Em algum lugar de Martins em 1980 meus avós e tios que já partiram se encontravam muito vivos. O que possivelmente estariam fazendo é uma incógnita, pois nada foi registrado e se perderam as referências, todavia alguns deles, com certeza meus avós Chico e Chica; Sinhá e José estavam celebrando o domingo. Incertos de suas sinas.
Esperavam o almoço enquanto conversavam ou matutavam na vida ou nos problemas. Talvez ouviam um rádio e comentavam as notícias, porém tudo foi perdido e assim está e continuará.
Suas histórias desgastadas de repetição, seus conceitos infantis consolidados, seus corpos cansados e suas ambições e impressões do mundo e aquilo que foi possível de compreender.
Hoje, agora, penso sobre tudo isso. E vem uma reflexão se e quanto evoluí?
Aqui estou esperando o almoço e matutando sobre a vida.
Não há maneira de viver diferente ou há? Será tudo uma ilusão?
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