O marmeleiro,
O velame,
O pinhão brabo,
A maniçoba,
A urtiga,
A favela,
A burra leiteira,
São todas euforbiáceas
Seus nomes esquisitos
São todos muito bonitos,
Croton blanchetianus,
Croton heliotropifolius,
Jatropha molissima,
Manihot cartaginensis,
Cnidosculos urens,
Cnidoscolus quercifolius,
Sapium glandulosum,
Palavra de origem grega ou latinizada,
Para quem se importa na ciência,
Para quem quer conhecer,
Sabedoria de academia,
Sabedoria da vida,
Só com sua morfologia,
Se constrói uma poesia,
Arbustivas ou arbóreas,
Estípulas se fazem presente,
Seus ramos são perfumados,
Com tricomas dourados,
Ou glabros com glândulas presente,
Folhas simples, inteira ou lobada,
Concolores ou discolores,
Finas e peludas,
Tem filotaxia alterna,
Com folhas arranjadas em espiral,
Tem forte odor,
Tem leite com e sem cor,
As inflorescências cimosas ou racemosas
Com flores são unissexuais,
Seu fruto é tricoca,
Para a rima tome taboca,
Tem semente dura
De testa marmorada,
Tem carúncula para ser por formiga levada.
Nesse poema tudo se inclui,
Conhecimento é a base de tudo,
Marmeleiro de madeira mole e perfumada,
Quanto queima tem fogo vivo e aromatizado,
Velame de corpo velado,
Que odor mais perfumado,
O pinhão point do sertão,
Não tem verruga que não caia,
Tejo usa seu veneno pra vencer a cascavel,
A maniçoba prima da macaxeira,
Cede sua madeira para fazer colher de pau,
Mas cuidado mata gado se comer as folhas quentes,
Cianetos estão presentes.
Tem a peste da cansanção,
Que queima e arde como o cão,
Tem a faveleira, na bahia chamam de cocão.
Tem a burra leiteira,
Planta arbórea das serras,
De madeira alvinha,
Não sei pra que serve não.
Chega de alucinação,
Botânica não é brincadeira,
É cultura de academia e saber popular,
Respeite os mateiros, poetas e artesões,
E construa um maior conhecimento,
As euforbiáceas de caatinga aqui te apresento.