terça-feira, 11 de setembro de 2018

Consciência ecológica

Após um maravilhoso inverno chegou o verão, mesmo sendo setembro a vegetação na serra do Martins ainda tem suas folhas. São as árvores de catingueira, aroeira, cajueiro, pau-d'óleo, juremeira, juazeiro, cipaúba que estão cobertas de folhas verde petróleo. Fiquei deveras surpreso, pois fazia muito tempo que não via estas paisagens. Há cinco anos vou a serrinha e o cenário era apenas de secura. Açudes cheios, fartura de recurso hídrico até já se está pescando peixes mesmo que pequenos. A pergunta que me vem a mente é: - Será que aprendemos com as secas seguidas a poupar a água?
Ao visitar os lugares que costumo ir com frequência, facilmente percebo que não evoluímos nada em consciência. O desrespeito com o ambiente é nítido. Podemos ver na maneira como são solucionados os problemas de maneira paliativa.
Lixo!
O lixo produzido pelas pequenas cidades são encontrados nas margens das estradas, em áreas de nascentes, nas axilas das serras, onde se iniciam os primeiros cursos de água que desaguam nos açudes. É preocupante ver tantas garrafas pets, sacolas plásticas, latas, entulhos e animais mortos. Falta a dignidade de destinar a essa matéria sem serventia o devido lugar. Que custa cavar um buraco e enterrar o animal?
Pelas estradas, podemos ver as marcas de lâminas de tratores fazendo o trabalho que deveria ser realizado por homens. Essas lâminas além de retirar o solo, ainda deixa a superfície expostas para quando chegar a chuva o processo erosivo ser mais intenso.
E como se não bastasse podemos observar desmatamento em áreas de encostas, construção de obras em lugares indevido. Deveras sem propósito lógico.
Ficou banal fazer o que se quer com o que é de propriedade privada.
Mas gostaria de chamar a atenção para o fato de que o patrimônio natural é o bem comum de um povo.
Apesar de viver pouco com relação a idade do município já sei que as terras, os patrimônios mudam de donos e a maneira de se explorar a natureza precisa ser alterada.
A cultura de caju que já foi a principal fonte de renda destes municípios, atualmente é irrisória; temos ainda culturas de seriguela, pinha e algodão perderam o valor.
O que aconteceu? falta de chuva? Não nus culpamos por isso. São as secas... E quanto aos solos? O que restam dos solos?
É fácil de entender porque a água acaba rápido, pois a população aumentou, uso cada vez mais acessível com a água na torneira, os motores e carros pipas suprindo essa necessidade, mas a custos cada vez mais altos.
Estamos acostumados a consumir e sem responsabilidades. Nesse intenso processo de consumo não aprendemos a lidar com o lixo que produzimos.
Não chegamos a aprender como lidar com os problemas humanos.
A qualidade de vida das pessoas está cada vez maior, no entanto a da natureza está cada vez pior.
Se não fosse o aporte de recursos externos, estes municípios estariam na miséria.
Sei que não é possível um natural intocável, no entanto o consumo consciente pode estender a vida do nosso ambiente natural para que nossos filhos e netos tenham um espaço para viver.
Olho para o verde das matas, olho para o lixo nas estradas, olho para as terras com seus solos exauridos, retalhados, loteados e vejo o passado apagado.
Tudo está em constante transformação, mudou, muda e mudará, mas são pequenas atitudes que podem conservar ou alongar o que ainda resta de bom.
Resta apenas refletir e se conscientizar. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Pátria

Amanhã será sete de setembro. Hoje esta data perdeu o significado para mim, mas nas três primeiras séries escolares, - "nossa", era incrível. Uma semana antes havia toda uma enunciação. A professora explicava todo o sentido e importância da independência do Brasil. Ela usava o livro de estudos sociais para contar a história, mostrava as fotos das cenas e externava na fala tanto respeito e amor, além disso comentava patriotismo dos adultos. Nós podíamos ver os adultos tirarem os chapéus em respeito o estandarte hasteado. Durante a semana da pátria como era chamada a primeira semana de setembro havia uma cerimônia importante que era o hasteamento da bandeira e em seguida o canto dos hinos da bandeira e  do Brasil. A semana da pátria se encerrava no sete de setembro. Neste dia, pela manhã, íamos para a escola Isolada Serrinha do Canto, hasteávamos a bandeira, cantávamos o hino e íamos todos juntos à ruinha assistir ao desfile.
Que momento grande! Poder ir a Serrinha grande sem papai e mamãe!
O desfile era sempre lindo!
Eram tantos os pelotões eram tantas as fantasias e como mexia com minha imaginação.
Ao final da manhã, após os pelotões circularem pelas ruas apertadas e pequenas de Serrinha, Chiquinho de Raimundo Moura coordenava a cerimônia de hasteamento da bandeira e canto do hino da Bandeira e do Brasil e por fim declarava encerrada a cerimônia. Então voltávamos para casa tão felizes.
Para onde foi a alegria, o patriotismo e o significado de tudo isso?

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Internet

A internet mudou o cosmos humano.
Nossa maneira de ver e pensar já não é mesma.
Através da internet, podemos acessar qualquer informação em tempo real.
Essa conquista só foi possível por meio da popularização de aparelhos celulares.
O baixo custo permitiu que o máximo de pessoas consumissem esse produto.
Já não há barreiras físicas entre as pessoas e até mesmo os mais resistentes a tecnologia aderiram a internet através de alguma rede social.
São diversos os pontos positivos e negativos e assim devemos apelar para o bom senso das pessoas.
A 20 anos atrás jamais imaginei escrever um texto como este, porém no presente essa realidade se tornou possível e tenho o meu próprio canal. Que revolução!
O que acha disto?

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O valor

Os dias que passaram não nos têm mais serventia.
Dias alegres, tristes, felizes, infelizes, ensolarados ou nublados.
Um certo compasso dia a dia vai compondo nossa vida.
Ontem lembrança, hoje realidade e amanhã esperança.
E assim a vida passou, passa e passará.
O que temos, além dos dias vividos,
Memórias, marcas, bens acumulados, direitos.
Caso algo tenha ou não tenha valor.
O que é mais importante?
Poucas coisas valem a pena na vida já ouvi de vários anciões.
Este vetor que tem direção certa, a velhice, costuma acertar.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Metafísica para que?

Pensar o ontem, agora.
O amanhã é incerto.
O ontem é a substância do nosso tempo
Que por vezes se oculta e imbrica-se na pressa do agora.
Caso não coloquemos pontos de partida e não definamos os vetores, não encontraremos a trajetória da vida.
Talvez, não tenhamos certeza se queremos ou não saber a trajetória dos fatos.
Temos a livre decisão, uma oportunidade de escolha.
A decisão sempre gera dúvidas e levam a angústia.
Assim, continuamos metafisicamente perdidos.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Ordem

Ordem
Sentar, pensar e ordenar
Os pensamentos,
As ideias,
As metas,
Traçar os vetores de execução,
Planejar e executar.
Agendar e realizar.
Um passo de cada vez,
E por fim colher os frutos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Entendimento

Entender
Entender o mundo, as coisas, os fenômenos, os processos, os sistemas e talvez a metafísica.
 Entender o mundo é tudo que buscamos.
Seja em nível de macro ou microcosmos.
Cada um tem o seu cosmo que poderíamos chamar de subjetividade.
Em qual do cosmos estamos posicionados?
Com qual dos cosmos nos relacionamos mais? Existe um porquê?
Essas interações são absurdamente complexas e tentar entender é deixar-se levar pelo infinito.
Encontra seu ótimo, busca compreender o mundo na certeza da impossibilidade, porém ao tentar mais compreendemos mais, prevemos mais e porque não compreendemos mais...

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Frutos da idade

Este novo mundo que conheci a quase cinco anos ainda me impressiona.
Serão as estações do ano, os dias ensolarados ou chuvosos, as noites estreladas ou enluaradas?
Percepções... frutos do amadurecimento?
Creio ser a soma de tudo.
Coisas que para alguns são imperceptíveis me encantam.
Entram neste rol o jambo crescendo,
As castanholas trocando as folhas, com seu processo de senescência, mudança da cor do verde para o vinho das flores, depois caem e cobrem as ruas.
O canto da patativa e roxinó na madrugada.
A brisa fresca da madrugada,
O calor intenso do meio dia,
A indisposição eventual.
A substância do pensar se efetivando na velhice.
Se tornando um ser mais paciente,
Quem sabe não será a sabedoria?
Algo me impressiona muito ultimamente.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Ação

O tempo,
O espaço de tempo,
Curto ou longo espaço de tempo,
As coisas,
As coisas a serem feitas no prazo e a tempo.
Tudo é tempo e espaço.
Espaço, início, meio e fim,
Tempo breve ou longo,
Repetição
A conclusão...
Como encontrar a perfeição?
Só o tempo ensina,
Só a ação determina,
Só o trabalho dará uma definição.
O resto é retórica.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Verão

O verão chegou e trouxe consigo durante o dia céu azul  e noites estreladas.
Com a falta de chuva murcham as ervas,
As árvores perdem as folhas que preenchem as ruas,
Depois florescem pomposamente.
As aves ficam frenéticas e não param de cantar,
Nesta sinfonia até os saguís acompanham sob a regência do verão.
Que encantador que é o fim e o início das estações,
O inverno que partiu deixou a marca das chuvas nas paredes infiltradas e o subsolo cheio de água.
E o verão chega com ar de inovação e ficará até a próxima estação.
Com suas peculiaridades agradáveis e desagradáveis.
Como o canto das aves e o calor respectivamente.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh