quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Flor do campo

Flor que nasceu no campo,
ao sol sempre riu,
quando ti vi, tímido
riso me cumprimentou,
a brisa suave suas pétalas
balançou, sorri para ti,
sorri por dentro.

Flor do campo singela,
toda bela,
por dentro e por fora,
rir a qualquer hora
e como sol,
como a lua
estás sempre a minha vista,
ilumina meu dia,
me enche da alegria,

flor do campo que doce seu odor,
que linda sua cor,
sinto sua falta singela flor,
já não é silvestre,
se perdeu no mundo,
flor me perdi do seu mundo,

nos desencontramos
e não nos buscamos,
e agora?

Que fazer querida flor
se ainda resta amor,
se ainda resta algum amor,

que fazer rosa,
se o seu mundo está tão diferente do meu,
se estais mais sensível,
se estou invisível,

Se nada em mim te importa,
se achei que estava sendo demais,
flor do campo,
cadê seu encanto,
acabamos num desencontro,

descarna a alma,
o que nos resta sofrer?
Superar, ou deixar morrer?

Estamos cansados,
da ausência de luz entre nós,
olho as murrayas as flores já cairam,
assim como as flores de espatódeas,
de jasmim, de magnólia,

Ainda restam as quaresmeiras,
as Odontonemia,
ainda tem flor perto de ti,
no nosso jardim?

Queria que sim,
mas senão a vida continua,
pois a vida é contínua,
continuarás flor,
e eu continuo
dor.

Um comentário:

  1. Nossa... que lindo!!!
    Engraço como é nas horas de sofrimentos que escrevemos as coisas mais bonitas!

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