Após uma semana maravilhosa,
Na minha terra natal com minha esposa e meu filho aqui estamos de volta a realidade.
Trago no peito e na mente muitas paisagens, odores, formas e cores conhecidas e por isso amadas.
Trago muitas respirações profundas,
Suspiros, pautados no agora, curtido na memória.
Mamãe, papai, Mazildo.
A ausência, e o lugar inalterado,
A natureza real do que é,
Que se repete como um espelho,
Não, como um caleidoscópio de cores, aromas e formas.
Capazes de despertar as mais profundas memórias,
Capazes de gerar as melhores memórias.
E a certeza sempre intensa de que a vida vale a pena de ser vivida.
Vinícius e o desconhecido do mato que por mim sozinho percebido,
Fica encantado com o que eu mostro o que eu percebi.
Tão maravilhoso, com tenra idade, mas com um amor a natureza pleno.
Com um amor a serrinha.
Com um amor inexplicável ao vazio,
Ao silêncio quebrado pelo creo do loro, ou pelo latido de Shaquira e Cherloque.
No afinco de realizar tarefas simples, como carregar um pau de lenha, ajudar a arrumar os cocos.
Olha analiticamente uma larva, uma libélula,
Cultivar uma fazenda de escaravelhos,
Guardar lápis... como chama os gravetos.
Cheirar e olhar flores de jitirana, ou jurema.
Olhar as vacas comendo, os porcos cochilando,
O jumento rinchando.
O passado na memória,
O presente no agir.
A mamãe, pronta para acolher.
O papai perdido no pensar.
E assim vamos tecendo nossa vida no agora,
Sobre muita saudade,
Vamos vivendo.
Assim.
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