quarta-feira, 3 de março de 2010

menos um

O dia nasce, desponta o sol sobre Campinas, cantam as aves, transeuntes seguem para seus trabalhos e como não sou diferente, sigo para o meu a caminhar.
Vou ouvindo rádio, sozinho e ações que faço, simplismento cumprimento um senhor que espera o transporte na calçada e o dono da
banca de jornal, um careca gente boa de voz afeminada, da Gilberto Pataro.
Depois de passar da banca de jornal, posso contemplar céu, tendo como horizonte muitas árvores.
Adoro o céu e as árvores.

Dia a dia correm os meus dias, calmos e pacientes.

Corriqueiramente o sol nasce belo e igual,
mas não nasço com o sol,contrário, o sol conta meu tempo,

e vai subtraisndo os dias de minha vida.

o sol nasce, a vida passa e não percebemos,

pois hoje aqui, amanhã sei lá onde,

concluo que a vida é uma viagem,

e que estamos aqui só de passagem.

terça-feira, 2 de março de 2010

leio

Sentado, a balançar e ler, era assim que passava minhas tardes, em casa, na adolescência. Cuidadosamente lavava as mãos para não sujar os livros. Tomava água e só então começava minhas leituras. Lia tudo que pegava em mãos, desde livro de português, adorava aqueles textos com desenho, engraçado que outro dia ouvi alguém falar que a imagem disperta o cérebro, me parece que sim, física, química a história da astronimia, pena ter pouco acesso a livros. Gostava de tudo. o Primeiro livro que li foi O cortiço, de Aluizo de Azevedo. Teve um marcante de Gandhi, lindo o texto, seus ensinamentos.
Então passei a ter a convicção de que só estudando poderia alcançar algum objetivo, ser alguém, hoje tenho certeza. E então todas as tardes lia, enquanto mamãe e minhas irmãs tiravam a sesta estava em paz, pois quando acordavam e ligavam a tv pra ver novela, nossa como isso me desconcentrava o som da tv ou aquelas discursões de quem não quer fazer as lutas. E quando chegava um conhecido, abominava. rsrs, mas foi assim que passei as tardes de minha adolescência sempre cultivando o saber, e só a muito custo passei no vestibular em ciências biológicas.
Desde então, fui embora, nunca mais me balancei na minha cadeira de balanço.
Mamãe fez modificação na área.
tudo mudou por lá e por cá também.
mas deixou muito desejo de aprender, de vencer.
sirvo pra contar a história.

segunda-feira, 1 de março de 2010


Como botânico o que me preocupa no mundo? a biodiversidade?

Confesso que nunca tive uma opimião formada sobre biodiversidade, para mim, o que me dar mais prazer é saber o nome de uma planta. Aparece fulando no laboratório com uma planta desconhecida. Repentinamente vinha a mim, aquela curiosidade. O que será isso? Bem analiso os caracteres, folhas simples ou compostas? simples. Oposta ou alterna? alterna. corola unida ou separada? unida. ovário infero ou supero? súpero. anteras poricidas ou rimosas? rimosas. hum pode ser solanaceae ou Convolvulaceae! vamos ver mais. corola tubulosa ou rotaceae? tubulosa. Um é da família convolvulaceae. Muito bem agora vamos ver o gênero. Como é o estigma dessa danada? globoso ou bifido. globoso, pronto é uma Ipomoeae. vamos consultar a tese da Bianchini. Folhas inteiras ou bipartida? bipartida. flores rosa ou rubra? rubra. já sei tá aqui Ipomoea quamoclit L.
Identificava planta, como um farmacéutico vai a pratileira e pega um remédio e vende ao cliente, não me interessava.
Depois de identificada, dou continuação ao que estava fazendo. Isso me dar um prazer!!! quase orgástico. Não tem idéia de que constituem a curiosidade de um taxonomista.
Bem toda essa historinha é só para enteder, o meu contexto, o quanto estou despolitizado, pois pra mim só queria terminar a graduação, fazer um mestrado e um doutorado, e em seguida ser mais um professor.

Então algumas coisas me deixaram intrigado. Por que eu adorava ler livros de filosofia na graduação sempre namorei muito os clássicos.
E então no meu mestrado começei a expecular filosofia, lendo um livro aqui outro ali.
Quando percebi estava completamente apaixonado. Então parei pra pensar se o que estava fazendo na minha vida estava me fazendo feliz. A resposta é sim, mas como estaria contribuindo para o estado que banca todo meu estudo.
Muito pouco apenas muita coleta feita e uma miada publicação.
Na verdade estou percebendo quão filho da mãe estou sendo, quão egoísta.

Confesso que Como botânico o que me preocupa no mundo?
O que me preocupa um pais onde a educação tratada como descaso. Preocupa-me o que pode acontecer com nosso pais imerso em ignorância e ambição. Nossa biodiversidade está sendo trocado por pecuária, monocultura de café e cana, mata atlântica, soja e cana, cerrado. O que me preocupa é o descaso para com as lei ambiental que está na constituição e que não é comprida por falta de poder de polícia ou por cumplicidade das autoridades. Todos sabemos que 20% das propriedades devem ser preservadas, mas onde essas lei é cumprida? Tudo isso é queimado feito carvão, para fazer churrasco. alimentar a classe media, alta. Glutões filhos da puta.
Preocupa-me ver as herbáceas que não foram catalogadas, mas que foram extintas.

A biodiversidade não éproblema meu, mas sim problema nosso.


Já temos evidência que o planeta não poderá suportar tanta exploração.
Em menos de 3 meses tivemos 3 grandes catrastofes, o desmoronamento em Angra e os terremotos no Haiti e Chile.

a biodiversidade?


para o que estava acontecendo no mundo, pois tudo que sempre quis foi, fazer um mestrado, um doutorado, ter um título e ser um professor, ganhando relativamente bem sem muita preocupação com a vida.

tudo passa

Fim de tarde,
céu embrasado,
o sol está partindo,
no horizonte poente,
o sol vai indo calmamente,
saco da bolsa a câmera fotográfica,
e capturo esta imagem,
e retenho fora de minha mente,
o sol tangente,
os raios minguam entre os ramos das árvores secas.

O chão ainda morno se desfaz desse calor,
sopra o vento, e leva poeira ao ar.

As aves empuleiram,
as vacas ruminam deitadas,
já é quase noite,
sapos saem das tocas e vão em busca da luz, forragear besouros.
desponta no céu as primeiras estrelas.

Hora do ocaso,
nem é noite, nem dia,
canta avemaria, o velho motoradio,
na voz de Luiz Gonzaga.

Venha jantar...

da-se um tempinho, desligo o rádio e vou jantar.
Antes de começar a novela.

depois da janta sigo pra área,
sento na cadeira de balanço,
e fico a me balançar,
fico a matutar,

sobre o tempo,
o futuro, pois é no futuro que quero está.

Vem a minha mente,
um sonho de tudo poder consumir,
e me esqueço de consumir o que estou vivendo.

paz, família, minha vida.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

refletir

Fico me debatendo, questionando-me se estou no caminho certo.
Parte de mim diz que sim e a outra parte grita que sim, mas por que afinal já não emplaquei de cara no que quero fazer?
Não obtive resposta ainda?
Reflexão é o que me resta.

Caju

O sítio onde fui criado,
como era adorado,
frutas não faltava,
ceriguela, cajarana,
goiaba, pinha, mamão,
de inverno a verão.
Ah mas melhor fruta que dava,
era o caju.
o caju que nos salvava, pois sua safra,
além do fruto, dava castanha, renda da família.
Lá em casa cajueiros eram batizados com nomes.
Que eu me lembre tinha o cajueiro da porca, pois uma vez papai pôs uma porca morta nele; bem do lado tinha o bago de jaca, pois tinha frutos doces como jaca. Bem tinha o pimentinha cujos frutos eram pequenos e vermelhos,as vezes papai doava ela pra alguns de nós arrendarmos a safra. Tinha o abacaxi, pois tinha gosto de abacaxi.
Tinha o do curral que ficava no curral.
Tenho o mapa dos cajueiros de cajus mais doce gravado em minha mente.
doces tempos, que não voltam mais,
deixam eterna saudades.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Por do sol

Toda a tarde adoro ver o sol se pondo,

ele se vai, levando meu tempo, minha vida.

A cada por do sol, sacio meu desejo de ver o crepúsculo.

A cada por do sol, um vazio,

o ocaso me da frio,

mas passa até a noite chegar.

escrever

A pensamentos, quão difíceis de serem pescados; como são difíceis de serem expressados. Através das leituras podemos formular os nossos próprios pensamentos, mas não conseguimos expressar o que o outro quer dizer. Baseado no que compreendemos expressamos o que supomos ser a mensagem. Lendo colunas, em revistas, jornais ou blogs, percebemos quão fluídos e rápidos e dinâmicos são os pensamentos de quem os escrevem, estamos sempre tentando entender, algo que talvez nem mesmos quem escreve sabe explicar. Será se somos um monte de loucos tantando entender o mundo a partir do olhar dos outos, os colunistas no caso? Muitas vezes nem consigo digerir o que escrevem, pois mal acabo de ler uma coluna, já consigo encontrar um número infinito de artigos. É importante ler sempre mais, porém é preciso ser crítico, e buscar nessa crítica constuir um pensamento, mais sólido e acessível as pessoas.
É assim que se constrói o conhecimento, a partir da soma de pensamentos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh