segunda-feira, 5 de junho de 2023

Agradável

 Ontem, domingo, fomos a praia.

A maré estava baixa, de forma que pudemos aproveitar melhor o mar e a praia.

Catamos conchinhas e rochinhas.

Fizemos uma piscina gostosa.

O sol não estava o tempo todo a vista,

O estado meio nublado fez a gente

Até se esquecer da manhã.

Tomamos um belo banho de chuveiro 

Com sabor de ferro no chuveiro 

Do tubarão bar.

Assim, foi uma manhã feliz.

05.06.2023

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Como nossas mães

 Hoje, 31 de maio, mês das mães que se encerra, fecha assim bonito.

Dia ensolarado,

Céu azul.

A mata viçosa com a água da chuva que choveu essa semana.

Quarta-feira é um dia bom.

E assim se encerra o mês de maio.

Tão harmonioso.

Tão belo como nossas mães.

Como nossas mães.

Vervilha em mim

 Ontem um casal de tetel cantou no ar do campus.

Rapidamente me arremeti a Serrinha do Canto,

Literalmente meu canto.

Memórias vivas em mim.

Papai, mamãe,

Dogue, o burro

E o nosso sítio.

terça-feira, 30 de maio de 2023

Trabalhar

 Hoje o dia está azul,

Nem parece que choveu,

O sol está a pino,

A manhã bem arejada,

Nem parece,

Mas ontem tanto choveu,

O dia todo a respingar,

Agora...

Aqui me movimentando,

Matutando na vida.

É hora de parar e trabalhar.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Chovida

 A chuva chegou hoje,

Numa deliciosa manhã de segunda-feira,

Perceber a chuva chovendo,

Ouvi-la cantando com as árvores,

Sentir seu aroma,

Seu frio.

Até acendi uma vela para São Pedro.

Que está chegando.

Essa semana,

Maio se entrega a Junho.

Fernanda minha aroeira está chovida.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

O momento

 Hoje, de madrugada, percebi que as aves andam silenciosas.

Um galo cantou,

Não mais de um.

De resto era escuro.

A aurora veio devagar,

O céu peneirado de estrelas me fez parar por um instante e contemplar uma estrela no nascente.

Olhar o céu é ver o passado.

Literalmente olhar para o passado.

Lembranças.

Lembranças.

Voltei, deitei na rede e fui orar.


quinta-feira, 25 de maio de 2023

Por Silvando Teixeira

"Rubens Teixeira - Quando cruzei com Rubens pela primeira vez, tive uma impressão algo singela sua: seu jeitão matuto, monossilábico, desconfiado causou-me compaixão: tive a visão lírico-fantasmagórica de que ele iria atear fogo numa coivara imaginária bem ali mesmo na minha frente e invocar os deuses todos da Caatinga, enquanto rodopiava nas labaredas, tão certo quanto os homens mais primitivos de nossa ancestralidade. Digo isso em tom jocoso, sem nenhum menosprezo por esse rapaz cujo sobrenome tem meu parentesco. Somos Teixeira, e talvez ele nem tenha se dado conta disso até hoje. O fato é que Rubens e eu tornamo-nos amigos. Nunca compartilhamos a mesma cela da República Universitária, mas quase amiúde cruzávamos pelos caminhos do Campus, frequentemente almoçávamos ou jantávamos juntos no restaurante universitário, de quando em vez tomávamos café na cozinha da Residência e púnhamos as fofocas em dia (entre parênteses, Rubens sempre gostou de amenidades do tipo coluna social), e, uma vez ou outra, fazíamos a trilha do Parque das Dunas. Ele muito mais interessado em colher garranchos e gravetos pras suas pesquisas científicas, eu apenas pela magia literária da mata e dos amigos. Mas nunca se nos deparamos com nenhum Saci Pererê ou Caipora, pra decepção minha.




Alguns anos se passaram, ele segue carreira acadêmica em São Paulo, mas foge do estereótipo dos que dizem que o homem é o meio. Digo melhor: Rubens continua com aquele sabor de mel de engenho, aquele terno escoamento de caboclo do interior, com o mesmo vulgar palavreado açucarado pela garapa do meio-dia, a mesma musicalidade de ponche de laranja adoçado pelo sacolejo da avó, e os mesmos trejeitos saltimbancos e maltrapilhos do sertanejo. É claro que ganhou um verniz na superfície que é mais fruto da academia e dos livros soltos que vem lendo do que mesmo do que chamam de civilização cosmopolita. O fato de viver debaixo de arranha-céus e sob cortinas de fumaça não o tornou nem um pouco provinciano. Digo provinciano, sim, porquanto provincianos são os outros: os que vão pro Sul do país e chegam bufando sotaques e maneirismos de fancaria. Vem-me à lembrança em slow motion aquele sujeito que me escreveu certa feita dizendo-se envergonhado do seu sotaque na Corte. O jeca se sentia discriminado. O homem é a mensagem.




Dia desses, num desses acasos geniais que só servem pra nos arrebatar do torpor mecânico da nossa vidinha glacial, autômata e suburbana, vou eu atravessando na bicicleta a ponte-tomara-que-caia da minha cidade, sete horas da manhã, pro trabalho, com quem me deparo?! Não quis acreditar, num átimo disse-me que aquele era uma cópia perfeita dum outro Rubens, por erro de cálculo divino de fabricação em série, um plural como o próprio antropônimo, quando ele veio, pra decepção de minha quase crença em Deus, veio em minha direção de braços abertos. Era Rubens, em frente e verso e prosa. Acho que trazia uma mala, ou um alforje, ou algo parecido, já posso imaginar – cheia de poções mágicas, tubos de ensaios, barbitúricos, pepitas, palhetas etc. etc. Duas décadas atrás, e ali dentro estariam algumas pedrinhas e uma baladeira para caçar rolinhas. Rubens está cada vez mais bruxo de laboratório. Em suas viagens, pesquisa plantas, ervas, alucinógenos, arbustos, subarbustos, leguminosas, raízes, folhas secas, chás, espinhos, carrapichos, o escambau. Uma arte pra feiticeiros. Acho que ainda vai fazer chover. Suas andanças lembram Charles Darwin. Há toda uma religiosidade em suas relações científicas com as plantas e a natureza de modo geral.




E talvez ele já tenha feito a grande descoberta: a de que sabe mais da natureza, de sua fauna e flora, do que de si mesmo. Afinal estamos condenados eternamente a sermos estranhos de nós mesmos, almocreves dos nossos rastros e caixeiros viajantes da própria réstia. Estrangeiros ou apátridas em seu próprio país. Só sabemos de nós o que os outros nos dizem aos bocados, das migalhas vãs que caem aos côvados de má-fama, quando nem os outros se compreendem a si, quando somente fazem nos confundir ainda mais. E é nessa enganação de nós mesmos que somos mais atores atabalhoados do que espectadores perspicazes de nossa própria imcompreensão. Eternos solitários imcompreendidos. Como no cenário do poeta, onde tudo é sozinho: o mar é só, a montanha é só, o poente é só, ainda mais sós é a lua e a estrada longínqua que caminha léguas infindas de seu próprio caminhar; e mesmo nós na companhia íntima de alguém sempre estaremos sozinhos, na solidão trêmula de um mais estranho que nós.




O fato é que matamos a saudade até alta noite, eu, ele e a companhia plástica e agradável de outro amigo de faculdade, Aníbal. O papo foi bom, ameno, corriqueiro, frouxo. A noite fria do Sertão aconchegava os nossos sons e risos. Curtos silêncios, quase despercebidos pela graça infantil da criança de Aníbal e as notícias que vinham sorrateiras e entrecortadas da tevê próxima. Quando olhares se cruzavam, talvez lá no fundo o medo de que seguíamos já não tão moços assim. Alegres e joviais, até quando? O certo é que éramos cúmplices das nossas próprias incertezas. Solitários os três ali, na multidão de vários ou de um só – sempre estranhos.




S de A.




Caicó, 13 de junho de 2009"

Em maio

 Chove e faz sol.

Chora e sorrir.

Essa é João Pessoa,

Essa é Filipeia,

É, foi, será...

Estou aqui apenas retratando o agora.

Estou aqui sendo.

Em um maio de 2023.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

terça-feira, 23 de maio de 2023

Vento Pulsando

 Amanheceu belo.

Céu azul,

Porém venta um vento frio.

Agradável.

Fernanda está ali fora dançando.

As maracanãs voam sobre a mata aos bandos.

Dá para ouvir as aves cantando,

Dá para sentir o vento pulsando.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Um pensamento

 Observar o mundo é tão bom.

Poder enxergar,

Poder despertar,

Poder perceber o mundo em minúcias,

Poder perceber o mundo em sua grandiosidade.

Contemplar o mar,

Contemplar o céu,

Ouvir a chuva em harmonia.

Como estamos preparados perante o mundo.

Perante o trágico.

O mundo.

O que é o mundo?

O que é o ser?


terça-feira, 16 de maio de 2023

Ser

 Dias se passam, semanas, meses, anos.

A gente pensando o nosso entorno.

Pensando nossas relações.

A gente pensando o que nos afeta.

Que tal o silêncio.

Ouvir a consciência?

Que tal ouvir a natureza.

Minha ansiedade diz o que fazer.

Minha mente decide o que fazer.

Ser livre e minha vontade,

Do meu ego.

Ser.

É algo tão difícil.

Porém possível.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

E o tempo

 Dia das mães sem a mamãe.

A gente passou em família.

Tive muita saudade que guardei para mim.

Expressei no facebook.

Falei com um ou com outro.

Assim foi.

Segundo ano sem mamãe no dia das mães.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Fernanda

A aroeira fernanda da minha janela, está  calma.

Foi podada, mas já está linda fazendo uma sombra maravilhosa.

Nossa como gosto de pensar vendo fernanda.

As vezes aparece uns pássaros para visitá-la

Sanhaçus, ferreiro-relogueiro, corroíra e sabiá.

Está calma.

Eita. Começou a neblinar.

Bom dia. fernanda.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Pensamento

 Fomos a cidade de Natal.

Vinicius adorou porque brincou com a Giovana,

Porque conheceu o bosque dos namorados.

Brincou tanto que à tarde apagou.

Nem ouviu um pio.

Enquanto isso visitamos um tio.

A noite logo caiu.

Encontrei com os amigos a noite.

Tantas memórias.

As coisas aconteceram e ainda estão se conectando em minha mente.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Adeus amiga

 Coincidentemente esta semana está sendo densa. Tensa.

Perdi duas grandes referências de minha infância.

Um primo e uma amiga.

Coincidentemente era da mesma comunidade.

Coincidentemente partiram na mesma semana.

Mazildo se foi no dia 1 e, ontem, 04 de maio de 2023

Partiu minha amiga Lourdes.

Lourdes ou Lurde de Mundinho como era conhecida.

Foi agente de saúde.

Tive a alegria e o prazer de trabalhar com ela entre os anos de 1998 e 2000,

Na secretaria de Saúde de Serrinha dos Pintos.

A secretária era Maria do Socorro, a enfermeira era Lívia Martins, Médico Dr. Francisco Martins, irmão de Lívia.

Eu fazia a estatística do mês da produtividade dos agentes.

Lurdes era um amor.

Não sei como conseguia trabalhar e criar uma família tão grande.

Lurdes era uma amiga da família.

Uma amiga nossa do Peito.


quinta-feira, 4 de maio de 2023

Educar

 Deus me deu um presente precioso demais.

Meu filho.

A coisa mais preciosa para mim.

Deus deu um filho para aqueles que o fizeram.

É preciso cuidar e respeitar a todos.

Todos são filhos preciosos.

Vamos educar.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Sanhaçu azul

 Venho percebendo o canto dos sanhaçus azuis,

É aqui em casa, nos Bancários, João Pessoa,

Sei que eles existem, mas em menor população que os sanhaçus-verdes,

Aqueles de coqueiro,

Pois bem.

Vieram cedo do lado.

Chupar manga espada.

E cantar.

Sanhaçu-azul me faz lembrar mamãe.

Coisa boa.

Coisa boa.

R. Queiroz

J.P. 03.05.23

Maracanãs

 Verde o juazeiro ocultava as  maracanãs que comiam seus frutos.

Percebi por acaso.

Um voo desleixado de uma linda ave.

Os meninos que estavam ali conversando,

Pareciam já saber da beleza que me espantou.

Continuaram conversando,

Como se já soubessem.

Fiquei maravilhado.

Rubens Queiroz.

UFPB 02.maio. 2023

terça-feira, 25 de abril de 2023

Chuva de Abril

 Amanheceu nublado,

Muito nublado,

Escuro.

Cadê o sol?

Caiu uma chuva grande,

Deixou tudo alagado.

Aqui.

Só apreciei o som da chuva,

A água escorrendo.

Acendi uma vela

Para ver parte do sol

Amarelo.

Ouvi o trovão.

Agora a chuva calmamente se despede.

As Árvores estão sorridentes.

Felizes com o canto e a dança da chuva.

Chuva de abril.


segunda-feira, 24 de abril de 2023

Sem palavras

 Ontem, domingo.

Senti uma saudade imensa de minha mãe.

Pensando como ela agiria vendo Vinícius tão astucioso.

Mamãe,

Que saudade!

Que falta nos faz.

Está em Deus,

Está na paz.

sexta-feira, 21 de abril de 2023

 Com Vinícius a vida ficou muito agitada,

Cheia de vida e de alegria,

Mas para isso é preciso energia,

É preciso está pleno.

No silêncio da manhã.

Olhei através da janela,

Até parece que estava dormindo.

Numa mais tinha contemplado o exterior de nossa casa, só.

Lembranças.

Saudades não.

Saudades daquilo que nos falta.

Nada falta.

Tudo é como deve ser.

Achei ótimo tudo isso, mas só.


quinta-feira, 20 de abril de 2023

Poema do despertar

 É madrugada,

Acordei com a beleza 

Do cantar do cabeça vermelho

Estralando de alegria

Com o raiar do novo dia,

Oh, que sonora doce poesia

Serrinha dos Pintos 13.abr. 2023

Eternidade

 Já estou bem acordado

E pouco incomodado,

A noite que se acaba,

E o dia que logo vem,


Está escuro e tudo calado,

Só os grilos a grilar,


As sombras frias da noite, o rato no teto,

A vaca mugindo incomodada,

A ausência de luz 

Que não tarda a chegar,


Meu são Francisco de Assis,

Meu arcanjo Miguel,

Meu arcanjo Rafael,

Meu arcanjo Gabriel,


Ouçam minha oração,


Aqui nessa casa velha companheira,


Por papai levantada,

E muita vida nela morada,

Infância, adolescência e juventude,


Aqui velei papai e mamãe,


Aqui cresci a sonhar,

Aqui quis deixar de morar,


Pelas noites mau dormidas,

Noites longas e sofridas,

Como mamãe a gemer e a chorar e papai a se preocupar.


O que é a vida?


O que é a vida?


Minha casa querida,


Aqui tanta descobertas vivi 


O primeiro chiclete,

O primeiro livro,

A primeira televisão,


As primeiras paixões,


Tanta coisa esperei,

Casinha doce e bela

De todas cores já pintadas,

De rosa, azul, verde e amarela,


Minha casinha simples e bela,


Na frente quanto habitamos onde café doce nós tomamos,

Nas tardes a conversar,

A ver gente a passar,


E a noite ocupar suas salas e quartos,


Para na manhã ao levantar a cozinha ocupar,

E comer até encher

A barriga e a alma de maravilhosa satisfação.


A noite está acabando,

O galo até anunciou

Quando cedo cantou,


Quem não para é o grilo,

Que grila grila a grilar,

Que frequência mais agitadas

Cadenciando a noite inteira, da primeira a derradeira,


As aves estão cantando,

As aves estão cantando,

Cabeça vermelho e furra barreira...


Meu Deus que maravilha é essa a vida.


Que graça sempre hei de agradecer,

Jesus Cristo, amada Maria, são Francisco de Assis.


Nomes doces em minha boca, vivos em minha alma...


A noite está no fim


E o mistério vai a eternidade...


Só Deus pode me revelar


Por enquanto me deixe aqui,

Obrigado por minha família, meus pais, minhas irmãs e irmãos,

Sobrinhas e sobrinhos,

Minha mulher e meu filho.


A luz chegou tímida, mas meu corpo já desperta

Para Deus agora vou orar.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Tudo

 Não sabemos por que estamos aqui.

Não sabemos quem somos.

Estamos aqui,

Somos.

Isto é tudo.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Sexta-feira

 Ontem aqui, olhando para a árvore fernanda,

Chovia.

Acendi uma vela querendo a luz do sol.

Hoje, Hélios o sol brilha intensamente.

As aves estão numa felicidade.

Na chegada,

Encontrei os meninos:

Edson, Josenildo e Marcos.

Estavam poimando.

Uma fumaça de cigarro assanhava a luz da manhã.

Rimos juntos.

Edson ficou de trazer umas sementes de Tevertia.

Bom fui embora.

Encontrei seu Antônio e Seu Maciel.

A manhã é perfeita.

Ah!

Antes o estacionamento estaria cheio de gente varrendo,

Com a nova empresa.

Uh!

Não temos mais.

É isso.

quinta-feira, 16 de março de 2023

Chuva

 Agora,

A chuva chove.

Agora sou chuva,

Agora a chuva canta,

É tão gostoso o canto da chuva,

Agora o céu é abraçado pela terra,

Agora, pingos se radicam no solo,

Solo que os abraça,

Solo que os absorve,

Agora o acalenta,

Até que a chuva o lave,

Até que a chuva o sirva,

Agora chove,

Mas não é qualquer chuva,

É uma chuva impar,

Como cada um de nós,

É uma chuva com tudo de chuva,

Mas com uma individualidade do aqui e agora.

Até que venha a surgir,

Até que venha surgir,

Já não é.

Porque a chuva é efêmera,

A chuva é movimento,

A chuva é natureza,

A chuva é gás,

A chuva é líquida,

A chuva é ar,

A chuva é água,

A chuva é esperança,

A chuva é desespero,

A chuva é sentimento,

A chuva é Chopin,

A chuva é Cervantes,

A chuva é Picasso,

A chuva é fertilidade,

A chuva é bondade,

A chuva é amor,

A chuva é divina,

Aqui e agora,

Espaço e tempo,

Ying e Yang,

A chuva.

Que contemplo,

Reflete o meu estado de ser.



quinta-feira, 2 de março de 2023

Manhã

 Graças dou a Deus soberano,

Que tudo criou,

Que tudo me deu,

Uma família,

Um lar,

Um nome,

Uma esposa,

Um filho,

Irmãos e sobrinhos,

Me deu uma mente para filtrar 

Tudo que no mundo há,

A luz para tudo desvendar,

Som para apreciar o canto das aves,

Quando muito para ser feliz 

Ao ouvir músicos tocar,

Paciência para aceitar

As coisas que me acontece,

Todos os dias.

Deus Grandioso,

Muito obrigado,

Por tudo,

Aqui fora,

Na aroeira, Canta doce o sabiá, a rixinó e o sanhaçu.

Ouço alegremente Mozart,

O sol nem apareceu,

Só nuvens aqui agora há,

A chuva ora vem, ora vai,

Que milagre é tudo isso,

A vida,

A consciência,

O ser

E tudo que me deste,

Como nem tudo é eterno,

Algumas coisas se vão,

Deixando profunda saudade,

Mamãe, Papai, meus avós e tios...

Continuo aqui para dar continuidade,

Me proteja neste dia,

Me dê paz e alegria,

Me dê força para lutar,

Esperança para seguir,

E vitalidade para ser.

Só mais este dia.

Tarde caida

 A tarde caiu de novo.

Diferente de ontem,

Efêmera como agora.

Lembro do que senti de madrugada,

Porque acho que senti e não pensei.

A ideia de que tudo que enche minha mente

É um fenômeno

Que sou eu que escolhe o que vou usar ou descartar

Fim de tarde

 Despeço-me desta tarde,

Desta linda tarde

Que nasceu, se fez 

E agora se desfaz.

A luz que foi clara e intensa,

Dourada se dissolve

E esfria.

Lembro de papai e de mamãe.

Morro de saudades,

Que vontade de estar com eles.

Mas partiram numa tarde.

O dia se dissolve,

A flor murcha e perde seu vigor, dela um fruto se desenvolverá, e sementes amadurecerão.

Ouço o som amorfo dos carros na rua,

Sinto o frescor do vento.

Estou escrevendo isto

Pra provar que estou vivo.

Escrevo pois algo em mim se sente bem.

É segunda feira de carnaval.

E agora acabou.


JP. 20 de fevereiro de 2023

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Sonho maternal

 Após 1,1 ano de ausência de mamãe,

A saudade é imensa.

Saudade de ouvir sua voz,

Ver suas alegrias,

Lutar junto com ela sua luta.

Saudade de seu cheiro,

Seu abraço,

Sua vitalidade.

A propósito,

Ela veio me visitar de madrugada em sonho.

No sonho estava no sítio de vovó Sinhá.

Estava tudo verde.

Um milho enorme, seco.

Quando saia do roçado,

Ela estava dentro do meu carro,

No banco da frente.

Ela me viu,

Olhou bem para mim

E sorriu.

Então acordei.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Seguir

 Enquanto me concentro,

Minha mente foge do meu ser.

Ouço aves e cigarras entoarem seus sons.

Percebo as folhas caindo,

E me perco na leitura.

E me perco no momento.

Porque estou vivo.

Pulsa em mim vontade...

E algumas vezes sou feliz,

E outras vezes por desalinhamento,

Fico perturbado,

Mas é algo passageiro.

A mente é como o sol

Solta raios para todo o lado,

E como fotografia,

Algumas vezes esses raios voltam,

Fenômenos que nos fazem dispersar,

Ao invés de concentrar.

Vivemos muito no transcendente.

É preciso se atentar aos sentidos,

Aqui e agora.

Espaço e tempo.

E assim cumprir o que nos propomos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Transcender

 Estava lá na casa de mamãe,

Certo momento

Quando a manhã se vira tarde.

Ouvi cantar um bando de anum.

Sair correndo para ver.

Eram eles... 

A.

Tinham mesmo ali...

Sim!

Lindos.

Enormes

Com seu canto agudo

E olhos amarelos.

Com Vinícius nos braços

Lhes mostrava apontando.

Feliz sim.

As primeiras vezes as vezes nos emocionam.

Eles Cratophagas major,

Ali no meu quintal.

E era um grande bando.

A tarde caiu mais lindo.


B.

A chuva cai fininha,

Cai se derramando na terra seca.

Enquanto cai canta,

Parece rir.

A chuva cai fininha,

As folhas das árvores

Se refrescam,

Os troncos das árvores

Se refrescam,

Vai chovendo.

Chove chuva matinal,

Até a passarada silencia,

Para ouvir a chuva chovendo,

A chuva cantando.

As ervas agradecem

Seu frescor,

Seu conteúdo,

A chuva é água no chão,

É água do mar,

É água do céu

Que se derrama para

A vida continuar.

A tarde caiu mais lindo.

Viajar

 Entro no dia,

Desperto.

Uma oração faz bem,

Agradeço pela noite de sono,

Pelos sentidos,

Pela vida.

A luz que me desperta

É a luz que me alimenta,

O solo que piso 

É minha fonte de alimento.

Transcender ao que vejo 

E ao que desejo.

Agradeço por ouvir as aves cantarem.

Pelos dias vividos com

Meus amados,

E pelos dias com os meus vigiladores,

Sou o que sou

Porque fui amado e odiado.

Peço perdão aos que machuquei,

Mas assim se fez a minha realidade

E assim esta se desfez.

O ser aí 

Dasain.

Agora ouço o mundo.

Contemplo essa existência.

04.02.23 JP.

Sou.

Existir

 A tarde caiu,

A luz inclinada,

doura as formas,

O silêncio da tarde

Se plasma em meu ser.

Memórias afluem.

Penso que sou.

Sou o que penso.

Tudo vai passando.

J.P.  3-2-23

Antologia poética das férias

Serrinha dos Pintos - RN, 30/01/2023

Vai, vai a tarde se vi,

A lua nua no céu a se amostrar,

A noite já se aproxima,

Quente sensação,

Uma brisa faz refrescar,

O silêncio mudo da tarde

Que queda e morre,

A noite que cuida de logo enterrar

E dissipar o dia 

A gente perdida em nossas mentes,

Nossas paixões, 

Nossos medos 

Buscando um sentido

Desta pobre vida

Num celular.

Já não se contempla a natureza.

Dito isto vou ao Jardim

Regar minhas vincas.

Até que o desejo

Me puxe para a Net.

Que entorpecente este não.

Muito mais potente que qualquer químico ou fármaco.

Estamos doentes.

E mais um dia se passa 

Enquanto nós alienamos em nossos egos,

Nossos perfis,

Em nós mesmos...

Serrinha dos Pintos - RN, 26/01/2023

O canto das aves já calou.

Cantou o cabeça vermelho no cajueiro,

O rixinó a saltitar

O vem-vem e o sanhaçu na pinheira de doce alvo.


Cantou também os grilos as escondidas,


O dia despertou cedo.

O sol não para de pulsar.


Voou aqui o pacun,

Que não para de gasnar.


O friozinho silencioso 

Nos faz bem.


A gente acorda animado.


Vai mudar o lorinho de lugar.


Os gatos alimentar.


E scherloque o cãozinho acariciar.


Bom dia seu sabiá.

Serrinha dos Pintos - RN, 25/01/2023

Amanheceu chovendo,

Vinícius acordou e me fez levantar e ver a chuva chovendo.

Foi lindo, foi gostoso,

A chuva chovendo,

A luz aparecendo,

Os cachorros encolhidos

Encaracolados sobre si

Aquecendo-se,

As galinhas molhadas caçavam insetos e comida.

A calha derramava a água junta no telhado,

Vinícius fez cocô,

Limpei e ele foi mamar,

Adormeceu.

Fiz um leite quente

Para me aquecer,

Fiz chá.

Ouvi o salmo 119.

Agora a chuva parou.

Ali canta um sabiá

Que me faz viver a presença de mamãe.

Nas pinheiras cantando estão os sanhaçus.

Li poema 25 de tao te Ching em três traduções,

Acha que entendi?

Mas é como contemplar

A realidade,

Na maior parte das vezes

Percebemos o que conhecemos.

Agora vou continuar a escutar esse lugar,

Até parece ouvir uma sinfonia,

Não entendo nada,

Mas me faz um bem.

Serrinha dos Pintos - RN, 21/01/2023

Esse silêncio inquebrável,

Amanheceu e quem vai acordar?

Já canta o sabiá,

Já canta o vem-vem,

Já canta o fura barreira,

Já canta a rixinó,

Já canta o piriquito,

Já canta o sanhaçu...


Canta o grilo no capim.


Sopra um vento frio.


Brilha um sol dourado.


Mas o silêncio é eterno.


Papai não levantou,


Mamãe não levantou,


A terra está fresca.


Hoje é um novo dia.

Serrinha dos Pintos - RN, 19/01/2023

A tarde cai agradável,

Depois de uma manhã nublada onde ficamos a toa, Vinícius e eu.

Aguamos as vincas, catamos umas castanhas,

Fomos caminhar no mato, onde fizemos umas fotos de plantas,

Contemplamos os catolés.

Observamos o gado pastar.

Tomamos um banho na melhor ducha do mundo.

Após o almoço Vinícius dormiu.

Aqui estar esta tarde.

A quarto anos atrás

Mamãe e Papai estariam aqui comigo sentados

Olhando essa paisagem

Que sempre muda.

Nas palmas um par de coqueiro florescem.

Papai e eu que plantamos.

Tanta coisa aqui.

Tão vazio e tão cheio.

A tarde cai.

As vincas recebem as borboletas.

Eu só contemplo.

Serrinha dos Pintos - RN, 15/01/2023

Amanheceu

Mas o sol não apareceu,

O chão molhado,

O céu nublado, 

O vendo frio,

O cheiro de umidade,

O canto da passarada,

O sabiá na aroeira,

Casaca de couro na carnaubeira,

Pitiguari no angico,

Olhando no quintal

Os olhos se enchem de verde

Der árvores e arbustos esverdeados.

Mamãe e Papai no coração e na alma.

Serrinha dos Pintos - RN, 14/01/2023

"Dois é uma mera coincidência, porém três é uma configuração" Borges.

As borboletas visitam as vincas,

Os beija-flores o maracujás,

A tarde cai fresca,

Um cheiro doce incensa

A área.

O céu azul.

Memórias, memórias.



B.


Aqui e agora,

Tempo depois,

Sábado a tarde,

As coisas mudaram,

Vinícius chegou e mudou tudo.

Mamãe se foi.

Ela que ocupava a passarela a tarde,

Tarde sábado era uma 

Surpresa chegava bem ou mau.

Era a vida que vivia.

As vezes ia com ela e

Entendia a dinâmica da diálise.

A dinâmica da continuidade.

Tanto que a gente passa despercebido da vida.

A forma dos objetos,

Matéria das ideias,

Meu corpo,

Meu ser,

Até parece isolado.

Papai, mamãe, tio Dedé, Raimundo de Lulu, eu...

Crejo que passava com o cachorro rajado.

Aqui, algum dia no passado,

Esses momentos

Estão todos dissolvidos no tempo.


Serrinha dos Pintos - RN, 12/01/2023

Está escuro,

A noite quase caiu,

O silêncio preenche

A estrada, os sítios, 

O céu e tudo que se ouve,

No nascente o azul atropurpureo

Desaparece,

Um Nimbus vai crescendo,

Irritado de flashes,

A nambu canta longe,

Grilhos cantam no sítios,

Estrelas se acendem no céu.

Não se move uma palha,

O vento só chega às oito,

Papai não gostava desse frio logo chamava para entrar em casa.

Gosto de ficar aqui sentindo o mundo,

Pensando, pensando.

Bom está aqui.

Vinícius adora Sherlock.

Papai ia rir muito.

É noite.

Tchau.

Serrinha dos Pintos - RN, 11/01/2023

Canta o pitiguari,

Canta ativo a caçar,

Pula aqui,

Pula ali,

Pula acolá,

O sol das dez horas

Anuncia o fim das atividades,

Quente,

O dia está indo,

A manhã partindo.

As plantas murcharam,

A falta de chuva,

Mas o tempo está bom,

A sombra do cajueiro,

Que gostoso que o mundo está.

Serrinha dos Pintos - RN, 09/01/2023


O terreiro está cheio de mato,

Parece abandonado com capim ceda,

Por isso resolvi capina-lo.

Agora o sol arde queimando o capim limpo.

As vincas estão muito contentes crescendo na margem da calçada,

Flores rosas e alvas.

Espalhados os arbustos crescem assimtricamente,

Tão belo e vivo.

As borboletas vem visitar

As flores.

Sucessivamente vem e vão.

Suaves, leves de vôo irregular,

As vincas exalam um cheiro peculiar

Tão agradável, 

A alma de papai paira sobre as flores,

Nessa calçada que se revela todos os dias,

Ora fria, ora quente,

Ora manhã, hora tarde,

Ora noite.

Essa calçada confidente,

Que nós viu chegar,

Que nós viu partir,

No nos deu abrigo em comemoração,

Em dias de tristezas.

Aqui estou escrevendo,

Registrando.

Para não se perder no tempo.

Transformando em memória coletiva.

A parte subjeiva


Serrinha dos Pintos - RN, 08/01/2023

Tarde grise que passa,

O vento frouxo e suave,

Céu nublado,

O estalido dos beija-flores,

Besourinhos e tesourinhas 

Visitando o velho feijão-bravo.

O saci, o voo da mamangava,

O piado do pinto criado,

O chiado das folhas de catolé,

O voo rápido dos potinhos,

O verde das plantas,

As palmas grossas.

Que belo mundo 

Vazio.

Cheia está minha alma

De pensamentos desnecessários.

Tudo se resume no agora

Serrinha dos Pintos RN,  07/01/2023


Hoje acordei com o canto  dos pássaros.

Estava fresquinho.

Senti um vazio oco.

Então levantei e fui tomar um copo de água.

Tudo mudou.

Tudo eternamente muda.

O presente nega o passado.

O passado é memória.

Nossa mente nós seda.

Subjetivamos essa realidade que acreditamos.

A gente é o que a gente acredita e deseja.

Fui brincar com Vinícius.

E os dias vão passando.


Petrolina, 02-01-2023


A dias não escrevo, pois fui absorvido polo cotidiano.

Agora a tarde de paz.

Ouvi a patativa cantando.

Pardais vocalizando.

O céu nublado e o cheiro da sopa.

Despertei que é 2023.

Vinícius corre pelado, gritando feliz.

Tanta coisa mudou em minha vida. É como se tivesse passado por uma tempestade.

Algumas coisas fazem sentido outras nem tanto.

Lula presidente.

Tarde que parte.

Assim é.

Petrolina, 21-12-2022 

Ele partiu desse mundo. Vivemos tanto tempo juntos que pareceu mentira. Estavamos juntos a qualquer hora do dia ou da noite. Concordávamos com tudo. Eu era cópia dele e ele minha forma. Aprendi muito com ele e o mesmo sempre foi paciente comigo. Um dia algo foi diferente e a realidade foi cruel. Mas iria acontecer algum dia. Ele se foi. Fiquei com a dor de quem fica. Um ano  se fez. Um ano de saudades 😢. Hoje dois anos se fizeram. Esquecer! Sofrer menos. Não sei. Sei que um vazio se fez.

 A vida está cheia de vazios... Parece que quando buscamos um sentido, perdemos o sentido da vida. Meu burrinho, meu sítio... Mamãe... Deus meu Deus.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Linha do além.

Ultimamente, está constantemente presente em minha mente meus pais.
Embora tenham partido, se fazem vivos.
Cultivo as memórias de como viviam ou falavam.
Dos momentos que compartilhávamos.
Era uma loucura, uma agitação,
Quase sempre difícil de classificar ou entender.
Presos ao convívio e ao cotidiano não distinguimos muito as coisas.
O que nos afeta ou não nos afeta.
A gente nunca sabia.
Papai viveu com mamãe a maior parte da vida.
Forma mais de 50 anos juntos.
Quando a gente nem sabe mais o que é nosso ou do outro senão nossos corpos.
Acabam-se as intimidades.
Qualquer coisa que haja está tão misturado.
E mais quando se tem filhos...
A gente que filhos são as nossas essências,
Foram gerados e nasceram de nós.
Mamãe com seu cuidado.
Papai com sua amizade mansa e sábia.
Papai não lia a bíblia, mas sabia citar muitos versículos no momento certo.
Rezava toda noite.
Era uma coisa compartilhada com mamãe além de nós.
Além da casa.
Além do ar,
Além das ideias.
Agora a eternidade.
Pensado nisso tudo.
Traço uma linha divisória da vida.
Em que nesse lado preciso me fazer ouvi-los mais.
Já que não tenho como lhes falar.
Jesus e nossa Senhora são os meus mediadores.
Quer dizer.
Nada fica além dos sentimentos, das emoções da bondade.
Tudo de ruim desaparece e é purificado já que cai no esquecimento.
Só o que é bom é cultivado.
Amor...
Papai e mamãe meu chão, meu substrato que me permite continuar sendo.
Até cruzar a linha do além.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Anotações

 Papai gostava de expressões.

Entre dizia ele que na bíblia estava escrito que Jesus disse que devia perdoar 70x7 vezes.

Senhor perdoai eles não sabem o que eles dizem.

Usava sempre expressões bíblicas, embora não lesse.

Indo na dispensa da memória encontro muitas coisas bonitas que falava.

Eram ensinamentos. Sábios, bíblicos.


terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Certeza

 Tenho vivido coisas que nunca havia vivido.

Coisas que me abalaram fortemente.

Certezas se desfizeram como castelos na praia pela água do mar.

Ficou um vazio presente em face a certeza.

Uma dor imensa como um céu estrelado em noite de lua nova.

Céu sem nuvem...

Nem percebo o calo que está no ambiente.

Não sei o que aconteceu.

Aliás sei, mas não consigo aceitar.

A certeza que tinha em mim era tão certa.

Essas coisas me fazem refletir sobre quem sou.

Refletir sobre os meus pensamentos.

Refletir sobre o meu pensar.

Tudo parecia tão certo.

Foram anos de certeza.

Foram anos de certeza.

Foram anos de reflexão no futuro.

Esquecendo o passado.

Esquecendo a realidade pura.

Memórias me atormentando,

Ocultando a realidade.

Previsão de um agora no ontem.

Atônito.

Tento desencorajar o meu ego,

Mas ele é mais forte que eu.

Encontrei na moral religiosa

Um caminho para seguir.

Não dá para voltar atrás.

Então é recomeçar.

Como recomecei sempre.

Mas agora de maneira diferente.

Sob outra ótica.

Tanta coisa...

Esse caos me atormenta.

A falta de certeza me atormenta.

O vazio me atormenta.

Porque não consigo silenciar o meu ego.

O sol está brilhando.

O ano está terminando.

Ano pequeno.

Ano longo.

Queria construir um diamante.

Mas tudo é fugaz.

De nada adianta.

Certezas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Memórias

Das boas lembranças de vovó Sinhá era orando. Vovó rezava muito. Tinha muita fé e ensinou isso. Já idosa trazia na mente muitas memórias boas. Lembro no dia de hoje rezar para a padroeira de Martins nossa senhora da Conceição. Daqui a cinco dias era dia de aniversário. Lembro de ter comentado isso uma vez com papai. Memórias invocam o passado e ações o presente. As memórias são importantes para renovarmos a fé (luz) e a esperança. A vida passa no agora, no imediato, na intuição. É preciso comungar (viver com, juntos) os momentos para que tenhamos memórias juntos. Tenho lembrado tanto de serrinha do canto, do nosso sítio dos momentos que ia ajudar papai. Fazer ou ajeitar as cercas, apanhar caju, limpar o roçado. Foram poucas as vezes, mas se efetivaram em memórias.

Vovó Sinhá, papai, nossa senhora da Conceição, o trabalho... Tudo contribuiu para ser quem sou, uma pessoa em busca do melhor. Uma pessoa que busca na fé o equilíbrio para viver em harmonia. Vigiai na oração para se livrar de sentimentos como inveja, temor, raiva, ira e cultivar bondade, coragem, alegria e paz. Vigiai a língua e os lábios para isso ouvi o salmo 34. Aprendi com os crentes coisas que ajudam a expressar sentimentos. Aprendi a importância dos salmos e entender que tudo é provação. Guardei em Deus nossa vida. Amém.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Mistério

 Cada segundo raro,

Cada segundo caro,

Será cobrado no último dia.

O último amanhecer,

O último entardecer.

A última onda?

Quando será!!!

Mistério divino.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Conheça-te

 Quase sempre me perco em meus pensamentos.

É muito difícil de disciplinar a mente.

É um exercício incansável.

Por vezes, me canso e me perco

Como se estivesse num loop.

É preciso disciplina,

Foco.

Pensar no pensar.

Acho que é preciso encontrar um centro de interesse

E nele depositar atenção.

Assim trabalha a nossa mente.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Teia

Nesta vida vivemos tantas coisas.

Ora sorrimos, ora choramos.

Ora juntamos, ora separamos.

E as vezes tudo ocorre ao mesmo tempo.

De forma que ficamos atarantados.

Primeiro de dezembro, aniversário de uns,

Falecimentos de outros.

Os pássaros cantam aqui do lado.

Ouço e observo a natureza.

Buscando algo quando pessoa já disse que não existe nada.

Assim continua a busca.

Acho que estou mais para Pessoa

Agora que pai e mãe partiram.

Tanta gente partindo.

Daqui a pouco, mas espero que demore por meu filho, serei eu.

Sabe lá que quero dizer com isso.

Sabe lá.

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Flores brancas

 A linda árvore está florida,

Vestida de branco,

Até me lembro a primeira a vez que vi essa espécie,

Lá no meu RN, na fonte de água em Parnamirim.

Fiquei encantado com flores alvas e trímeras,

Nem sabia eu que era a planta mais linda que povoa a mata do 

Campus I da UFPB,

Não seu nome popular,

Só sei que é uma Apuleia leiocarpa...

Como está linda florida bem ali na beira da mata.

Nessa manhã de terça-feira,

Quase dezembro,

Assim...

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Muito menos a vida

 A manhã nasceu linda, ensolarada e quente.

As aves cantando, as cigarras cantando.

De repente bateu aquela saudade no meu peito.

Saudade infinita.

Que vontade de te abraçar,

Sentir seu abraço macio e quente,

Sentir-me amado.

Como você faz falta mamãe.

Só a senhora me amou incondicionalmente.

Só a senhora se preocupava comigo.

Faz muita falta em minha vida,

Faz muita falta em meu ser.

Seguir sem ti não é fácil,

Embora precise seguir.

Enquanto estiver aqui.

Doe no peito a tua ausência.

Na cabeça dói por não entender a morte,

Muito menos a vida.

Muito menos a vida.

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Esvaziar

 Uma patativa canta alegre ali na mata.

É quase meio dia.

É quase meio dia.

Logo seguirá a tarde.

Canta também a rixinó.

Esse momento logo se esvaiu.

Assim são as coisas.

Um eterno devir.


terça-feira, 22 de novembro de 2022

Chacoalha

 O tempo que é algo subjetivo,

Tem um grande impacto em nós.

Nossas memórias escondidas em lugar algum de nosso cérebro.

Será uma concha de caracol?

Reverberando o tao, Deus...

O ego!

O pensamento.

Um reflexo do tempo?

Uma relação.

Quanta coisa chacoalhada em minha mente.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Tempo bom

 As folhas das árvores estão maturando,

Amarelinhas vão ficando,

Depois se desprendem de seus ramos,

Sendo levadas ao vendo.

A copa das árvores fica colorida,

A copa das árvores fica perfumada,

De flores,

Com flores.

Dezembro está chegando,

Manhãs chuvosas estão acontecendo.

Que estranho...

Que estranho,

Mas agradável.

Gostoso.

Tempo bom.

Tempo bom.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Um pouco

 O que tenho em meu peito.

Amor e saudades.

Como ocupar o peito com mais amor e menos saudade?

Não sei.

Só sei que sinto uma saudade imensa de meu pai e de  minha mãe.

Fico vendo imagens de quando estávamos juntos juntos trabalhando.

Trabalhar nos fazia está juntos.

Quanto estávamos juntos era sempre bom.

Quero está junto do meu filho o máximo possível para que ele

Leve um pouco de mim consigo.


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Sim

 Algo se agita em nós.

Algo quer fazer o tempo passar,

Algo quer nos contentar...

Nos fazer sentir bem.

Essa sensação de prazer imediato que buscamos...

Que mais queremos...

Como fazer para controlar a ansiedade.

Ver celular!

Não.

Comer doce!

Não.

Procrastinar!

Não...

Ser forte!

Não.

Ou... 

Sim.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Gosto de açúcar

 Mais um ano chegando ao fim.

Fiz 43 anos, acho que quando faz mais de quarenta a gente pensa mais na vida.

No que passou.

Acho que pensamos mais no que passamos que no que iremos passar.

As metas são outras.

Quanta fluxo temporal passou,

Tantos dias, tantas noites.

Coisas esperadas aconteceram, mas nunca de maneira imaginada.

Não poderia imaginar jamais como meus pais iriam partir,

Com quem iria me casar,

Como seria o meu filho.

A realidade se apresentando no calor do acontecimento.

Na verdade, tenho medo de deixar a vida.

Tenho medo de morrer.

E deixar quem precisa de mim ao relento.

Mas isso não depende de mim.

Estou rezando mais que nunca.

Tenho mais medo que nunca tive.

A vida se mostra que é o que é.

A vida é o que é.

E não dá para sonhar com coisa melhor ou pior.

São 43 anos.

Antes o ânimo de ganhar um presente, de realizar um sonho já me deixava feliz.

Agora não sei...

Já experimentei do que é bom e do que é ruim de forma moderada,

Nunca aos extremos.

Meu filho fez representações de aranhas hoje, vimos uma sábado.

É muito legal isso.

As vezes acordo,

Acendo uma vela e rezo...

Tenho que aprender a me desapegar desse mundo,

Porque tudo aqui é ilusão...

Exceto o gosto de açúcar...


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Patativa

 Na mata, canta feliz a patativa.

É tão belo o seu cantar.

O que estará cantando a patativa?

O que dirá sua canção?

Canta dançando a bichinha,

Para um lado e para o outro,

Com o biquinho afilado,

Parece uma agulha a costurar,

Está cosendo a beleza da manhã,

Adornando a mata,

Quanta coisa graciosa...

A sua alegria me empolga a coser esses versos.

E a vida segue.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Talvez

 Vivo me perdendo e me encontrando.

São as facetas de minha alma.

São os acidentes do meu ser.

Meu modo de ser.

Ser assim,

Ser assado,

Porquê?

Talvez por tentar encontrar uma lógica,

Por tentar ser fixo,

Por tentar ser harmonioso.

Todavia a vida não é assim,

Seguimos dançando até o nosso fim.

Viver é um constante estado de desordem.

Viver é buscar,

Viver é aprender.

Viver é encontrar o cosmos no próprio interior.

Talvez com o tempo as coisas passem a perturbar menos.

Quem sabe.

Como quem mergulha e quer voltar a superfície por falta de oxigênio,

Assim buscamos cano de escape,

Da realidade...

Através de nossos desejos,

Através nossas vontades.

Fugindo.

Talvez agora que tudo foi analisado,

Dissecado,

Mastigado,

Possa haver uma digestão.

E haja harmonia por um instante.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

O mensageiro

 Abri a janela de minha sala,

A vista da para a mata,

Dá para um prédio,

Dá para duas aroeiras.

Ouvi cantar um sabiá.

Estava tão perto.

Como raio de sol,

Ouvi mamãe falar.

Ano passado!

A sabiá cantava no alto de uma aroeira,

Mamãe me falou

Que lembrava da infância,

Disse que lembrava do sítio de papai (vovó).

Foi lindo.

Ficamos ali contemplando o canto do sabiá 

Que tornava a tarde mais bela.

Uma mensagem de Deus veio me falar.

Estou bem...

Estou bem...

O mensageiro foi o sabiá.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Festa

 A mata encantada,

Se vestiu de violeta,

A mata encantada se enfeitou de flores,

A  mata chamou as aves para a festa.

O sol veio e alumiou a mata,

O vento refrescou a mata...

A festa foi completa.

Só faltou a chuva.

Mas agora só na próxima estação.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Doar-doer

 Ontem, à noite, durante a janta. Tive uma lembrança forte e triste.

Enquanto comia um pouco de cuscuz. A pequena quantidade que tinha no prato me fez lembrar do dia que fui está com papai na liga do câncer. Papai havia passado por uma cirurgia e estava bem. A lembrança foi referente ao regime alimentar. A pouca comida distribuída. A comida na LIGA depende muito de doações.

É muito doloroso ver alguém doente e algum parente muito próximo mais doloroso ainda.

Na hora da comida papai "falou pegue coma o meu não estou com fome".

Falou com um carinho de pai que sinto tanta falta.

Mas ali haviam tantos outros pais, outras mães com necessidades físicas, psicológicas, afetivas  e de fé.

Precisamos tanto uns dos outros.

Precisamos de palavras e de ações e de amor e de fé.

Foi tão dolorido passar por aquilo.

Juntos vamos sobrevivendo nossos dias, somos mais fortes, somos mais universais.

Nessa passagem que é a vida.

Lembrei que doei algumas vezes, mas parei...

Se não estou no olho do furacão não olho a situação do próximo.

Uma lembrança tão dolorida que exponho.

Porque o que me ajudou a suportar foi a união e a fé.

Tantos com pouco e muitos com excessos.

Porque não dividir um pouco com os irmãos.

Porque todos nós BRASILEIROS SOMOS IRMÃOS.

Nem A ou B...

Vamos nos unir para melhor viver. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Pera

 Outro dia ao passar ao lado da mata senti um agradável aroma.

Olhei para cima e tinha uma linda árvore florida.

Um pé de Pera glabrata.

Pera glabrata é uma espécie de mata atlântica.

Suas lindas folhas brilhosas e sua densa copa fechada é abrigo para diversos pássaros.

Além disso suas sementes produzem um arilo que os pássaros adoram.

Esta espécie pertence a família Phyllanthaceae (Filantácea).

O cheiro, o odor me trouxe boas sensações.

Acho que liberou endorfinas.

Obrigado Pera.

Flores de pera

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Desarmonia viva

 Tarde silenciosa e em paz.

Vinícius saiu com a mãe.

A casa ficou um vazio.

Achei que ia amar, 

Mas aqui estou como um velho,

Fazendo o que ia fazer quando ele estivesse dormindo.

Aguei as plantas do jardim,

Fiz a barba.

Vou ver se faço uma ou duas coisas até

A harmonia chata virar uma desarmonia viva.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Carícias

 O vento venta muito esses dias,

Dias de sol e de luz,

A gente sente e ouve o vento,

Ventando, ventando.

Que coisa deliciosa o vento ventar.

O vento não obedece o tempo,

O vento não tem fronteiras no espaço,

Venta, venta naturalmente.

Gostoso de viver o vento ventando na praia,

Mas está ótimo ouvi-lo daqui

Ele acariciar a mata.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Aqui e agora

 A vida é aqui e agora.

Não amanhã.

Não ontem.

Aqui e agora.

Aqui e agora vejo.

Vejo sanhaçus-de-coqueiro

Curiosos se olhando no espelho dos vidros das janelas.

Cantando...

Saíras cantam na aroeira.

Um bem-ti-vi corrochia ali.

A vida é aqui e agora.

Universais...

Variáveis do espaço tempo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Fluxo de vida

 Outubro chegou,

As chuvas escassearam,

Manhãs muito ensolaradas,

Pássaros cantando,

Cigarras cantando,

As árvores trocam suas folhas,

Eu troco a minha alma.

E nem percebo quando,

A vida está passando

Com o tempo vai passando,

Como um rio seu leito e seu espelho,

Os sedimentos vão levando,

Em busca do grande mar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Felicidade

Os passarinhos cantam

Ao fazerem seu ninho.

Um sanhaçu-de-coqueiro,

Uma corroía,  

E o silêncio.

Até parece uma sinfonia.

Som e silêncio.


segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Minha flor

 Entre todas as flores,

Mamãe foi a mais bela.

Ela me teve,

Sou tão grato

Ao carinho e amor que ela me deu a vida toda.

Mamãe se pudesse escolher nascer 10 mil vezes,

Certamente, todas elas escolhia a ti.

A convivência não é fácil

E como o espelho da água

Às vezes, quando perturbado entorpecia os sentidos,

Mas logo voltava a bonança.

Hoje mamãe completaria 72 anos.

Os últimos anos de vida foram muito difíceis.

Muitas provações.

E Deus lhe deu o descanso eterno.

Minha flor mais bela...

Que saudades tenho de ti,

Mas Deus te tem nos braços.

Rogo que intercedas por mim junto a papai.

Estou aqui ouvindo patativas

Cantando...

Tanta coisa nos uniu além do cordão umbilical,

Além da vida,

Agora somos unidos pela alma.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Assim são as coisas

 Ás vezes, vem a minha mente imagens. Como fotografias dos lugares que vivi, mais precisamente de Serrinha do Canto em Serrinha dos Pintos. Como fotografia de paisagens. Às tardes, costumava sair para caminhar e me exercitar um pouco, de forma que acabava contemplando o por do sol. Contemplava o silêncio da tarde, o barro vermelho ou branco, a vegetação seca, o vento, a poeira formada nos caminhos misturadas com estrume. Sei que naqueles momentos fui pleno. Fui vivo. A parte uma consciência racional. Não pensava em nada, apenas contemplava. As vezes até me perdia em pensamentos... sentimentos de esperança de eternidade. Tudo se passava muito rápido. E por isso, será se era por isso que ficava gravado em minha mente? Não sei, nem imagino. Mas posso ver paisagens que não existem mais. Só fotografias em minha mente. Como o riacho arenoso do açude de Chico de Vicente Joana. Como o nosso sítio com os cajueiros favoritos. Como nosso cachorro de nome dog. Tenho um mapa geográfico de minha infância, uma âncora para não me perder como sujeito... Meus pais que tanto me alimentaram e amaram. Agora aparece apenas em fotografia, uma paisagem peculiar. Fecho os olhos e vejo papai sorrindo e contando suas historietas e mamãe sorrindo feliz ao menos por um instante. 

São imagens, apenas imagens... a realidade é outra que um dia no passado se quer imaginei que seria assim tão boa... as realidades não se convergem numa única como o que sou agora e o que fui.

Assim são as coisas. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O que pode ser melhor

 Aqui na mata,

Nesta manhã nublada,

As aves estão tão excitadas,

Gritando, chamando e cantando,

Maracanãs, Sanhaçus, Sanhaçus-de-coqueiro,

Patativas...

Que será que estão celebrando?

Até um bando de pacum corrochia.

Eu fico aqui de boa,

Matutando coisa atoa,

Contemplando a natureza.

E o que mais pode ser melhor?

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Aqui e agora chuvendo

 No meio do verão paraibano,

Em pleno outubro,

Para nossa surpresa,

A manhã caiu nublada,

Neste momento a chuva chove calada,

Silenciosamente contemplo com os ouvidos

Tamanho espetáculo de som e frescor,

Até o chá quente é agradável.

As aves até estão contemplando a chuva,

Só um roxinó que vez por outra canta,

Dando maior melodia

A chuva doce que desfia,

Meus pensamentos estão aqui,

Intuitiva e imediatamente,

Lembro de papai e de mamãe,

De Vinícius,

Suspiro,

Trago o cheiro do chá.

Aqui e agora é plenitude,

Estou feliz.

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Canção de amor

 Fiz um jardim pequeno

Pra plantar meu coração,

Junto a eles plantei flores

De diversas essências,

Colhi formas,

Colhi cores,

Colhi doces odores,

Borboletas e beija-flores,

Vieram até minhas flores,

Ficou tão belo meu jardim,

Que resolvi ficar assim,

Encantado.

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O tempo

 Hoje conheci o tempo,

Com grande barba branca,

Nasceu em Guarabira,

Veio para João Pessoa na década 70.

O tempo é muito inteligente,

Toca no contorno da escola de música as 4:20h.

Ele me contou que morreu.

Morreu quando completou 50 anos,

Acordou numa cama,

Hoje o tempo falou que não tem tempo para certas coisas

Como as redes sociais.

Sábio o tempo.

Seu nome é Marinho.

Prazer seu marinho.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Consciência amorfa

 Encontro a paz no presente,

No aqui e no agora.

Encontro-me aqui.

Se me atenho a algo,

Capto uma parte deste algo.

Como o canto das aves que enfeitam a manhã.

Uso os ouvidos para obter matéria do pensar.

Um ferreiro-relógio estalou.

Tão lindo o bichinho,

Uma ave pequena de papo amarelo,

Dorso escuro,

Olhos claros...

Que importa.

Só ouço seu estalar.

Por vez, estou ouvindo uma patativa,

Estou ouvindo uma rixinó.

Tudo isso é tão belo.

Porque sou aqui e agora,

Sou uma consciência,

Amorfa.

Isso é tudo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Tarde que virá

 Amanheceu tão claro,

Tão lindo ver um dia com tanta energia,

Tanta luz,

O céu azul,

Os pássaros cantando muito ativos.

As plantas com folhas tão lustrosas.

A vida tão plena.

Que Deus nos proteja,

Nesse dia...

Que a alegria contagie a todos

Que a esperança esteja sempre presente em nossa vida.

A manhã passará,

Logo virá uma linda tarde.

Amém.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Tempo, espaço, ser

 Setembro está partindo,

O verão chegou,

Ontem, à tarde ainda choveu.

Mas o verão já se declarou.

Muita luz,

Céu azul,

Vento.

As aves estão muito ativas,

Cantam desde o raiar do dia.

Cedo, as 4h da manhã a luz do sol já se difunde no céu pessoense.

Tenho vivido dias de bonança.

Agora mesmo...

Posso desfrutar do canto de uma patativa,

O chamado de um bem-ti-vi.

E de Mozart.

Tenho tido muitos pensamentos,

Mas bem a natureza me ajuda a me desfazer deles.

Dissolve-los sem o auxílio de um metabólito secundário vegetal.

Assim é.

Paz e amor no coração,

Com uma entidade

Seja ela qual for.

Amém.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Passarada

 Como canta a patativa em setembro.

Como canta a danada.

Tão pequena, mas tão cantadeira.

Setembro começa arder de calor,

Muita luz,

Muita energia,

As preguiças estão aparecendo mais,

Será o calor?

Estão muito mais ativas.

Pronto foi só falar e a patativa se foi.

Chegou um sanhaçu-de-coqueiro

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A vida

 Um sanhaçu-de-coqueiro,

Está ali fora cantando.

Que lindo é o seu canto.

Que bela é a sua cor, 

Verde folha de coqueiro com luz do fim da tarde.

Que lindo é seu voo.

Que fantástico é o seu comportamento.

Canta também uma patativa.

Canta também um rouxinol.

Muito sol.

Céu azul.

Quanta energia divina,

Som, luz e a vida.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Brisa

 O vento sopra suave,

O sol está a todo vapor

Como uma caldeira num taxo de cana,

Na mata algumas plantas se preparam para florescer,

Estou se desfazendo de suas folhas,

Doando-se ao solo.

Um rouxinol começou a cantar.

Um casal de papagaio passou voando,

Eles fazem um barulho gostoso.

As condensadoras estão zoando já,

As cigarras também.

É preciso suportar o calor,

Amar... amar a vida,

Pois ela é passageira,

Passa de forma ligeira.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Momento

 Vi o mar, no sábado. 

As águas estavam claras, esverdeadas como esmeralda.

Brincamos na areia.

Tomamos banho de mar.

Estávamos lá: 

Eu, mamãe Dayane, Papai Rubens e tia Lidiana.

A manhã voou.

De tão bom.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Gaturano.

 O gaturano me surpreendeu,

Veio aqui na minha janela cantar.

Ele mais uma patativa e sanhaçus.

Esse pássaro lindo que parece fin-fin.

Só o conheci aqui.

Foi agradável o encontro.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Números impares

 Os números impares me encantam

por sua peculiaridade, 

São  números não especulares,

Únicos.

Crescem em espiral...

Gosto dos números pares,

Mas me identifico mais com os impares.

1, 3, 5, 7, 9 ...

Há algo de irracional nos números impares.

Espiral,

Caracol,

Báculo,

Buracos negros,

Estrelas de Gogh.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Viver o mar

 O sol nasceu,

O dia amanheceu,

Nós fomos passar,

Fomos andar na praia,

Tomar banho de mar.

Contemplar a linha do horizonte,

Sentir a textura da areia,

A água salgada, 

Ouvir o chua-chua da onda quebrando na praia,

Ver as espumas fazer e desfazer.

Fomos passear.

Viver o mar.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Oceano

 Fomos ver o mar nesse final de semana,

No sábado.

Brincamos na areia,

Bolamos na areia da praia.

Vinícius provou a água salgada do mar.

Depois tomamos banho no mar.

Olhamos a linha do horizonte...

Que grande é o oceano por trás do mar.

Amém.

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Lourinho

 Na casa de mamãe tem um lorinho.

Verdinho com o papo amarelo.

Tão belo.

Já está idoso.

Mamãe conversava muito com ele.

Ele está lá.

O tempo vai passando.

A vida continua.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Damiana e Cosma

 Ao lado de minha sala

Moram belas aroeiras,

Fortes aroeiras,

De tronco preto e estriado,

Uma delas tem dois fustes,

Que dançam e geme de vez enquanto.

Ando ouvindo Mozart demais,

Será se elas curtem?

Até agora não reclamaram,

Por via das dúvidas,

Será o rugido uma reclamação.

Acostumadas como são de ouvir apenas

O vento e a música da floresta.

Ah!

É tão linda a música da floresta,

Já ia me esquecendo dos passarinhos,

Tadinhos, pois me alegram tanto.

Vou ter que ir.

Tchau aroeiras.

Acho que vou nomeá-las.

Damiana a que ringe

E Cosma a que não ringe.

Fui...


quarta-feira, 31 de agosto de 2022

O mar

 Ontem fui ver o mar,

Ver o mar é sempre tão bom,

A profundidade de campo,

A linha do horizonte separando o oceano do céu,

As ondas que se acabam na praia e

Continuam a cantar em nossos ouvidos,

A brisa soprando nossos corpos,

A água indo e voltado,

A água salgada espumando,

A areia macia...

As vezes me perco ao olhar para o mar,

Vejo o infinito em minha frente.

Vejo tudo e o nada,

Pois tudo é nada

E nada é tudo...


terça-feira, 30 de agosto de 2022

Partida lenta

 São muitas as faces da realidade a ser conhecida.

Por isso a vida precisa ser refletida.

Tentar entender todas as vertentes,

Todos os acidentes.

Hoje está ventando muito.

Agosto está se indo.

Agosto está se indo.


segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Fim de agosto

 Após o sábado chuvoso,

O sol apareceu no domingo,

E hoje na segunda-feira,

Agosto se despede.

O vento sopra suave,

Límpida manhã,

O ramo da apuleia

Balança num ritmo cadente

Parece dançar com o vento,

Parece acenar para o tempo. 


quarta-feira, 24 de agosto de 2022

A sombra de agosto

 Aqui em Jampa,

Quem está me adorando é o bem-ti-vi,

Às vezes o rouxinol,

Hoje além de tudo havia uma patativa.

O canto vai avisando para a madrugada ir embora,

As estrelas vão saindo de cena,

Para o nosso pai sol chegar.

Sopra o vento do verão,

Agosto vai se indo...


segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Generosidade

 Entre tantas rochas das ruas, muros e paredes.

Há de encontrar um jardim florido.

Um jardim que te ofereça uma singela beleza,

Esculpida pelo sol,

Tecida pela vida,

Uma bela flor,

Pode ser colorida

De amarelo,

De azul,

De rosa,

De verde...

Há de encontrar uma flor.

Perfumada.

Há de encontrar caridade da natureza,

Há de encontrar uma alma caridosa,

Que cultive uma flor para si,

E para todos que ali possa olhar.

Generosidade...

No mundo nunca há de faltar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Vida é isso

Às vezes a vida nos surpreende com a própria vida.
Viver é ser e é existir.
Quase nunca nos damos conta disto.
Como peixe que não sabe o que é nadar.
Como um pássaro que não sabe o que é ar.
Mas nos com consciência e por meio da curiosidade tudo apreendemos.
Muitas vezes nos perdemos na vida em busca de algo.
Uma riqueza, um grande cargo... o reconhecimento.
Nem imaginamos o quanto é bela e frágil a vida.
Que pode ser exaurida em um segundo.
Esquecemos de contemplar,
Esquecemos de agradecer...
Tomar um copo de água com vontade,
Ouvir uma música com ganas.
Pensar em algo que nos eleve.
Certo dia em Brasília no pier do Lago Paranoá
Conheci um professor de letras aposentado
Que estava maravilhado com a compreensão que tivera.
Que ao beber um copo de água.
A água fazia parte dele.
Deveras foi uma tarde linda.
E aquele momento serviu de reflexão.
Por muito tempo.
A gente é o que a gente deixa nos afetar.
É isso.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Ser papai

 Ontem foi dia dos pais.

Meu segundo dia dos pais.

Foi um dia maravilhoso.

Me sinto plenamente realizado sendo pai.

Todavia quero continuar aqui sendo papai.

Até quando meu bebê seja pai.

Mas só depende do pai divino.

Adoro ser papai.

Senti muita saudades do meu paizinho 

Que voltou ao colo do divino.

Assim é.

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Momentos

 Pensar tem várias faces ou vertentes.

Às vezes pensar pode nos entristecer, nos alegrar, evoluir.

Na verdade é o pensamento que gera sentimento, aquilo que pensamos e o modo como pensando.

Hoje em meus estudos reflexivos que incluem muito a família e todas as sua problemáticas boas ou ruins.

Enfim, acendeu uma luz em minha mente.

Como foi maravilhoso o último domingo.

Nós acordamos, fomos ao barro vermelho, é sempre bom ir ao Barro vermelho porque lá tem dona Nenem, com a paciência de um monge budista, sempre com a face contente. Talvez por ter sido professora de primário. Enfim... teve o episódio do sentimento de Susi. Bonito, mas engraçado.

Teve a ida a rua para fazer as compras...

Teve o stress de Roberto e Lidiana com a adição de feijão... pois mais quatro pessoas foram convidadas.

Sabe aquela áurea de mamãe e papai presente.

E cada momento foi se revelando como se papai e mamãe estivesse ali.

Depois teve o almoço.

Foi tão maravilhoso.

Vieram dona Nenem, Sanzia, Susicleide, Teotónio, Pedro Henrique, Anibal, Lígia, Páblo, Nícolas, Begue, Susi, Eu, Dayane, Vinicius e os donos da Casa Roberto e Lidiana. Ah. Yolanda, E as duas meninas.

O almoço foi tão agradável.

Parecia que mamãe estava ali na área.

E papai aqui na área de Roberto.

O tempo voou...

Foi muito gostoso.

Depois foram se indo.

Dona Nenem ficou até a tarde.

Dai apareceu Raimundo e Neta.

E passamos o resto da tarde na Calçada da fama.

Tudo foi como era antes, porque nós somos assim.

Nos somos os Queiroz...

É a nossa essência.

Mas só somos os Queiroz unidos,

Juntos, comemorando com nossa maneira de Ser simples.

Tudo foi maravilhoso porque nos dispomos a nos unir.

Dinheiro no mundo nenhum paga esses momentos.

Porque a vida é uma totalidade de momentos.

Cada momento é importante.

Para trabalhar, ganhar dinheiro, rir, chorar...

Temos que entender que cada momento é impar.

Que dinheiro no mundo inteiro paga esses momentos.

Que um momento perdido jamais será comprado por dinheiro nenhum.

Foi maravilhoso aquele domingo.

Estávamos entre irmãos e familiares.

A cada até ganhou vida.

A felicidade foi plena.

E agradeço a todos que fizeram isso.

Nós os Queiroz.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Acúmulo

 Acúmulo

Um, dois, três...

Que coisa é mais urgente?

Que coisa é mais urgente?

Como dá peso?

E prioridade?

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Instinto

 Na minha janela do trabalho tem umas árvores bonitas de aroeira.

Ontem fizeram uma poda drástica. 

A sala ficou muito clara até.

Posso ver o céu nublado.

Daqui a pouco só o sol do azul de verão.

Coisa boa.

Mudando de assunto.

Tem um ninho de roxinó com filhotes.

Todo dia é uma piadeira.

Hoje tudo silêncio.

Terão morrido?

Não tem um gato a espreita desde muito cedo.

Como será para a mamãe roxinó conter os bebes do barulho?

Instinto...

Instinto de sobrevivência.

Já tentei espantar o gato com Shiiiiii.

Mas nada.

Tá ali deitado na condensadora do ar.

Shiiiii

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Quê?

É preciso se aproximar para ver com mais nitidez.

É preciso manter uma certa distância.

É preciso ter um certo cuidado.

Pra entender algo,

Para digerir algo,

Tem que saber se esse algo vale a pena,

Tem que saber se é real e não uma ilusão.

Aproxime,

Com cuidado,

Então transcenda tudo isso.

A luz é Jesus.

A distância se cruza com a fé.

Tudo precisa ser entendido,

Tudo precisa ser digerido...



segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Em agosto

 Agosto chegou.

Fará 22 anos que sai de casa.

Agosto aniversário de meus irmãos, sobrinhas, meu primo, meu avó.

Agosto.

Julho se entregou a agosto num clima de chuvas e clima frio.

Quantos elementos afetivos não.

Quanta coisa num mês.

Mês dos leoninos no horóscopo.

Como juntar tanta coisa num texto com sentido?

Nem imagino.

Tem coisas que são possíveis,

Pesarosas e dolorosas.

A gente procura nem encontrar as linhas de conexão.

Aqui está agosto.

Esse ano,

O ano passado tem sido muito difícil por ter perdido meus pais.

É preciso ser forte para suportar e seguir em frente.

Meu filho é minha fonte de fé, de energia

Para continuar mais um agosto.

É em agosto de 2000 fui para a faculdade.

A gente celebra o dia dos pais,

Os aniversários.

A vida vai seguindo em agosto.


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Rápida memória

 Patativa

Uma patativa cantando aqui fora, na borda da mata.

Singela ave, pequeno pássaro de papo amarelo,

Dorso cinzento e sobrancelhas alvas.

Pequenina, se bico agudo arqueado,

Que canta como nenhum outro pássaro.

Adora o doce das frutas no pé.

Seu canto animado, anima a cidade de João Pessoa,

Onde tenha um jardim com uma fruteira,

Pode esperar que ela um dia aparece para cantar e comer.

Tão contente.

Como dizia, lembrei da minha infância regada a frutas e fruteiras,

Das doces pinhas nas pinheiras ficava esperto quando ouvia

A patativa a cantar,

Ali naquela pinheira,

Pinha madura sempre havia.

O branco doce das pinhas,

O canto doce da patativa,

A emoção desta doce memória,

A memória de infância,

Vem sempre acompanhada de mamãe,

De papai, dos irmãos,

Do sítio...

Ah!

Patativa o teu canto,

Despertou uma memória...

Que quero apreciá-la até que se vá,

Como você se foi.

Rápido...

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Goiaba com gosto de amor

 Comer goiaba é muito bom.

Melhor ainda quando a gente come no pé.

Na infância, fui criado num sítio.

No nosso sítio tinha pés de goiaba que  nasciam aleatoriamente.

A gente comia aqui e dispersava ali.

Uma das maravilhosas lembranças é justamente de bem depois do café,

Perto das 10h, a mamãe saia com a gente para comer goiaba.

A gente era criança...

E ficou na minha mente,

O gosto amarelo-rosado da goiaba,

A posição geográfica das goiabeiras no sítio.

O conforto de encher o bucho.

A nossa presença compartilhada.

Que delícia o gosto da goiaba,

Que delícia o gosto do amor.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Mais um dia

 O dia nasceu,

O sol apareceu,

Depois veio a névoa,

Depois nublou.

A mata silenciosa,

Aguarda a chuva.

Um sabiá piou na borda da mata,

Minha mente expandiu e contraiu,

Lembrei de Campinas,

Lembrei de mamãe,

Ai cantou uma cambacica,

Ai cantou o ferreiro-relógio.

Silêncio.

A mata aguarda a chuva.

A fumaça do chá de cravo

Incensa minha sala.

Volto a mim.

Dissolvo todos os meus pensamentos.

Rezo um pai nosso.

E me preparo para mais um dia.

terça-feira, 26 de julho de 2022

Mais um dia

 Mais um dia de sol!

Sensacional.

Após uma semana de chuva e umidade alta o sol é bem vindo.

A casa até fica cheia de vida.

A luz atravessa a janela alumiando tudo.

Quem não gosta muito são os fungos.

O mais tudo vai bem.

Logo mais chegará o verão.

Serão meses de muita luz e energia.

Agora podemos curtir a alta umidade,

Os ventos intensos.

Esse texto só faz sentido nos meses de chuva é claro.

Enfim.

Mais um dia.

É isso o tempo

 O sofrimento dilata o tempo! O tempo não existe! O tempo é um conceito. Eternidade é a ausência de tempo. Vinícius de Morais cunhou a frase...

Gogh

Gogh