Os passarinhos cantam
Ao fazerem seu ninho.
Um sanhaçu-de-coqueiro,
Uma corroía,
E o silêncio.
Até parece uma sinfonia.
Som e silêncio.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Os passarinhos cantam
Ao fazerem seu ninho.
Um sanhaçu-de-coqueiro,
Uma corroía,
E o silêncio.
Até parece uma sinfonia.
Som e silêncio.
Entre todas as flores,
Mamãe foi a mais bela.
Ela me teve,
Sou tão grato
Ao carinho e amor que ela me deu a vida toda.
Mamãe se pudesse escolher nascer 10 mil vezes,
Certamente, todas elas escolhia a ti.
A convivência não é fácil
E como o espelho da água
Às vezes, quando perturbado entorpecia os sentidos,
Mas logo voltava a bonança.
Hoje mamãe completaria 72 anos.
Os últimos anos de vida foram muito difíceis.
Muitas provações.
E Deus lhe deu o descanso eterno.
Minha flor mais bela...
Que saudades tenho de ti,
Mas Deus te tem nos braços.
Rogo que intercedas por mim junto a papai.
Estou aqui ouvindo patativas
Cantando...
Tanta coisa nos uniu além do cordão umbilical,
Além da vida,
Agora somos unidos pela alma.
Ás vezes, vem a minha mente imagens. Como fotografias dos lugares que vivi, mais precisamente de Serrinha do Canto em Serrinha dos Pintos. Como fotografia de paisagens. Às tardes, costumava sair para caminhar e me exercitar um pouco, de forma que acabava contemplando o por do sol. Contemplava o silêncio da tarde, o barro vermelho ou branco, a vegetação seca, o vento, a poeira formada nos caminhos misturadas com estrume. Sei que naqueles momentos fui pleno. Fui vivo. A parte uma consciência racional. Não pensava em nada, apenas contemplava. As vezes até me perdia em pensamentos... sentimentos de esperança de eternidade. Tudo se passava muito rápido. E por isso, será se era por isso que ficava gravado em minha mente? Não sei, nem imagino. Mas posso ver paisagens que não existem mais. Só fotografias em minha mente. Como o riacho arenoso do açude de Chico de Vicente Joana. Como o nosso sítio com os cajueiros favoritos. Como nosso cachorro de nome dog. Tenho um mapa geográfico de minha infância, uma âncora para não me perder como sujeito... Meus pais que tanto me alimentaram e amaram. Agora aparece apenas em fotografia, uma paisagem peculiar. Fecho os olhos e vejo papai sorrindo e contando suas historietas e mamãe sorrindo feliz ao menos por um instante.
São imagens, apenas imagens... a realidade é outra que um dia no passado se quer imaginei que seria assim tão boa... as realidades não se convergem numa única como o que sou agora e o que fui.
Assim são as coisas.
Aqui na mata,
Nesta manhã nublada,
As aves estão tão excitadas,
Gritando, chamando e cantando,
Maracanãs, Sanhaçus, Sanhaçus-de-coqueiro,
Patativas...
Que será que estão celebrando?
Até um bando de pacum corrochia.
Eu fico aqui de boa,
Matutando coisa atoa,
Contemplando a natureza.
E o que mais pode ser melhor?
No meio do verão paraibano,
Em pleno outubro,
Para nossa surpresa,
A manhã caiu nublada,
Neste momento a chuva chove calada,
Silenciosamente contemplo com os ouvidos
Tamanho espetáculo de som e frescor,
Até o chá quente é agradável.
As aves até estão contemplando a chuva,
Só um roxinó que vez por outra canta,
Dando maior melodia
A chuva doce que desfia,
Meus pensamentos estão aqui,
Intuitiva e imediatamente,
Lembro de papai e de mamãe,
De Vinícius,
Suspiro,
Trago o cheiro do chá.
Aqui e agora é plenitude,
Estou feliz.
Fiz um jardim pequeno
Pra plantar meu coração,
Junto a eles plantei flores
De diversas essências,
Colhi formas,
Colhi cores,
Colhi doces odores,
Borboletas e beija-flores,
Vieram até minhas flores,
Ficou tão belo meu jardim,
Que resolvi ficar assim,
Encantado.
Hoje conheci o tempo,
Com grande barba branca,
Nasceu em Guarabira,
Veio para João Pessoa na década 70.
O tempo é muito inteligente,
Toca no contorno da escola de música as 4:20h.
Ele me contou que morreu.
Morreu quando completou 50 anos,
Acordou numa cama,
Hoje o tempo falou que não tem tempo para certas coisas
Como as redes sociais.
Sábio o tempo.
Seu nome é Marinho.
Prazer seu marinho.
Encontro a paz no presente,
No aqui e no agora.
Encontro-me aqui.
Se me atenho a algo,
Capto uma parte deste algo.
Como o canto das aves que enfeitam a manhã.
Uso os ouvidos para obter matéria do pensar.
Um ferreiro-relógio estalou.
Tão lindo o bichinho,
Uma ave pequena de papo amarelo,
Dorso escuro,
Olhos claros...
Que importa.
Só ouço seu estalar.
Por vez, estou ouvindo uma patativa,
Estou ouvindo uma rixinó.
Tudo isso é tão belo.
Porque sou aqui e agora,
Sou uma consciência,
Amorfa.
Isso é tudo.
Amanheceu tão claro,
Tão lindo ver um dia com tanta energia,
Tanta luz,
O céu azul,
Os pássaros cantando muito ativos.
As plantas com folhas tão lustrosas.
A vida tão plena.
Que Deus nos proteja,
Nesse dia...
Que a alegria contagie a todos
Que a esperança esteja sempre presente em nossa vida.
A manhã passará,
Logo virá uma linda tarde.
Amém.
Setembro está partindo,
O verão chegou,
Ontem, à tarde ainda choveu.
Mas o verão já se declarou.
Muita luz,
Céu azul,
Vento.
As aves estão muito ativas,
Cantam desde o raiar do dia.
Cedo, as 4h da manhã a luz do sol já se difunde no céu pessoense.
Tenho vivido dias de bonança.
Agora mesmo...
Posso desfrutar do canto de uma patativa,
O chamado de um bem-ti-vi.
E de Mozart.
Tenho tido muitos pensamentos,
Mas bem a natureza me ajuda a me desfazer deles.
Dissolve-los sem o auxílio de um metabólito secundário vegetal.
Assim é.
Paz e amor no coração,
Com uma entidade
Seja ela qual for.
Amém.
Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...