segunda-feira, 3 de julho de 2023

Casa materna

 É madrugada,

Estamos em Serrinha

Na casa de mamãe e de papai. 

São 4:20h.

Faz frio, estou tão pleno

Sob o meu cobertor.

No quarto onde dormia na infância, o do meio.

Mamãe dormia no da esquerda e Rosângela e Begue no da direita.

O meu era dividido com Li.

Tudo é silêncio e sombras da madrugada.

Os grilos cantam.

Sinto vontade de registrar.

Assim concluo.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Pela chuva

 A chuva é intermitente nesta sexta-feira,

Último dia de junho, de 2023.

Desde a madrugada que estou acordado que ouço a chuva.

Já são quase sete horas da matina,

A minha mente feliz,

Ao pensar cadenciado pela chuva.

Pela chuva.

Isso

 Memórias,

Só o que tenho são memórias.

E memórias tratam do passado.

E memórias podem ser acessadas ou não.

Memórias que podem despertar a qualquer momento.

Que podem sumir a qualquer momento.


segunda-feira, 26 de junho de 2023

Assim São João

 Após uma semana maravilhosa,

Na minha terra natal com minha esposa e meu filho aqui estamos de volta a realidade.

Trago no peito e na mente muitas paisagens, odores, formas e cores conhecidas e por isso amadas.

Trago muitas respirações profundas,

Suspiros, pautados no agora, curtido na memória.

Mamãe, papai, Mazildo.

A ausência, e o lugar inalterado,

A natureza real do que é,

Que se repete como um espelho,

Não, como um caleidoscópio de cores, aromas e formas.

Capazes de despertar as mais profundas memórias,

Capazes de gerar as melhores memórias.

E a certeza sempre intensa de que a vida vale a pena de ser vivida.

Vinícius e o desconhecido do mato que por mim sozinho percebido,

Fica encantado com o que eu mostro o que eu percebi.

Tão maravilhoso, com tenra idade, mas com um amor a natureza pleno.

Com um amor a serrinha.

Com um amor inexplicável ao vazio,

Ao silêncio quebrado pelo creo do loro, ou pelo latido de Shaquira e Cherloque.

No afinco de realizar tarefas simples, como carregar um pau de lenha, ajudar a arrumar os cocos.

Olha analiticamente uma larva, uma libélula,

Cultivar uma fazenda de escaravelhos,

Guardar lápis... como chama os gravetos.

Cheirar e olhar flores de jitirana, ou jurema.

Olhar as vacas comendo, os porcos cochilando,

O jumento rinchando.

O passado na memória,

O presente no agir.

A mamãe, pronta para acolher.

O papai perdido no pensar.

E assim vamos tecendo nossa vida no agora,

Sobre muita saudade, 

Vamos vivendo.

Assim.

Leitura prazerosa.

 Conclui a leitura de um excelente livro.

A procura de Spinosa de Antônio Damásio.

Baixei e irei ler o Erro de Descartes.

Será se pescarei algo?

Bem já me renderam excelentes sementes de pensamento no livro lido.


quarta-feira, 14 de junho de 2023

Tempo avulso

Memória, passado.
Vi num site que a criança pode lembrar de memórias de quando tinha 2,5 anos.
Vinícius agora que poderá se lembrar de algo no futuro.
E papai e mamãe?
Ah!
Meu peito.
Eu, um ser afetivo.
Pensei tanto no desaparecer.
Pensei no acabar.
Bom a memória é uma forma de ser.
Pensei na ausência infinita de meus pais.
Meu filho não terá memórias dele quando for adulto.
Poderá ter memórias minhas.
Se eu partir hoje. 
Terá.
Espero ficar com ele por longos anos.
Assim como não tenho memórias de meu bisavó.
Para que serve tudo isso?
Para nada.
Bom dia.

terça-feira, 13 de junho de 2023

Dia inteiro.

 Hoje, terça-feira, o sol está impressionantemente brilhando.

O céu está azul nem parece que ontem choveu o dia inteiro.

Assim é.

Assim é.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Alegro

 Há alguns dias, ouço Mozart.

Na verdade meses, desde 2022.

Por que Mozart?

Porque é alegre, talvez.

Porque continuo ouvindo os mesmos álbuns.

Porque o ouvia antes de ir a casa de minha mãe, passar as férias com ela, desde então já vinha ouvindo.

Então minha mãe dormiu na eternidade.

Ao continuar ouvindo Mozart,

Quis sentir a presença viva de minha mãe.

De Assis, Francisca.

Continuando ouvindo Mozart,

Outra e outra e outra vez.

É como se quisesse deixar algo aberto e ligando meu espirito ao de mamãe.

Quem vai entender,

Mas não é para entender.

Quiçá para ler.

É simplesmente uma tentativa de conectar meu consciente ao meu inconsciente.

Meu racional ao racional.

Às vezes, nem escuto e nem ouço.

Às vezes minha percepção filtra como o barulho de uma ventilador ou de um ar ou do carro.

A gente nem percebe, mas está lá.

Então por vezes, me pergunto.

Como seria ver a música?

Qual seria o sabor da música?

Como seria a música cristalizada?

Ouvi dizer que a arquitetura é música solidificada.

Mas será?

Fernanda, a aroeira que mora do lado de minha sala,

Não reclama de nada.

Bom, as vezes asa aves vem importuná-la mas ela finge nada acontecer.

Já vieram o pitiguari, os sanhaçus, as patativas, os pirites.

Bom, fernanda gosta de Mozart até vejo seus ramos dançando.

Bem, aqui está um pensamento materializado e mamãe viva e eterna.

Graças a Mozart.


Chuva.?

 Ontem, domingo, choveu tanto.

Ficar em casa dá até um enfado.

O frio úmido,

A ausência da presença solar.

Quero dizer que bom,

Parece que prefiro o sol.

Mas as companhias de Dayane e Vinícius

Deixam as coisas ensolaradas.

Hoje, segunda-feira...

A chuva continua,

Mas estou na universidade.

Que está molhada,

Vazia e fria.

É o mês de junho em todo seu esplendor 

Chuvoso.

sábado, 10 de junho de 2023

Tempo

O tempo não existe.

O que existe são memórias.

As memórias são recortes da realidade.

A realidade está pautada na duração.

Algumas coisas tem duração curta como um movimento,

Outras tem duração longa como a matéria.

Então tudo tende a eternidade.

Ou a existência é um filete da eternidade.

As memórias podem ser pessoais ou coletivas.


Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh