sábado, 8 de fevereiro de 2014

Através da tarde

A tarde que passa
A tarde que passa ensolarada,
A brisa que passa pela janela aberta,
E me afaga,
A luz que da tarde que me revela as cores e as forma coisas,
E o que sinto agora é diferente do que sinto pela manhã ou pela noite.
Sensações que me fazem sentir pleno nesta hora.
Pensamentos que norteiam meu ser e minhas ideias
Pensamentos os quais conheço e por isso tenho que avalia-los sempre
Para não perder meu norte...
Consciência de mim,
Aquilo que também adormeceu em meu ser,
Após meu cochilo, parece adormecido em mim,
Nem parece que agora me constitui,
Parece o movimento que Sartre chama de consciência,
A consciência é nada,
Certos conhecimentos fazem parte de mim, mas que muitas vezes se fazem reticentes.
Agora, estou pleno...
Agora que ouço Bethoveen, o chiado das folhas de coqueiro e o canto da patativa e do sanhaçu...
Reconheço cada som a minha volta, as formas e as cores...
A parte isso, o que existe é um monólogo consciente do meu ser...
A tarde esse movimento que se desfaz para dar origem a noite,
É necessário nagar a se para da origem a si em plenitude sendo quem é.
Como a tarde, como a ignorância...
Como nada.

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