Acordo.
É madrugada.
Levanto, abro a porta e saio para contemplar aurora.
Neste momento o silêncio é ensurdecedor.
A noite pálida se evanesce,
Olho o céu e sinto nítida uma paz infinita.
Então, me veem a mente tio Aldo e vó Sinhá que já partiram a anos.
Sinto-me bem, mas com saudade.
Volto à cama com o corpo aliviado do calor.
Então em instantes começam a cantar os pássaros
Dos quais identifico galo-de-campina, sabiá, juriti, fura-barreira.
Que coisa mais fabulosa.
Longe cantam as nambus e relincha um jumento.
Na minha infância certamente seriam vários relinchos.
Durante o momento que contempla, penso na dinâmica atmosférica e no poder da chuva.
Aí se cristaliza meu pensamento completo.