quarta-feira, 29 de julho de 2020

55. Algo místico

Neste vasto universo,
Construir um verso,
Com cara e sentido,
É algo de útil a ser construído,
Ou melhor a ser vivido,
Para isso é preciso trabalho, 
É preciso paciência,
Porque o sentido precisa ser real,
Algo intenso ou visceral,
O uni e o verso,
Algo como Humberto Golden fez,
Como Osho, como Chico Xavier,
Místico, mas também real.
Algo que encante como me encantou.

terça-feira, 28 de julho de 2020

54. Coisas boas

Há dias estamos aqui em mamãe onde podemos contemplar céus noturnos estrelados e frios, cantigas de grilos.
E ao amanhecer despertar com o galo-de-campina e o encanto-de-ouro.
Não tem como não gostar e se adaptar com essas coisas boas.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

53. Sementes

Estes dias, nestes meses, me fazem pensar ainda mais na vida.
Tudo que vem acontecendo de maneira tão atípica.
O trabalho que faz falta, o preenchimento de atividades em casa.
Venho pensando de maneira diferente,
Mas igual.
A consciência de que tudo passa grita
Quando estamos sem metas.
A mata e campos floridos vai secando,
As aves cantando e sem uma câmera é tão difícil capturar uma imagem boa.
Fazer bem feito.
Eis o que nos perturba e nos impede de seguir.
Acho que estou me sentindo uma roça no fim das chuvas só restam as sementes.

domingo, 26 de julho de 2020

52. Força de vontade

Gosto muito de filosofia,
Gosto de música,
Gosto de cinema,
Gosto de todos os derivados de açúcar.
É difícil explicar algo sobre mim.
É difícil entender as coisas que queria 
Que entendesse.
Na minha mente quase tudo faz sentido,
Mas me falta uma lógica linear que me permita objetivar.
Talvez a fotografia seja a única coisa
Que me permite expressar.
Talvez seja a falta de originalidade.
Nunca se sabe.
Resta buscar encontrar uma identidade peculiar que me faça ser original.
Talvez seja uma tola vontade,
Talvez não.
Organizar o mundo é uma tarefa complicada,
Mas temos que trabalhar e continuar tentando.

51. Na vida

A mata fechada coberta de folhas é tão amena que é gostoso ir e vir.
Belo e agradável como uma poesia,
Como uma composição executada.
Há tanta beleza em tudo que a gente fica
Sem palavras.
Só na vida.

sábado, 25 de julho de 2020

50. Poesia do picapau

A tarde caindo,
Dourada luz enverniza 
As coisas de dourado,
Galinha numa barulheira,
Aqui do lado corrochiou um Pica-Pau
Que delícia sentir a tarde caindo,
Com o vento soprando
E o cheiro do mato secando.

49. Percepção

O sol arde murchando as flores,
As plantas mais aromatizadas 
São as mais duradouras,
Os cheiros, as cores e os sons deste lugar,
Lugar meu, terra minha,
Aproximação de minha essência,
Porque as coisas daqui são simples e me faz muito bem.

48. Metamorfose

O tempo vai passando
E mais uma estão chega ao fim.
Já não chove mais neste ano.
E a seca se aproxima rápido,
As ervas floridas secam sem murchar.
A cajaraneira solta seus últimos frutos
E o chão amarelo se torna rufo de folhas.
As aves voam e cantam em sincronia.
Grilos e cigarras cantam e comem desesperadamente,
Jajá tudo estará diferente,
A água já secou.
As arribações estão chegando...

47. Verão

O céu todo azul 
O céu todo nu,
O sol intenso começa
A escaldar no sertão,
Cigarra a cantar,
O vento a soprar,
Encanto e desencanto,
O oculto nos nossos pensamentos.

46. Telhado

Aqui no interior quando acordo
A paisagem mais próxima é o teto
De telhas sem forro,
Vejo formas geométricas no cruzar
Das linhas e ripas em  diagonal
E dos caibros em longitudinal.
A organização das telhas com as frestas
Num tom ócre,
Vejo lanças, vejo facas,
Não limito minha imaginação,
Nem teria como
A imaginação não tem limites,
É nosso maior bem.
Vejo as perspectivas mudarem,
Penso no que acho certo,
Talvez nunca no errado,
Nosso limite é a nossa subjetividade
Ou nem isso.
Melhor ficar quieto sem pensar em nada.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh