segunda-feira, 18 de abril de 2011

Categorias infortunas

Quando morava em Serrinha do Canto e ainda era pequeno. Eu organizei aquele mundo à maneira como percebia, uma visão infantil, amoral. Por isso acho que devo contar como eu percebia o mundo e essa assim que as pessoas passavam, não culpemos as pessoas que assim se comportavam, estas pessoas que não tinha como se instruir. Tudo lá era muito improvisado as coisas aconteciam muito naturalmente. Não tinham como dar uma outra cara, um enfeite nos fatos as coisas eram muito nua e crua. Bem ai vai espero que leia até o fim porque essas memórias estão em tempo de pular de minha mente com certeza chocarão a vocês.
Então vamos lá. Quando era pequeno entendia o mundo assim as pessoas ou normais ou anormais. Quem eram as pessoas anormais? seria com certas limitações físicas, aquelas que viam o mundo a sua maneira, percebiam um mundo sem cor, sem cheiro, sem som e sem belezas. Aprenderam com o tempo a ver a vida calma de um dalai. Passavam todo o seu tempo sentados. Eram dependentes e eram vistas com um olhar de piedade. De certa forma esse olhar e de tratar passou para essas pessoas um mundo cheio de tristeza, desesperança. O que foi na verdade é uma pena, pois por faltar instrução ou de imaginação essas pessoas foram condenadas a imobilidade a tristeza. Mas por que ninguém mostrou para essas pessoas a beleza das cores, a beleza do movimento do vento suave a balançar os galhos das árvores, porque as pessoas não ensinaram-nas a ler, e a ver o mundo através das palavras? Por que?
Numa casa vizinha a nossa, tinha uma dessas pessoas a qual teve uma infância quase perfeita para os meus padrões, na verdade ela estava viva, por que a infância não foi perfeita? Aconteceu que uma paralisia infantil que a paralisou em uma cadeira. Essa menina era normal no início, mas se tornou muito triste. Bem no começo quando minhas irmãs e as meninas dali ainda eram crianças. Todas iam lá e o mundo era muito colorido e belo para ela. E as coisas melhoraram muito quando seus pais compraram uma televisão sua casa era cheia de gente e ela era a unica pessoa que tinha aquele objeto, todos ali eram muito amigas. Bem o tempo passou e as pessoas foram tornando-se adulto. E o fato é que com o passar do tempo. Houve uma diáspora, e suas amigas inclusive minhas irmãs foram para escola e ela ficou presa a cadeira. Novos mundo surgiram para aquelas meninas e o mundo dela da menina da cadeira de rodas era o mesmo. Ficou só tendo a atenção apenas de sua mãe e seu pai, então ela perdeu o gosto pela televisão, pelas novelas, pelo rádio. Sim pelo rádio pois antes todos ouviam o que ela falava, é ela ouvia o rádio e contava a notícia para sua mãe e sua mãe contava para as pessoas. Com o tempo só adultos iam a casa dela e a vida acabou por ser um peso. Além da menina havia também outros dois meninos na mesma situação. Mas esses eram mais extrovertidos. Sim eram, pois seus pais saiam de casa para ir a igreja nos fins de semana. Imagino que eles ficavam muito felizes quando chegava o sábado ou o domingo para irem para a igreja ouvir os hinos e as pessoas. Realmente eram eles eram especiais, pensava com minha mente de criança, pois só eles tinha uma cadeira com três rodas, não precisavam botar água, nem trabalhar. No entanto o tempo passa e como aves quando criam asas e voam para longe, as pessoas tornaram-se adultos e foram embora e os pais daquelas pessoas envelheceram, então com o passar do tempo eles acabaram ficando pelos cantos, na igreja as crianças brincavam com as cadeira dele, crianças que deve educar são seus pais, mas se eles mesmos não são educados, então as crianças importunavam eles. Então penso que sentiam? afinal tornaram-se adultos. Olhando para eles pode-se perceber uma tristeza no olhar, no se expressar no ser. O que sentiam então pergunto novamente, por que não os ensinaram a olhar com o brilho para vida? Não sei. Vivendo em meu mundo egocêntrico não sei. Eu infelizmente sentia pena. Que coisa mais mesquinha. E essas pessoas continuam a viver, ou melhor sobreviver. Outra pessoa excêntrica era um homem chamado Zé Vieira que taxado de doido ou louco como chamavam-no. Era assim que todos o viam, todos o desprezavam olhavam com olhar de desprezo, davam uma xícara de café em troca dele ir embora. No entanto ele não ligava, vivia como bem lhe convinha. Acho que ele cultuava o fogo, pois adorava tocar fogo nas coisas, será que ele não fazia isso para não se sentir só. As vezes vagava nas estradas durante a noite. Cantava algumas músicas, as vezes fazia atos imorais, e todos ali o repreendiam, afinal como se sentia esse ser. Não bebia e era muito excêntrico. É com muita dor que reescrevo isso nem deveria escrever, mas são fatos eles existem, não adianta esconder o lixo sobre o tapete e mesmo com a televisão, telefone e internet com uma gama de informações, infelizmente ainda é assim que muitas pessoas categorizam as pessoas lá. Muita coisa mudou, mas alguns pensamentos continuam intactos.
As pessoas normais eram aquelas que eram sãs fisicamente as pessoas com direito a ter um futuro a poder realizar um sonho, com habilidades de se manter com o próprio trabalho. Como eram bárbaras essas duas categorias. Pois essas pessoas são assistidas financeiramente pelo governo e tem muitos direitos, inclusive direito a vida. Aqui longe, pessoas com as mesmas impossibilidades trabalham, tem filhos e dentro do seu universo levam uma vida normal. Inclusive na atualidade um dos maiores físicos do planeta Stephen Hawking que é tetaplégico ocupa a cadeira de Isaac Newton na inglaterra. E o que ele tem de diferente? A maneira como foi apresentada o mundo. É com pesar que apresento essa minha ignorante forma de ver o mundo, mas ela existiu, e muitas pessoas ainda replicam esse pensamento. O tempo passou e estamos velhos e essas pessoas continuam vivas, mas com aquele olhar. O que poderia fazer por essas pessoas? Se o fosso que me separa é tão grande, fosso da distância e do tempo. Mas vou pensar com carinho de uma forma de como poder ajudar essas pessoas.

domingo, 17 de abril de 2011

São Paulo

Metrópole São Paulo,
me emocionei quando te vi,
e chegar a ti durou três
dias, foi uma longa viagem,
mas enfim cheguei a ti,
lembro quando cheguei,
que meu irmão e meu primo
me esperavam na
rodoviária Portuguesa Tieté,
lembro que me recebeu
de braços abertos,
cada espaço,
logo ao chegar
conheci o metro,
que legal, que barulho,
então descemos no Jabaqueara,
e pegamos um
ônibus para o São José,
mas meu coração
ainda pertencia a Natal,
mas minha vista
e meu ser deslumbrava
a ti, oh grande cidade,
e fomos embora,
chegamos ao São José,
acho que Natal era mais
bela, mas não era São Paulo,
Depois fui para a o Castro Alves,
e passei aquele Natal e ano novo
em ti, quando retornei para
Natal, levei os seus
espaços em minha mente,
visitei lindos lugares,
O solo sagrado,
A USP,
conheci sua periferia,
sua margem,
mas mesmo assim me encantei por ti,
fui, mas sabia que ia voltar,
não sei como,
mas assim o fiz
e em ti São Paulo deslumbrei
de uma diversidade,
uma riqueza,
confesso que nunca tinha
entrado em contato com tanta
gente, nem com a poluição.
Então quando chegava a noite
como estranhava o sol no céu
as sete horas,
e o frio que caia do nada,
e as feiras tão professadas
por meus primos,
meu pai.
Então vim embora,
mas o modelo de cidade
que tinha em minha mente
era outro,
na minha antiga cidade tinha praia,
tinha sol,
tinha mar,
tinha luz,
tinha restinga, tinha dunas,
e lá todos falavam o meu sotaque,
eu era rei,
lá não tinha cães na rua,
não tinha cloaca,
não tinha rios poluídos,
não tinha emprego,
tinha muita gente amiga,
tinha minha gente,
mas sem demagogia
aqui tem tanta coisa,
vamos ver só as coisas belas,
tem casas simples
mas humildes e belas casas,
as pessoas cultivam
esperança nas flores,
nas cores,
as pessoas são meio aperreadas
por não perder o emprego,
mas tem tanta coisa boa aqui,
que desde o dia que entrei
na Portuguesa Tiete,
sabia que iria voltar sempre.

São Paulo Ida

Lembro o dia que sai de casa para vir para cá, numa manhã de domingo de 18 de dezembro de 2005 era belo dia ensolarado, e São Paulo disputava o campeonato mundial. Elton de Joca foi me deixar em Umarizal para pegar o São Geraldo chegamos lá as 10h e antes de viajar soube que São Paulo foi Campeão mundial. Ali minha viagem começou então viemos rasgando terra nordeste a baixo, papai quem sabe todo o itinerário. Almoçamos em Uirauna, já na Paraíba, no final da tarde estávamos em Petrolina. Jantamos em Juazeiro onde tomei um banho e seguimos descendo, quando foi na madrugada passamos quase uma hora em Feira de Santana esperando os ônibus sairem. Ainda na Bahia almoçamos em Vitória da Conquista e lá pro fim da tarde entramos em Minas Gerais. Onde passamos um dia viajando. O ônibus quebrou em Teófilo Antoni então trocamos de ônibus. Na manhã seguinte chegamos a Belo Horizonte e paramos no ponto de apoio da Gontigo, fazia frio, achei muito bonito aquele verde vidrento, de alguns pinheiros, foi lá que comi o primeiro pão de queijo, achei barato, pois parece que todos os donos de quiosques enfiam a faca é tudo tão caro, tem muita gente que traz galinha na farofa, como umas senhoras de Pau dos Ferros só via elas comendo, mas enfim pedi um leite, pois não tomo café e um pão de queijo, achei o máximo. Quando saímos da parada para pegar a Fermão Dias pude ver o primeiro acidente de trânsito. E quando foi no terceiro dia chegamos a São Paulo. Bem tem pessoas viajaram comigo. Ia uma família de um homem que era motorista em São Paulo. Um menino que vinha visitar a mãe; um rapaz que tinha arrumado um emprego numa padaria e vinha pela primeira vez. Puxa mas parecíamos bois que viajam sem saber para onde. No primeiro dia quase não conseguia dormir, mas no dia seguinte quando queria dormir bastava fechar os olhos. Eu ia escaneado cada paisagem que via. Então depois de 58 horas de ônibus cheguei em São Paulo. Chegamos em casa já a noite, naquela noite dormi muito cansado, mas muito feliz.

Brisa da tarde

Suave a brisa sopra
e mexe com as folhas
das árvores e soa
entoa seu canto,
no meio da tarde,
o calor forte arde,
e a brisa que passa,
soa como cantiga
de ninar, de barrigas
cheias na tarde de
domingo
depois de um lauto
almoço, um doce
e gelado sorvete,
uma cocacola,
as pessoas fagueiras
deitam seus corpos
e não pensam mais
em nada e ao som
da brisa, do chiado
as folhas, do quase
som da luz do sol
dormem e esquecem
de seus problemas,
de suas vidas,
simplesmente
pegam carona
com o som da brisa
e dormem
até voltar a tarde,
até o faustão
começar a berrar
como bode,
ou melhor,
a badalar como
chocalho.

sábado, 16 de abril de 2011

Callicarpa


Hoje conheci uma Callicarpa revesii que é muito atraente por suas flores lilases, é mesmo linda.

Uma planta da família Lamiaceae

Kallys = greg. belo Carpo= greg. fruto


Manhã

Desponta no horizonte a brisa fria da manhã.
Sublime vem doce mente chegando as gramas,
suavemente tocando, e faz meus pelos arrepiar,
e o meu olhar a vagar no horizonte que aos poucos
ganha cor, forma e alma. A brisa traz o cheiro do mundo,
o frio da noite passada. E o sol que desperta
lentamente feito gigante, e toma conta de
tudo que vejo. E revela a beleza da natureza,
revela todas as sutilezas que minha vista não conseguia
enxergar, ajuda-me a distinguir a beleza
das formas, e me ensina como me ensina sobre o
mundo, me ensina que a maior parte
das plantas são verdes, que em dia
sem chuva o céu é azul, que a natureza
parece desorganizada, que muitas coisas
que muitas coisas que cheiram são mais belas,
que tem sabores são belas também,
são mais bela quando vistas,
como as flores, como os frutos,
Ah, quando o sol nasce, feito um
deus, aurora sai ao mundo
avisando a nova chegada de apolo,
e pinta o céu rubro augusta cor,
e sopra a brisa da manhã,
E já me sinto sol, sinto
uma força que brota da terra, Geia,
que se dilui entre as plantas,
entre as flores, entre as formas
viçosas por vida, as plantas,
os pequenos animais,
abelhas, borboletas,
que ao voar cantam,
então me espanta tanta beleza,
me espanta a beleza, me espanta
a natureza, todos os dias,
porque a noite é reservada para
as estrelas e a lua,
e as flores perfumadas,
mas os dias, são todos ao nascer
novos, belos e perfeitos,
basta interiorizarmos
e contemplar Apolo, o sol, o dia.
m

como as

Solidão

Certos animais tem o hábito de viver solitário. Não entendo a vantagem de viver só. Acho que as vezes ter um monólogo é muito bom, mas viver sempre monologando é meio louco. Acho que precisamos de vem em quando dialogar, estar na presença de alguém que compartilhe as ideias, as situações vividas, momentos que deêm mais sentido a vida. Conhecer é muito bom, pensar é muito bom e viver proporciona tudo isso, mas compartilhar o conhecido, o conquistado creio que é bem melhor. De que adianta ver as belezas das pequenas e grandes coisas do mundo se é uma coisa puramente subjetiva. Não entendo mesmo esses animais solitários. Nem sempre fui a pessoa que sou. Sim eu tinha um circulo de amigos muito grandes e eu interagia com todos, meu circulo de amizade ia muito além do universo universitário, eu tinha meus amigos que moravam comigo. Bem como uma grande quantidade de pessoas que conhecia no campus. Bem antes deste tempo já na minha pequena cidade tinha vários amigos que compartilhávamos bons momentos, bons sonhos, sei que pouco aprendíamos sobre o mundo, mas divagávamos nos desejos. E quando parecia está só eu tinha minha família. Agora, meu ciclo de amizade está restrito, meus irmãos moram em outra cidade, meus pais em outra, minha namorada em outra e quando chega o fim de semana eu me sinto só. Sinto um forte aperto no peito. Então penso como pode determinados animais serem solitários? Nos seres humanos somos seres sociais, mas estamos cada vez mais sós, muitas vezes a solidão pode levarmos a loucura ou a criação, todavia nem todo mundo fica louco ou se transforma em criador. Essas pessoas que estão no meio termo, que é maior parte das pessoas, perdem o interesse pelas cores, pelos sabores, pelos cheiros, pelas formas e por fim pela vida. Algumas pessoas buscam uma saída para esse sofrimento através de substâncias químicas, outras simplesmente vegetam. Então por que nos sentimos tão solitários se nunca tivemos a oportunidade de estarmos tão juntos? De certo estamos perdendo a capacidade de está com o outro fisicamente. Nos que temos a linguagem para se comunicar, que somos seres com afetos não podemos explicar porque escolhemos ficar só. Certos animais que não usam da fala como linguagem e não compartilham conosco certos tipos de inteligência pode justificar a opção de está só, mas nós não.

Mamãe feliz

Hoje contei para minha mãe que farei uma grande viagem. Ela ficou muito feliz, até parece que é ela que vai viajar de tão feliz. Ouvi aquela risada gostosa. Minha mãe ficou ainda mais feliz quando disse os lugares pelos quais irei passar, pensou que fosse no Brasil, mas expliquei que era para um lugar muito distante. Ela expressou todo seu carinho quando falou que todas as noites entrega nas mãos de Deus nossas vidas e pede que ele interceda por mim, para que quando terminar meus estudos tenha um bom trabalho. Enfim falou que ia falar para os meus conhecidos e disse nossas eles dirão que só voce mesmo. Expliquei que é uma viagem de trabalho ela ficou feliz, disse que irei passar três meses. Mamãe como uma criança quando ganha um brinquedo novo ficou muito feliz e deu o telefone para minha irmã, para ela ouvir de minha boca sobre a viagem. Bem vou se Deus quiser tirar muitas fotos e assim quando estiver lá em casa vou mostrar todos os lugares por onde passei. Mamãe se orgulha muito das coisas que faço e pensar que foi ela quem me obrigou ir a escola, que me educou, mesmo não tendo muito estudo, mas sabia valorizar. Senti-se importante por mim e fala para todo mundo que seu filho, eu, faz doutorado em Campinas. Enche o peito pra falar todas essas coisas. Acho muito bacana essa ideia que ela tem sobre se dar bem na vida. Acho importante e me sinto importante ao menos para uma pessoa para ela e para meu pai também, mas sabe né as mães acham que nunca crescemos então toda feliz deu um chau e desligou o fone.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lua

Quanto tempo não percebia a noite que por sinal hoje está tão linda enluarada e estrelada, limpa só alguns cirros perdidos um ou outro avião. De certo faz muito tempo que não contemplo a noite, a lua, as estrelas e até mesmo o escuro da noite, as luzes elétricas e o cheiro doce das flores noturnas. Será que me perdi tentando me encontrar? Agora sai para tomar um ar, porque achei que precisava olhar para o céu, para a noite para ver quanto é grandioso o universo. Então fui até o terraço onde inspirei e expirei intensamente, olhei para o céu, vi a lua maravilhosa quase cheia, as estrelas, dentre elas o cruzeiro do sul. Fiquei ali fitando as estrelas dentre elas mirei uma estrela no poente, com uma luz azul, que por sinal acho que logo mais irá se por, então ela foi se escondendo atrás das folhas de coqueiro, mas não conseguiu se esconder por completo. Olhei para os fios e vi formigas a caminhar ou a trabalhar, olhei para quintal do vizinho que tem dois cães um me percebeu e começou a latir, mas logo parou. E então fiquei vagando meu olhar pelo céu, ouvindo o barulho dos carros que correm numa rodovia atrás de casa. Quanto tempo não fazia isso. Senti-me muito só, senti medo da morte. Medo de ser um solitário. Não aprendi com as estrelas a ser solitário, também não meu próprio brilho ainda será que um dia brilharei?
Bem na verdade fazia tempo que não me sentia só. Quanta coisa ando sentindo. Sinto medo de me acontecer algo, pois quando sinto esse medo as vezes coisa boa não é. Acho que foi por isso que fui tomar um ar lá fora, fui conversas com as estrelas. Somos todos eternos solitários já disse um amigo certa vez. Somos todos solitário. Nem sei como nos comunicamos, pois estamos sempre falando nossas linguagem subjetiva. Talvez a lua, a noite e as estrelas nos entendam.

Guarda-chuva

No quintal vi uma paisagem maravilhosa. Vi um ambiente coberto de fungos, pequenos cogumelos, ou guardachuvas alvos como goma. Eram tantos, incontáveis uns cresciam ocupando e espaço do outro, em alguns lugares sequer dava para ver o chão. Exalavam um cheiro diferente, alguns estavam cheios de esporos. Então pensei como seria interessante ser uma formiga para andar sob aquela paisagem. Havia calma, paz naquele lugar. Por um instante me senti numa cidade sob a chuva com tantos guardas chuvas. alvos feito goma.

A borboleta

Hoje vi uma borboleta,
pousava seu corpo
sobre uma folha,
está lá estática,
de asas fechadas,
contemplei-a
por um brevíssimo
momento.
Ela estava parada
não espressava nada
simplesmente era,
mesmo tão frágil
existia.
Mesmo tendo a vida
tão efêmera
era, aliás algumas
flores são
mais efêmeras,
nem por isso deixam de ser.
A borboleta era,
mesmo tendo a vida efêmera,
estava ali parada,
não voava pelo seu,
não buscava mel,
flores estava ali,
parecia contemplar
a folha, a brisa
sei lá.
Acho que por
um instante ela
prendeu minha alma,
roubou minha calma,
sei lá deve ser um
ser mágico.
Depois eu sumi
e não mais a vi.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh