Distante no horizonte construiu-se um templo.
Uma construção tão robusta, sobre rochas sólidas,
sobre um lindo monte, construido pedra a pedra,
consumiu o suor e o trabalho de devotos homens.
E fez-se cultos dentro do sólido templo,
cuja maior parte do tempo fez-se vazio,
amplo e frio, poucos dias se enchia o átrio.
Ali se celebravam nascimentos, mortes,
batizados. Naquele ambiente vazio,
frio estátuas de santos e um crucificado,
cheiravam a fezes de morcegos.
Aquele templo onde tantos cresceram,
onde tantos sob um teto pela ultima
vez ficaram... Celebrava-se festa.
Agora está cada vez mais vazio,
as paredes em ruina, cada dia
mais vazia e fria.
No horizonte em cima do monte,
um templo foi plantado,
com o tempo esquecido,
o tempo foi consumido,
meus olhos veem o mundo como nunca visto,
vejo cada vez mais longe,
minha face se enruga,
minha testa aumenta cada vez mais.
Meus modos cada vez mais peculiares,
mais duros.
E foi olhando para o templo,
para o monte,
olhando para o horizonte,
que construi em minha mente,
meu mundo, minha ilusão.
Eu constui o meu templo no horizonte.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
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