos, belos e perfeitos,
basta interiorizarmos
e contemplar Apolo, o sol, o dia.
m

como as

Solidão

Certos animais tem o hábito de viver solitário. Não entendo a vantagem de viver só. Acho que as vezes ter um monólogo é muito bom, mas viver sempre monologando é meio louco. Acho que precisamos de vem em quando dialogar, estar na presença de alguém que compartilhe as ideias, as situações vividas, momentos que deêm mais sentido a vida. Conhecer é muito bom, pensar é muito bom e viver proporciona tudo isso, mas compartilhar o conhecido, o conquistado creio que é bem melhor. De que adianta ver as belezas das pequenas e grandes coisas do mundo se é uma coisa puramente subjetiva. Não entendo mesmo esses animais solitários. Nem sempre fui a pessoa que sou. Sim eu tinha um circulo de amigos muito grandes e eu interagia com todos, meu circulo de amizade ia muito além do universo universitário, eu tinha meus amigos que moravam comigo. Bem como uma grande quantidade de pessoas que conhecia no campus. Bem antes deste tempo já na minha pequena cidade tinha vários amigos que compartilhávamos bons momentos, bons sonhos, sei que pouco aprendíamos sobre o mundo, mas divagávamos nos desejos. E quando parecia está só eu tinha minha família. Agora, meu ciclo de amizade está restrito, meus irmãos moram em outra cidade, meus pais em outra, minha namorada em outra e quando chega o fim de semana eu me sinto só. Sinto um forte aperto no peito. Então penso como pode determinados animais serem solitários? Nos seres humanos somos seres sociais, mas estamos cada vez mais sós, muitas vezes a solidão pode levarmos a loucura ou a criação, todavia nem todo mundo fica louco ou se transforma em criador. Essas pessoas que estão no meio termo, que é maior parte das pessoas, perdem o interesse pelas cores, pelos sabores, pelos cheiros, pelas formas e por fim pela vida. Algumas pessoas buscam uma saída para esse sofrimento através de substâncias químicas, outras simplesmente vegetam. Então por que nos sentimos tão solitários se nunca tivemos a oportunidade de estarmos tão juntos? De certo estamos perdendo a capacidade de está com o outro fisicamente. Nos que temos a linguagem para se comunicar, que somos seres com afetos não podemos explicar porque escolhemos ficar só. Certos animais que não usam da fala como linguagem e não compartilham conosco certos tipos de inteligência pode justificar a opção de está só, mas nós não.

Mamãe feliz

Hoje contei para minha mãe que farei uma grande viagem. Ela ficou muito feliz, até parece que é ela que vai viajar de tão feliz. Ouvi aquela risada gostosa. Minha mãe ficou ainda mais feliz quando disse os lugares pelos quais irei passar, pensou que fosse no Brasil, mas expliquei que era para um lugar muito distante. Ela expressou todo seu carinho quando falou que todas as noites entrega nas mãos de Deus nossas vidas e pede que ele interceda por mim, para que quando terminar meus estudos tenha um bom trabalho. Enfim falou que ia falar para os meus conhecidos e disse nossas eles dirão que só voce mesmo. Expliquei que é uma viagem de trabalho ela ficou feliz, disse que irei passar três meses. Mamãe como uma criança quando ganha um brinquedo novo ficou muito feliz e deu o telefone para minha irmã, para ela ouvir de minha boca sobre a viagem. Bem vou se Deus quiser tirar muitas fotos e assim quando estiver lá em casa vou mostrar todos os lugares por onde passei. Mamãe se orgulha muito das coisas que faço e pensar que foi ela quem me obrigou ir a escola, que me educou, mesmo não tendo muito estudo, mas sabia valorizar. Senti-se importante por mim e fala para todo mundo que seu filho, eu, faz doutorado em Campinas. Enche o peito pra falar todas essas coisas. Acho muito bacana essa ideia que ela tem sobre se dar bem na vida. Acho importante e me sinto importante ao menos para uma pessoa para ela e para meu pai também, mas sabe né as mães acham que nunca crescemos então toda feliz deu um chau e desligou o fone.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lua

Quanto tempo não percebia a noite que por sinal hoje está tão linda enluarada e estrelada, limpa só alguns cirros perdidos um ou outro avião. De certo faz muito tempo que não contemplo a noite, a lua, as estrelas e até mesmo o escuro da noite, as luzes elétricas e o cheiro doce das flores noturnas. Será que me perdi tentando me encontrar? Agora sai para tomar um ar, porque achei que precisava olhar para o céu, para a noite para ver quanto é grandioso o universo. Então fui até o terraço onde inspirei e expirei intensamente, olhei para o céu, vi a lua maravilhosa quase cheia, as estrelas, dentre elas o cruzeiro do sul. Fiquei ali fitando as estrelas dentre elas mirei uma estrela no poente, com uma luz azul, que por sinal acho que logo mais irá se por, então ela foi se escondendo atrás das folhas de coqueiro, mas não conseguiu se esconder por completo. Olhei para os fios e vi formigas a caminhar ou a trabalhar, olhei para quintal do vizinho que tem dois cães um me percebeu e começou a latir, mas logo parou. E então fiquei vagando meu olhar pelo céu, ouvindo o barulho dos carros que correm numa rodovia atrás de casa. Quanto tempo não fazia isso. Senti-me muito só, senti medo da morte. Medo de ser um solitário. Não aprendi com as estrelas a ser solitário, também não meu próprio brilho ainda será que um dia brilharei?
Bem na verdade fazia tempo que não me sentia só. Quanta coisa ando sentindo. Sinto medo de me acontecer algo, pois quando sinto esse medo as vezes coisa boa não é. Acho que foi por isso que fui tomar um ar lá fora, fui conversas com as estrelas. Somos todos eternos solitários já disse um amigo certa vez. Somos todos solitário. Nem sei como nos comunicamos, pois estamos sempre falando nossas linguagem subjetiva. Talvez a lua, a noite e as estrelas nos entendam.

Guarda-chuva

No quintal vi uma paisagem maravilhosa. Vi um ambiente coberto de fungos, pequenos cogumelos, ou guardachuvas alvos como goma. Eram tantos, incontáveis uns cresciam ocupando e espaço do outro, em alguns lugares sequer dava para ver o chão. Exalavam um cheiro diferente, alguns estavam cheios de esporos. Então pensei como seria interessante ser uma formiga para andar sob aquela paisagem. Havia calma, paz naquele lugar. Por um instante me senti numa cidade sob a chuva com tantos guardas chuvas. alvos feito goma.

A borboleta

Hoje vi uma borboleta,
pousava seu corpo
sobre uma folha,
está lá estática,
de asas fechadas,
contemplei-a
por um brevíssimo
momento.
Ela estava parada
não espressava nada
simplesmente era,
mesmo tão frágil
existia.
Mesmo tendo a vida
tão efêmera
era, aliás algumas
flores são
mais efêmeras,
nem por isso deixam de ser.
A borboleta era,
mesmo tendo a vida efêmera,
estava ali parada,
não voava pelo seu,
não buscava mel,
flores estava ali,
parecia contemplar
a folha, a brisa
sei lá.
Acho que por
um instante ela
prendeu minha alma,
roubou minha calma,
sei lá deve ser um
ser mágico.
Depois eu sumi
e não mais a vi.

Mistérios

A borboleta de laranja e preto pousou sobre a flor do jardim para beber néctar. Depois de abrir e fechar suas asas várias vezes, desenrolou aquela probóscide e sugou o doce néctar, depois de visitar muitas flores. Então ela voou pra longe e lá longe encontrou uma planta onde pôs seus ovos que depois de um certo tempo eclodiram e liberando várias larvas, as lagartas, que foram comendo todas as folhas da planta e foram crescendo sem parar até que chegou um dia e essas larvas se empuparam. Dias depois aquelas lagartas se transformaram em lindas borboletas e voaram para tomar o néctar das flores nos jardins. O interessante é que quando as borboletas saem para visitar várias flores elas acabam levando os pólenes e os distribui entre as flores. Mas como as borboleta conhecem as flores? Borboleta sentem cheiro? Sei que borboleta sabe voar, por ovos. Já vi borboleta pousar em tudo que é flor, tomar néctar de todas elas. No entanto as lagartas sempre vejo nas mesmas espécies. Será que as borboletas conhecem a planta que vai por os ovos? E, será que borboletas conhecem as plantas que tem que por? então será que elas têm memória? Agora estou confuso. Esses mistérios da natureza!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Primeiro ano na Escola

Veio-me a mente a lembranças de minha infância. Lembranças da escola, mas não me lembro da escola como um lugar bom, não sentia prazer em está na escola. Sempre que ao invés do gosto pelo aprender a escola era muito antes uma prisão e via todas atividades como uma obrigação. Por isso os primeiros anos de minha vida escolar nunca fui um exemplo. Muitas vezes tinha vergonha porque não sabia ler, nem escrever, enquanto tinha uma menina Eurides, que já desenhava belas letras e conhecia algumas. Confesso que me achava inferior por isso. Também minha mãe é semianalfabeta funcional, sabe assinar o nome mas não sabia ler, mas apesar disso sabia da importância da escola para o nosso futuro, por isso nunca ficávamos sem ir para a escola um dia sequer, nem mesmo estando doente. Quanto a essa relação dirigiu nossas vidas com punhos de aço. Para minha mãe, em sala de aula a autoridade era do professor(a), por isso qual fossem os fatos, nós éramos sempre os errados. Domar-me não foi muito fácil, confesso que ganhei muitos puxões de orelhas, mas o medo da professora do segundo ano dona Lenita, tinha fama de general inibiu todo meu comportamento. Antes de ir para escola meu ciclo de amizade era muito restrito, foi na escola que pude conhecer os meninos e meninas de outras extremidades de minha pequena Serrinha do Canto, e entrar em contato com pessoas diferentes foi a princípio ruim, pois tive que conter meus modos, mas depois ganhei muitos amigos, meu mundo se ampliou. A escola como estava dizendo não era atraente, não sabia pra que serviam as palavras, no meu povoado sequer tinha placas, como eu iria usar aquelas palavras, em casa nem a bíblia tinha. E as pessoas que tinham ouvia pessoas falarem que a bíblia era ovo que as pessoas chocavam debaixo do braço, enfim não sabia para que serviam as palavras. Gostava da ideia de ter uma mochila, usar farda achava muito legal porque via meus irmãos mais velhos. Então o mais legal na aula era ficar marcando as horas de ir embora, nós crianças éramos muito astuciosas e aprendemos a hora de ir embora pela réstia da luz do sol na parede, era uma hora exata, disso nunca me esqueço. Minha primeira professora era Livani, filha de seu Bonifácio, mãe de Nissinha uma das mais bonitas meninas dali. Era baixinha e tinha voz muito aguda, usava pedagogia militar, coisa que aprendeu com os professores dela e ia replicando, acho que ela evoluiu senão os alunos estão tendo a mesma forma de ensinar, talvez ela tenha se aposentado. A escola Isolada Serrinha do Canto continua lá, acho que o terreno foi doado por uma pessoa de lá. Não sei. Só sei que por falta de recurso a professora dava aula por uma minharia, com certeza dava aula por amor. E eu tive a oportunidade de viver essa realidade que me assombrou por muito tempo. Bicho do mato brabo, pra ser amansado leva muito tempo, mas certo dia fui domado. Nem tudo na vida é perfeito, só sei que foi ali que tive a oportunidade de aprender as letras, as palavras e as frases. Foi a partir da força que fui domado, foi por causa da minha mãe que continuei e aprendi na escola, porque se fosse por minha vontade, seria analfabeto. Acredito na importância da família, da primeira professora e do esforço particular para que possamos ter pessoas que vivam em harmonia e ética. Foi na minha primeira escola que tomei conta da responsabilidade que é preciso na vida inteira.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O olhar

Acredito que cada pessoa tem um olhar diferente do mundo que elas vêem aquilo que elas conhecem e simplesmente ignoram o que desconhecem. Um agricultor ver a terra e o que nela se produz, um engenheiro ver as estruturas de como pode construir o que foi projetado por um arquiteto, um botânico ver as plantas, um professor uma forma de ensinar, um jornalista uma forma de comunicar. E assim são todas as diversas profissões ou passa tempo que encontramos para nos afirmar como seres, buscamos fazer o que nos faz sentir bem, no entanto como descobrimos? Não seria uma nova forma de perceber o mundo, que evolui com os estímulos que recebemos. Antes de ser agricultor, engenheiro, arquiteto, botânico, professor ou jornalista todas essas pessoas não são gente e não foram crianças? Creio eu que sim não tem como duvidar essas afirmações, mas o que fez essas pessoa despertarem e tomarem o gosto por aquilo que fazem? Será que foi de ouvir os pais falarem, por necessidade, por tomar gosto ou simplesmente porque acha aquilo belo, decente? Sou botânico e afirmo que o ambiente influenciou muito para minha decisão. Seria o desejo de se superar? o desejo de poder ter mais conforto? o que seria? Acima falei sobre a questão do olhar como canal, como luz que alumia nossas ideias, desperta decerto um desejo, uma filia e partindo desse desejo vamos construímos o que queremos nos tornar. Uma coisa é certa todo mundo quer se dar bem na vida, mas para se dar bem na vida, ter conforto recurso dignamente é necessário trabalhar duro, caso contrário podes até conseguir o que deseja, mas sem esforço não se tem amor ao ser tornado. Mas onde está a gênese de que o faz viver, trabalhar em função desta coisa? Já pensei muitas vezes no meu caso e percebi que não tem um começo um pondo onde possa dizer foi isso. Não mas uma curiosidade que despertou das diversas maneiras que tentei entender o objeto observado, percebi que quanto mais tentava entender, mas percebia que existia ali uma caixa mágica um universo de formas, de ajustes, de cores, de sutilezas, de diversidade, e fui mergulhando na botânica, onde me dei sentido a minha existência através do desejo de conhecer, de ver, de apreender de mostrar, de ensinar. Eu fui atraido, me tornei canal e agora sou o que sou. E através de minha forma de ver o mundo posso mostrar para as pessoas que não conhecem botânica a veem isso que tanto me fascina e assim o é com quem faz todas as coisas importantes citadas acima. Resta descobrir qual a sua maneira de olhar o mundo, basta escolher uma e seguir a vida.

Amizade

As amizades são cada vez mais raras, pois necessário um longo tempo para se ter a certeza desta relação. Não se tem um ponto onde a partir daquele momento se declara amigo. antes de tudo precisamos para termos certeza da amizade termos respeito, admiração, companheirismo, cumplicidade e simplicidade. É algo extremamente espontâneo como uma brisa da manhã, belo como um jardim, ou melhor a amizade é um jardim que para ser belo requer certos cuidados. Precisamos regar a amizade de cuidado o simples fato de respeitar o outro é um bom início. Não pode haver interesse nesta relação, as coisas tem que serem espontâneas. É o cotidiano quem vai estreitando a relação e quando menos percebemos somos amigos. Mas é extremamente ruim quando por algum motivo nos distanciamos das pessoas que nos apegamos. Será que as pessoas boas tem a missão de levar paz a todos os lugares. Ficamos mais fracos quando essas pessoas se vão, pois temos a impressão que sempre temos algo a mais para aprender, algo a mais para ensinar. As vezes a vida passa e não percebemos a importância de determinadas pessoas em nossa vida, como ela nos influenciam e como influenciamos. Seria uma troca. Tenho uma certa impressão que a somos caravelas, somos pessoas solitárias, que as vezes encontramos um porto, encontramos algo valioso, mas que infelizmente para seguir viagem não podemos levar nada, não podemos deixar nada. Só os bons sentimentos e as boas memórias. No começo parece difícil, mas superamos. Mas a amizade essa levamos. E carregamos no peito o que há de melhor a sensação de sentir bem, de fazer bem de ter um amigo, eterno amigo.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

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