segunda-feira, 6 de junho de 2022

Que se foi

 Aqui estou!

Aqui vim...

De onde não sei.

Nasci e fui muito amado pelos que me rodeavam.

Meu pai e minha mãe quanta sensibilidade

Ao me conduzir no que me transformei.

Ser e existir.

Espírito e matéria.

Esta luta constante que é viver.

Existir a condição de ser.

Ser a condição de aprender.

Às vezes, somos tomados por uma angustia profunda

Proveniente da incerteza da vida.

É preciso se segurar,

É preciso ser forte,

E vencer esse momento,

Para ver o vale é preciso subir a serra,

É preciso de vez buscar ver as coisas de outra maneira;

Tentar ver o todo.

O amor tudo supera,

A vida é uma totalidade

Casa fase uma particularidade...

Tempestades vem e passam...

Aqui estou.

Aqui vim.

Num seio amoroso...

Que se foi.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

A chuva

 Chove... chove... chove.

Dias de paz.

Dias de pais.

A chuva chovendo na mata

Que harmoniosa.

Contemplar a chuva,

Sem entender a natureza.

Contemplar a chuva.

Com ela quanta coisa boa não se sucede.

A vida germina das sementes,

Os sapos se reproduzem,

As plantas se reproduzem.

A terra fica receptiva.

Chuva é fonte de água,

A água é fonte de vida.

Quando se perturba a natureza,

A chuva se revolta,

A chuva é boa,

Os homens segregam,

Os homens egoístas que são

Tomam o recurso da terra,

Para si sem repartir com o irmão.

Irmão pobre,

Faz o que pode para sobreviver,

Vive onde pode.

Não é culpa da chuva a desgraça.

A chuva é fonte de graça.

O mundo é bom e tudo nos dá.

O homem pobre de espírito

Tudo quer

E tira do irmão

Não compartilha com o irmão.

Depois coloca culpa na natureza.

De onde eu vim.

Chuva é sinônimo de alegria,

Felicidade...

Chega a gente se emociona 

Quando começa a chover.

A chuva é um elo que liga a nossa memória...

Vi no olhar de meus pais

Que viu no olhar dos pais deles...

Essa corrente de esperança

Que com a chuva

Tudo melhora.

É bom olhar para trás

E não ver só o agora.

Para se entender como gente.

A chuva tem força de gerar até um pensamento

Um pensamento bom.


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Chopin

 Saudade que nunca passa!

Saudade eterna.

Do momento presente,

Do olhar,

Do carinho,

Do riso amigo,

Do afago!

Saudade eterna poesia.

Restam apenas memórias.

Tudo se desfez como se fez,

Do nada e para o nada.

O sol nasceu pela manhã

Sob nossas cabeças tantas vezes,

E a lua nasceu a noite conosco a contemplar.

No presente tudo parece eterno...

Mas se desfaz no ar.

Saudades... só de pensar.

Que partiu...

Partiu...

Onde estarão meus pais e avós.

Onde estarão.

Um a um todos se foram.

Um a um todos se foram.


quarta-feira, 1 de junho de 2022

Que linda que é a vida

 Aqui.

Sentado na minha sala,

Neste início de manhã,

Primeiro de junho.

Mês de festas juninas.

Paro um pouco para ouvir a natureza.

A chuva chovendo a cantar.

Cada lugar um canto diferente.

A proximidade da mata me permite ouvir 

Os pingos da chuva se chocando com as folhas 

Molhando-as e escorrendo em gotas

Que se precipitam e se prostram sobre o sol.

Pic, pic, pic... pic.

Na mata ao lado parece haver uma assembleia

De aves frugívoras

Sanhaçus de palmeira, sanhaçus e patativas.

Ali estão no alto da copa da sucupira.

O sol dá as caras e a luz lambe o telhado e as paredes úmidas.

E como sempre me perco neste universo,

objetivo/ subjetivo...

Um sabiá piou agora, perto.

Até vejo, muitas vezes quando pia balança o rabinho.

Longe piou um bem-ti-vi...

Pi, pi, pi, piiiii.

Meu Deus que linda que é a vida...

terça-feira, 31 de maio de 2022

Patativa

 Patativa, patativa, cambacica...

Sedes tu pequenininha,

Sedes tu pequenininha,

Quando cantas tu fazes uma dança,

Canta se requebrando,

Canta da esquerda para a direita,

Canta da direita para a esquerda.

Se biquinho a cantar,

Parece agulha a tecer,

Tão fininho seu biquinho,

Tão fininho seu biquinho,

Teus pesinhos bonitinhos,

Com unhas afiadas,

Saltita,

Para e dança a cantar...

Essa sua cabecinha

Com sobrancelha alvinha,

Essa linda barriga amarelinha,

Tão amarela quanto flor de alamanda,

Esse seu dorso cinzento,

Tão cinzento quanto a tarde caindo.

Canta... dança...

Que minha alma se regozija,

E vai longe na memória...

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Passeio dominical.

 Estes dias tem sido frio.

Não sou muito chegado ao frio.

Ontem, aproveitamos o dia de sol para ir ao zoológico.

Vinícius adora,

Ou nós adoramos.

É muito bom sair de casa.

Dirijo e a gente desparece.

A gente foi pela quinta vez com o Vinícius, mas é sempre bom rever as coisas

E aprender...

Aprendi outra vez o nome de uma coruja murucututu.

Ontem aprendi o nome de um gavião curucuturi.

Ah!

Vinícius vibra...

Viu as aves de rapina,

As aves aquáticas,

Os peixes, tilapia e 

Vimos as serpentes aglifas (jiboia, piton, sucuri) e solenoglifas (Cascável, jararaca).

Vimos os psitacideos (arara vermelha, azul, azul e amarela, maracanã, jandaia).

Vimos os quelônios (tartaruga da amazônia, cagado, jabuti)...

O jacaré...

Os mamíferos (macaco bigio, quati, furão)...

Vimos os predadores (leão e onça).

Vinicius andou nas cordas da casinha.

Montou na onda, no jacaré.

Amou a palavra gurila falou umas 501 vezes...

Sentou no elefante e...

Acabou que já está reconhecendo a saída.

Chorou quando saímos, mas acabou ganhando um catavendo.

No carro, mamou, mas não dormiu por conta do catavento.


sexta-feira, 27 de maio de 2022

Variações climáticas

 O dia nasceu ensolarado,

As rochas do calcamento até se aqueceram,

Deu para ver a luz através da biotita das rochas graníticas.

Dia de sol...

Até que a atmosfera resolve mudar o curso de tudo.

De repente vem a chuva,

Vem o vento,

E a água escorrendo num barulho.

Uma hora depois o sol voltou a brilhar.

Rotina

 Chego a universidade,

Ainda é cedinho por volta de 6:30h.

Após uma pequena agitação no trânsito,

Cruzo o portão do Centro de Tecnologia.

Sinto-me em casa.

Os jardins, o buracos no asfalto, as lombadas, a rotatória do CCJ.

Sigo observando os ipês amarelos, os ficus.

O juazeiro do bolo de noiva, que árvore linda.

Faz sempre me remeter a Rita Baltazar minha amada amiga.

Tão delicada, amiga... a ética viva.

Depois estaciono.

Paro o carro,

Fecho as janelas.

Ouço o silêncio.

Organizo as coisas, fecho o carro e saio caminhando via calçada.

Contemplo a mata...

Dobro a esquina da do prédio da química.

Vejo em minha mente... 

Adeíldo em pé fumando e pensando sabe lá o que...

Dias estava simpático...

Dias estava fechado.

Aprendi a conviver e amei aprender fisiologia com ele.

Depois caminhando vejo o tanque de Cristina Crispim...

A água verde.

Hoje para minha surpresa na burra leiteira

Havia um gaturamo cantando.

Entro no corredor e vejo a sala de Rivete aberta,

A sala de Felipe encostada,

E Alexandre entrando.

Entro na minha sala e me sinto bem com o aroma de um difusor que comprei.

Paro!

Abro a janela,

Sento e penso um pouco.

A vida segue.


quinta-feira, 26 de maio de 2022

Curso

 Hoje está o inverso de ontem.

O sol brilha pleno.

Entretanto, faz frio.

É silêncio.

Exceto o som das máquinas.

A natureza está calma.

Viva pela luz.

Quinta-feira, neste dia mamãe fazia diálise.

Certos dias dei aula.

Certos pensamentos me deixam tristes.

Bem, bem.

A sinfonia voltou lá fora da minha sala.

Uma ariramba cantou, 

Uma rixinó cantou,

Saíras piam,

Um beija-flor.

Fi. fi. fi. fiiiiiiiiiiiiii

As arirambas tem bicos longos de beija-flor,

Nunca vi nenhuma aqui.

Só vi lá em Martins no Rio Grande do Norte.

Um ferreirinho relógio estala...

Conhecia como tiriti.

Ave pequena de papo amarelo.

A ariramba está contente, cantando muito.

O vento voltou.

Vou voltar a vida,

Vou voltar e continuar a manhã.


quarta-feira, 25 de maio de 2022

Crescimento matinal

 A manhã vai crescendo.

Primeiro foi a harmoniosa sinfonia da chuva.

Segundo o silêncio,

Terceiro e último a sinfonia dos pássaros.

São duas espécies que estão musicando.

Uma é a patativa e duas é o sanhaçu.

Cantam seus cantos de diferentes ritmos e frequência,

Porém complementares.

Pena que não tenho a arte de um praticante de ioga que consegue ouvir o pulsar das artérias,

Pela janela aberta entra a brisa silenciosa,

E mosquitos que só percebi pela visão.

Sou quase todo mente.

Absorvido em meus pensamentos.

Que muito mais me perturbam que me acalmam.

Ou serão minhas memórias...

A mente da gente é um verdadeiro caos.

O mundo externo nos permite conhecer,

Todavia nossa mente, assim como nosso espírito é por demais desconhecido,

Ou difícil de se organizar, classificar... conhecer.

Olho através da janela transparente de vidro,

Vejo as colunas do prédio,

A coluna formada pelo tronco das árvores.

Que interessante, natureza viva e inanimada.

Busco encontrar algo nessa observação.

Nada que vejo me agrada ou da inicio a um pensamento.

Geometria talvez.

O som me impressiona, mas não.

Ouço o gotejar, os pingos se precipitando sobre o chão, talvez sobre um sólido.

Nada... nada.

A brisa acelera a queda dos pingos.

A hora perturba minhas ideias.

Sigo adiante,

Enquanto a manhã cresce.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh