sexta-feira, 27 de julho de 2018

Notícia

    O grupo de watssap da família Queiroz anunciou mais um assassinato em Serrinha.
    Como se tornou comum seria apenas mais um se não conhecesse a vítima. 
   Minha atenção foi tomada, pois se tratava de uma pessoa de meu convívio. Embora nunca tenha trocado uma palavra, o conhecia de vista assim como sua família dele, ou seja, faz parte de minha história e isso é importante.
   Na época que o conheci por circunstâncias de proximidade de espaço, pois morava na rua da Câmara municipal que ainda era de barro, por se tratar de uma rua nova feita pelo seu Elaide.
    Naquele tempo, estudava a sétima série numa sala da escola José Francisco da Silva que até mudou de nome. Lembro de ficar observando pela janela, pois achava as aulas muito monótonas, apesar de todo o esforço. A única distração que restava era olhar pela janela os movimentos da casa.
    Sei que era natural das Lages, seu filho nasceu após a copa de 1994 por isso se chamou de Romário. Era uma pessoa alta, magra, galego e só andava a mais de 80 km.
Deve fazer mais de 15 anos que não tinha notícias. Infelizmente, receber essa notícia é triste.
      As memórias continuam adormecidas, este fato mostra que só precisamos de mecanismo de resgate da memória. 
    Como complemento, a perca por meio de um assassinato, nos amedronta, seja lá quem o matou tem motivos que nunca serão revelados. Na maior parte das vezes, são motivos irracionais, dívidas? acerto de contas? Sabe lá.
A vida perdeu muito o valor ultimamente.





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