Chove maciamente.
Aqui estou olhando para o passado.
Lembrando.
Este dia!
Dia que vovó Nasceu.
Dia que fui embora de Serrinha dos Pintos.
Aqui estou pronto para mais um dia.
Pronto para ter o melhor dia de minha vida.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Chove maciamente.
Aqui estou olhando para o passado.
Lembrando.
Este dia!
Dia que vovó Nasceu.
Dia que fui embora de Serrinha dos Pintos.
Aqui estou pronto para mais um dia.
Pronto para ter o melhor dia de minha vida.
Por vezes me sobrecarrego,
E acabo acumulando coisas por fazer,
As vezes me perco neste embricamento,
Afogado,
Tento respirar,
Mas bem, perco o desejo de concluir.
Preciso ser objetivo.
Preciso delimitar o perímetro a ser seguido.
Não é fácil,
Mas tentar não custa.
Viver é isso tomar decisão e seguir em frente.
Sempre que perceber,
Pode voltar atrás.
Hoje, especialmente hoje,
Nada aconteceu de magnífico.
Simplesmente está acontecendo...
Momentos se sucedem.
Aqui,
Mas logo a se movimentar.
A nossa alma é sensível,
Algumas coisas tocam-na profundamente,
Uma comida, um cheiro,
Uma paisagem,
Um abraço,
Uma pintura,
Um carinho,
A nossa alma
É a alma do amor,
Pois só no amor
A alma é plena,
Só o amor é capaz de alimentar a alma,
Amor é doação,
Amor é doação,
Amor é sentir que a outra alma é mais importante que a sua alma.
Só ama quem é capaz de querer que a outra alma seja plena.
A alma.
O espírito.
O que é isso?
Será a consciência.
Será o ego.
🪷
Sinto que algo sensível em mim quer me dizer algo.
Não estou conseguindo captar a mensagem,
Não estou com ferramentas para entender.
Entretanto estou sensível.
Como uma intuição de que algo vai acontecer.
As vezes a gente até acredita em presságio.
Será isso.
Manhã cedinho ao me arrumar para sair para o trabalho. Por acaso ao entrar no quarto de hospedes algo me fez lembrar dos dois últimos anos. Como era grande o nosso apartamento. Eu, a mamãe do Vinícius e o Vinícius. Éramos eu e ela. O Vinícius dormia em sua inconsciência total. Eu me divertia criando universos indo de lá pra cá nos quartos. Cantando, voando, usando malas de carrinho, usando carrinho, mirando pela janela o mundo pandêmico lá fora. As coisas eram tão mais simples e pareciam tão complicadas. Era atenção exclusiva. No silêncio tínhamos apenas os risos de Vinicius. A gente sempre falava com a vovó. A gente ia se virando. Muito felizes com cada momento. Foram surgindo novos movimentos, novos balbucios... vieram as palavras, as ações. Meu Deus... Nunca vivemos a vidão tão intensamente no presente. Tanta coisa vivida. Agora exaustos. Temos um novo membro na cada com vontades, com fala e com ação... Como é grande o nosso amor por esse presente de Deus... Nosso companheiro de viagem, de campo, de mata, de bica, de shops. De vida.
Fiquei emocionado.
Foi bom e é bom.
Te amo Quinquinho.
Na manhã tenho minha maior potência de vida.
Reafirmo a cada manhã o meu amor pela vida.
Embora, estejamos ou devemos preparados para a partida.
Tenho olhado muito para uma foto.
Nela estão meus pais e meus sobrinhos.
A luz é linda.
Estão todos sérios.
Só uma mostra um riso.
Porque?
Quem sabe.
Era tarde.
Ano 2017 que por horas vai se distanciando do presente.
Esse movimento incessante.
Olho e penso. Tudo é tão passageiro.
Foi real.
A realidade é um fio.
Um fio do devir.
Como a linha do horizonte que separa o céu do mar.
Assim separa o presente do passado e do futuro.
O espaço está ai.
O tempo se foi.
A casa limpa para receber os filhos.
A condição de saúde de mamãe.
Bom. Agora, faz seis anos desta foto.
E continuo pensando na vida.
Sob outra ótica.
Diferente de 2011.
Diferente do amanhã.
Nem sei porque escrever.
Para materializar o que estou sentindo.
Tenho olhado muito para essa foto.
Tenho certezas que nunca tive.
Nem talvez nunca terei.
Porque meu pensamento muda o tempo inteiro.
Talvez tentado me ver.
Eu que estava do lado oposto da câmera.
Talvez soubesse que essa imagem serviria para a posteridade.
Tenho certeza que sim.
Senão haveria riso.
Há dias venho me encarando no espelho.
Os quarenta, a partida de meus pais,
A chegada de meu filho.
Tantas sensações,
Tantos sentimentos,
Quanta dor e quanta alegria.
Sabe tenho percebido nessas encaradas,
O quanto tenho envelhecido.
Minha face erodida, mais ossuda,
Mais pelancuda.
Vejo! Que algumas marcas não tem como mudar.
A gente só pode aceitar.
Aceitei a calvície,
Aceitei as pálpebras caídas...
Aceitei a dor da partida de meus pais,
Aceitei a chegada de meu filho.
Aceitei...
Mas a vida é dura. Pense.
Dias a gente acorda e pensa.
Vou conseguir.
Aceitei a cristo e sua filosofia univérsica do amor,
No meu cotidiano.
Olho-me no espelho.
Encaro-me.
Fecho os olhos.
Respiro e inspiro.
Parece que vivi séculos.
Tudo isso só faz sentido se me aceitar como sou.
Um humano, um mortal que envelhece e que morre,
Mas antes que aprende com a experiência
E que aprende com a reflexão,
E que aprende com o amor.
Minha face erodida,
Meu corpo secando.
Então me encaro ao espelho.
E penso, apesar de tudo.
A vida vale a pena ser vivida.
Manhã de sol e céu azul,
Ainda dá para sentir o frio da noite.
A mata calma.
Os pássaros cantando,
Patativas, roxinois e roulinhas.
Tirites, sanhaçus...
Os papagaios voam aos montes.
Que delícia.
Opa! um sabiá.
Encher os pulmões de ar e o odor da natureza,
Da mata enxombrada.
Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...